Foram 20 os mergulhadores que participaram nesta acção, promovida pelo Parque, em colaboração com o Clube Naval do Funchal e a Estação de Biologia Marinha. A iniciativa contou ainda com a ajuda de dez jovens acolhidos na instituição Vila Mar que fizeram a limpeza da ribeira do Lazareto, contígua às instalações da Reserva.
“Esta iniciativa teve como objectivo contribuir para a limpeza do fundo do mar da Reserva que é muito procurada por mergulhadores e, sobretudo, sensibilizar e alertar as pessoas de que o mar não engole o lixo, sendo por isso prejudicial à sua beleza e às espécies marinhas que lá vivem”, disse Rosa Pires.
A Reserva Natural Parcial do Garajau foi criada pelo Decreto Legislativo Regional 23/86/M, de 4 de Outubro, sendo a primeira exclusivamente marinha criada em Portugal com o objectivo de “impedir a progressiva desertificação dos fundos marinhos do litoral da ilha da Madeira e contribuir para o repovoamento faunístico das áreas adjacentes”.
A Reserva é permanentemente vigiada por elementos do Corpo de Vigilantes da Natureza do Serviço do PNM sendo “proibido exercer quaisquer actividades de pesca, comercial ou desportiva, incluindo a caça submarina, navegar dentro dos limites da Reserva com embarcações a motor salvo na abicagem às praias, capturar animais ou plantas marinhas e extrair areias e outros materiais de origem geológica”.
A Reserva possui elevada biodiversidade ictiológica onde podem ser observados espécies como o mero, o badejo, o peixe-cão, o bodião, o peixe-verde, a castanheta-branca, a garoupa, o caranguejo-cabra, a moreia-pintada, ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, enguias de jardim entre outras.
O lobo-marinho, ou seja, a foca mais rara do mundo, é, desde 1997, uma presença assídua da Reserva.
Localizada na costa sul da ilha da Madeira, a Leste do Funchal, a Reserva tem uma área de 376 hectares e uma extensão de costa de sete quilómetros e é, anualmente, visitada por 5000 mergulhadores.
Fonte: LUSA
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