A companhia petrolífera BP anunciou hoje que já instalou uma nova cúpula em cima do poço que, há 12 semanas, está a verter crude para o Golfo do México. Os testes, que deverão demorar entre seis e 48 horas, vão dizer se o novo sistema conseguirá estancar a fuga.
A operação da BP consistiu em utilizar robôs para retirar a cúpula de confinamento do poço, na sexta-feira, e substitui-la por uma outra, maior e mais adequada à dimensão do poço. A BP pretende que esta cúpula, com 40 toneladas, consiga estancar por completo a fuga, antecipando-se aos dois poços de apoio que, até agora, eram considerados a única hipóteses de o fazer e que só estarão prontos em Agosto. A cúpula que lá estava, e que foi colocada em Junho, apenas conseguia recuperar metade do crude libertado para as águas.
Os testes à pressão dentro do poço, para saber se a nova cúpula está a funcionar, começam hoje e deverão demorar entre seis e 48 horas. Kent Wells, vice-presidente da exploração e produção na BP, disse aos jornalistas que a integridade do poço vai ser testada “com intervalos de minutos”. Se tudo funcionar, o crude poderá ser mantido dentro do poço ou ser recolhido, em segurança, para os navios à superfície.
“Esperamos, apesar de não podermos dar garantias, que nenhum crude se escape para o oceano enquanto os testes durarem. No entanto, isto não é uma indicação de que o fluxo do poço tenha sido estancado definitivamente”, comentou a BP em comunicado.
À semelhança do que disse de outras vezes, a companhia lembrou que este sistema de confinamento nunca foi realizado a tão grande profundidade (1500 metros).
Thad Allen, responsável da Guarda Costeira norte-americana, garantiu que a administração Obama vai parar os testes se os riscos forem “significativos”.
Em Washington, o secretário do Interior, Ken Salazar, apresentou uma nova moratória da administração Obama às novas explorações petrolíferas a grande profundidade no Golfo do México. Na semana passada, uma outra moratória tinha sido anulada por um tribunal federal de Nova Orleães. A diferença entre as duas limitações é que as mais recentes serão definidas pelos tipos de tecnologias usadas e não pela profundidade das explorações.
Fonte: Publico.pt
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