Cientistas espanhóis alertam para necessidade de se controlar a reprodução da ave, antes que se transforme numa praga.
Importada como animal de companhia, a caturrita argentina transformou-se numa verdadeira praga em muitas cidades da Europa. Em Lisboa já foram avistados vários casais, mas Barcelona é a capital europeia com maior número de exemplares - calculam-se que 2500 vivam nos seus jardins, uma colónia que, sem predadores naturais, cresce a um ritmo de 8% ao ano.
De aparência simpática, com uma chamativa plumagem verde e bico amarelo, a Myiopsitta monachus, além de ser extremamente ruidosa, é um invasor que constitui uma ameaça para as aves locais... e até para algumas árvores.
Edificam os seus enormes ninhos, que chegam a pesar 150 kg, no alto das copas, destruindo a vegetação e muitos ramos, que acabam por ceder ao peso e cair, colocando em perigo os transeuntes.
As palmeiras são as árvores preferidas, mas não hesitam em fazer a sua casa em ciprestes, pinheiros ou mesmo em torres de alta tensão.
Antes de se proibir a sua importação, as caturritas argentinas eram muito baratas comparativamente a outras aves exóticas... mas, como são barulhentas e até agressivas, os seus proprietários acabavam por soltá-las. A capacidade de comer quase tudo, desde erva a sementes, frutos e até pão, contribuiu para a sua proliferação.
Especialistas espanhóis alertam que, se não se actuar rapidamente, avançando com programas de erradicação de ninhos, controlo de reprodução ou mesmo de eliminação de algumas aves, a caturrita argentina vai transformar-se numa praga. Eventualmente com perigo para a saúde.
Fonte: Diário de Notícias
domingo, 4 de julho de 2010
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