Nesta ilha de 22 hectares, o sossego e o convívio directo com a natureza são as principais razões que os levam a querer permanecer por cá. Sandro Correia, por exemplo, já trabalha na ilha há nove anos: «Trabalhar aqui é uma satisfação, porque é das poucas ilhas no mundo que se conserva em estado natural, sem introdução de outro tipo de espécies que não as endémicas.
Os inconvenientes, dizem, passam pelas saudades da família, apesar de já estarem habituados a estar longos períodos longe de tudo. «É uma questão de hábito», desdramatiza Ricardo Cabral, encolhendo os ombros.
O dia-a-dia, aqui, passa devagar, entre as tarefas de vigia e as outras que são comuns a qualquer outra habitação. Devido à longa distância que os separa do Funchal, e para não ferir a paisagem, a energia existente na ilha é fornecida por quatro painéis solares, que alimentam as baterias. Já a refrigeração é feita com recurso a gás.
«Não há gastos desnecessários de qualquer tipo de energia. Conseguimos ter práticas sustentáveis, como a separação de resíduos, que são depois encaminhados para a estação de tratamento do Funchal», afiançam.
Apesar de ser necessária uma autorização do Parque Natural da Madeira para desembarcar nas ilhas, consideradas reserva natural, muita gente vem visitar estas ilhas, especialmente no verão. Principalmente os proprietários de barcos que seguem rumo às Canárias, Brasil e África.
Há também bastantes pescadores e caçadores furtivos a tentar desembarcar na ilha, o que torna o trabalho dos vigias tão importante. Quando assim é, os funcionários do parque contactam a Selvagem Grande, que por sua vez contacta a patrulha que virá tomar conta da ocorrência, se for caso disso.
Fonte: Ambiente Online
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