Dos fiordes da Noruega aos vulcões da Austrália, a ONU convida a um passeio virtual por 150 mil áreas protegidas do planeta. O site ProtectedPlanet.net, lançado ontem, inclui também informação sobre 216 locais em Portugal.
O site interactivo, com informação sobre cada área protegida, resulta de uma parceria entre o Programa da ONU para o Ambiente (Pnua) e da UICN (União Mundial de Conservação da Natureza). Entre os pontos marcados no mapa mundial encontramos a Ria de Alvor, o Parque Natural Sintra-Cascais, a Serra do Açor, o Sítio Classificado Rocha da Pena, as Berlengas e a Albufeira do Azibo. Ao todo são 216 locais.
Através das mais recentes imagens de satélite, os utilizadores podem seleccionar uma determinada área protegida e, ao aproximar-se mais, podem obter informações sobre as espécies ameaçadas ou as plantas nativas.
O site oferece ainda a oportunidade para os visitantes descarregarem para o mapa mundial as fotografias das suas próprias viagens às áreas protegidas, escrever diários com as suas experiências e recomendar outras áreas. O projecto quer ajudar a explicar a razão pela qual os recursos naturais estão a ser conservados.
“Isto pode inspirar outras pessoas a fazerem a viagem, levando assim receitas para as comunidades locais, muitas vezes pobres e em zonas remotas do globo”, explica o Pnua em comunicado.
De acordo com a ONU, a indústria do ecoturismo está a crescer rapidamente, representando 77 mil milhões de dólares (55,6 mil milhões de euros) no mercado global do turismo. “À medida que aumenta a preocupação com as alterações climáticas, cada vez mais turistas estão a escolher fazer férias amigas do Ambiente, incluindo visitas a áreas protegidas”, constata o Pnua. Segundo a revista “Travel Weekly”, em 2012 o turismo sustentável poderá crescer até representar 25 por cento do mercado mundial, elevando o valor do sector para cerca de 473 mil milhões de dólares (341 mil milhões de euros) por ano.
“Os parques nacionais e as áreas protegidas representam uma resposta chave e eficaz para conservar e gerir estes bens naturais do planeta”, comentou Achim Steiner, director-executivo do Pnua. Além disso, pode “gerar receitas e modos de vida para as comunidades locais”, acrescentou.
Fonte: O Público, 21 de Outubro
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