A China, um dos maiores poluidores do planeta, vai receber em Outubro uma nova ronda de negociações climáticas, pouco antes da cimeira internacional em Cancún, no México, anunciou hoje o “China Daily”, citando um responsável da ONU.
O director executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnua), Achim Steiner, disse ao jornal que a sua organização está a trabalhar com Pequim para organizar esta reunião no porto de Tianjin, perto de Pequim. As datas precisas ainda não foram definidas.
“A China vai apresentar algumas ideias e possibilidades para fazer avançar as negociações”, disse Steiner, questionado ontem durante uma visita à exposição universal em Xangai.
A próxima grande reunião internacional dedicada ao combate às alterações climáticas realiza-se de 29 de Novembro a 10 de Dezembro, em Cancún.
“O gesto da China é bastante positivo” e pode fazer “uma grande diferença” na preparação de Cancún, comentou Steiner, salientando, no entanto, que isso não significa que Pequim vai definir o programa das negociações.
A comunidade internacional tenta ainda ultrapassar o fracasso de Copenhaga, no final de 2009, onde um acordo foi negociado apenas por alguns chefes de Estado. O documento fixa como objectivo limitar o aumento da temperatura do planeta aos 2ºC, mas continua evasivo sobre os meios para o conseguir.
A China, o maior emissor de gases com efeito de estufa do mundo, recusou qualquer acordo vinculativo para as reduções de emissões, lembrando a responsabilidade histórica dos países desenvolvidos.
O objectivo é encontrar um acordo que garanta a continuação dos esforços multilaterais contra o aquecimento global, a primeira fase do Protocolo de Quioto, o único tratado internacional vinculativo para combater as alterações climáticas e que expira no final de 2012.
Fonte: AFP
segunda-feira, 5 de julho de 2010
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