Na sua carta de despedida, à qual a agência espanhola Efe teve acesso, Vargas sublinha que o programa de criação em cativeiro superou as previsões iniciais, citou o “El Mundo”. Em vez dos 56 linces que a UICN (União Mundial para a Conservação) “pediu” em 2004 para 2010, hoje existem 78 animais no âmbito do programa de conservação ex-situ. Foi a partir destes linces que se começou a reintrodução no meio natural dos animais nascidos em cativeiro. “Apesar dos altos e baixos sofridos, o programa pode manter o compromisso adquirido nacional e internacionalmente de proporcionar animais nascidos em cativeiro para programas de reintrodução a partir de 2010”, escreveu.
Astrid Vargas, doutorada em Biologia da Conservação, referiu ainda que a sua saída acontece quando o programa “tem a estrutura, equipas e a solidez necessária para continuar com os objectivos estabelecidos”.
“Estamos a lidar com uma espécie à beira da extinção, ainda existem muitas lacunas sobre a biologia do lince e tivemos a oportunidade – e responsabilidade – de poder estudar a espécie com respeito e em profundidade”, acrescentou.
José María Oliet foi nomeado coordenador da Estratégia Nacional para a Conservação do Lince Ibérico. O Comité de Criação em Cativeiro do Lince Ibérico será coordenado por Iñigo Sánchez, do Zoobotânico de Jerez de la Frontera.
O programa espanhol de reprodução em cativeiro arrancou em 2003 depois de uma década de desentendimentos entre o Governo central e a Junta Autónoma da Andaluzia. Hoje existem 78 linces nos seus centros de reprodução. Os primeiros - Brezo, Brisa e Brezina - nasceram a 28 de Março de 2005 em Doñana. Brezina acabou por morrer numa luta entre irmãos, habitual na espécie.
No ano passado nasceram 28 animais mas apenas 17 conseguiu sobreviver.
Fonte: Publico.pt
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