Biólogo considera que será difícil determinar causa da morte do animal
Uma baleia-anã, em avançado estado de decomposição, arrojou ontem à tarde na praia de Faro. De acordo com o biólogo marinho Élio Vicente, o animal morreu há pelo menos seis dias e não será possível saber o que aconteceu. "Os órgãos estavam demasiados degradados para que pudessem ser obtidos resultados através de uma necropsia, ficaria sempre a dúvida sobre a origem das bactérias e vírus, tanto poderiam ser do animal como de outros que se estivessem a alimentar dele, ou da própria água", explicou o técnico do Zoomarine.
De qualquer forma, as causas podem ter sido naturais, "tratando-se de uma cria, é possível que se tenha perdido da mãe e deixado de mamar, ou sofrido de uma qualquer doença congénita", ou de origem humana, "como atropelamentos por embarcações e asfixia devido a redes de pesca".
Muitos foram os curiosos que quiseram ver o animal, apesar das recomendações da polícia marítima, para que fosse manti- da uma distância mínima de segurança. "Não deixem as crianças brincar com esta areia molhada, não sabemos do que morreu a baleia", recomendavam os polícias aos pais cujas crianças brincavam na área.
Quem não viu o animal, não pôde deixar de sentir o mau cheiro que se estendeu até cerca de um quilómetro. Dentro de água houve quem se deparasse com pedaços do animal. Foi avistada, ao fim da tarde, "uma alforreca gigante", mas o facto nada terá a ver com o que aconteceu à baleia. "Répteis e mamíferos têm fisiologias diferentes", assegurou Élio Vicente. Em Julho também deu à costa, em Odeceixe, uma outra baleia morta e na semana passada foi a vez de um golfinho em Faro. Também nas últimas semanas, 25 tartarugas apareceram mortas.
Fonte: Diário de Notícias
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