quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sete novas ETAR para limpar estuário do Tejo


Projecto começou em 2005. Vão ser gastos 500 milhões de euros até 2012.

Barreiro, Moita, Palmela, Seixal, Montijo, Lisboa, Amadora e Oeiras vão estar servidas de novas ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) até ao segundo trimestre de 2011. No total serão seis as novas ETAR, ao qual se junta a requalificação da central de Alcântara. O investimento, que começou em 2005, irá ascender aos 500 milhões de euros, com o projecto a terminar em 2012 e que irá beneficiar cerca de um milhão e trezentas mil pessoas que moram na região do estuário do Tejo.

O projecto final contempla cerca de três milhões de habitantes e vai acabar com a descarga de águas residuais urbanas, sem tratamento, para o estuário

"O investimento que começou a ser feito em 2005 e se prolonga até ao final de 2012 ultrapassará os 490 milhões de euros, abrangendo um equivalente populacional de mais de três milhões", declarou ao DN a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro.

"[A construção das novas ETAR] É um processo que tem sido feito de forma lenta, mas vai permitir reduzir a carga orgânica a que o Tejo está sujeito", comentou ao DN Paula Chainho, bióloga e membro da Liga de Protecção da Natureza (LPN).

As primeiras a ficar concluídas foram as ETAR de Lagoinha (que serve a população de Palmela) e a de Pegões (do Montijo). Em fase final estão as de Cucena, Seixal, e Fernão Ferro, que servem toda a população do Seixal, e também a ETAR do Barreiro/Moita. Todas estarão terminadas até ao fim do ano. Segue-se a requalificação da ETAR de Alcântara, que estará terminada no segundo semestre do próximo ano. Esta é a maior central de tratamento, que abrange os municípios de Lisboa, Amadora e Oeiras, servindo cerca de 765 mil habitantes. Segue-se a estação Barreiro/Moita, com 295 mil habitantes e a do Seixal, com 155 mil.

O investimento permite a limpeza do estuário do Tejo de resíduos orgânicos que podem prejudicar a fauna e flora da região. "Os resíduos orgânicos facilitam o de-senvolvimento de macroalgas que cobrem o fundo do estuário e diminuem o oxigénio na água", explica Paula Chainho.

Fonte: Diário de Notícias

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