A deputada Rita Calvário, do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, questionou o Ministério da Agricultura sobre o aumento de risco de incêndios por falta de remoção de sobrantes florestais.
Após o corte de material lenhoso ou coberto vegetal em explorações florestais ou noutros terrenos, é frequente observar-se o abandono dos sobrantes no local, mesmo no período mais crítico dos incêndios florestais.
Se é certo que a remoção de sobrantes em áreas estratégicas já está prevista no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, nomeadamente na rede de faixas de gestão de combustível, também é certo que não há qualquer obrigatoriedade para a sua realização nas restantes áreas florestais ou terrenos.
Ao não ser feita a limpeza dos excedentes da exploração florestal e remoção dos sobrantes em caso de corte de árvores ou coberto vegetal, está-se a permitir a acumulação da carga combustível e a aumentar o risco de incêndios nestas zonas e terrenos adjacentes.
Para o Bloco de Esquerda esta é uma situação de extrema preocupação, considerando que um dos factores que mais influencia o número de ignições e dimensão dos incêndios florestais, a par de condições climatéricas favoráveis, prende-se com a presença de material combustível em excesso.
Evitar incêndios florestais como os que se verificaram este ano, em que ardeu uma área superior a 117.000 hectares, de acordo com a Autoridade Florestal Nacional, exige medidas de silvicultura preventiva que passam também pela remoção dos sobrantes florestais.
Fonte: Hugo Evangelista
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