A Linha do Tua, a Encosta de São Julião (concelho de Albergaria-a-Velha) e o rio Sabor eram, ontem à tarde, os três locais mais referenciados como ex-maravilhas, reunindo em conjunto mais de 50 por cento das preferências de quem votou.
Alertar para a necessidade de preservar o que é considerado uma maravilha do país e não ficar à espera da degradação desses locais, que progressivamente se têm transformado em ex-maravilhas, foi o objectivo que presidiu à votação online que terminou às zero horas de hoje e que visou enumerar sete locais que foram destruídos ou prejudicados pela acção humana.
"Esta iniciativa é um alerta para as situações existentes e um exemplo do que, no futuro, não deve suceder noutros locais. Serve para que, mais tarde, locais que hoje são considerados maravilhas do país não venham a ser votados, devido à acção humana, como ex-maravilhas", explicou ontem ao PÚBLICO um dos promotores da iniciativa, o advogado e antigo deputado pelo Movimento Partido da Terra, Pedro Quartin Graça.
Depois de mais de oito mil pessoas já terem votado online (através do site 7exmaravilhas.net) e de três mil terem dado o seu apoio via Facebook, havia 12 locais portugueses que àquela hora estavam em condições de integrar o lote dos sete escolhidos.
Além da linha ferroviária do Tua - que liderava destacada, com 25 por cento do total dos votos -, do rio Sabor (ambos estão ameaçados pela construção de barragens) e da encosta do Monte de São Julião, que deverá vir a ser atravessado pela nova auto-estrada A32, seguiam-se na lista dos mais votados as praias dos Cavacos (Faro) e da Cruz Quebrada (Almada), a península de Tróia e a serra da Arrábida, ambas no distrito de Setúbal, e ainda as praias da Costa da Caparica, Quarteira, a Lagoa de Santo André, Vila Franca de Xira e o rio Trancão.
Apuradas as sete ex-maravilhas, proceder-se-á a uma outra votação que permitirá, no início de Setembro, eleger o local que os portugueses consideram que mais efeitos nefastos sofreu devido à intervenção humana.
"Falar destes locais é dar-lhes visibilidade e, de algum modo, permitir que possam vir a ser recuperados e reabilitados ou, no mínimo, que não sejam destruídos por via da acção humana", disse Pedro Quartin Graça.
Fonte: Publico.pt
segunda-feira, 14 de junho de 2010
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