A época de reprodução de linces em cativeiro em Portugal, concluída no final de Abril, tem o saldo muito positivo de 17 crias. A temporada de emparelhamentos e cópulas iniciou-se em Dezembro de 2011, com o emparelhamento das oito fêmeas residentes atualmente no centro. Destas, apenas uma não ficou gestante. Perderam-se quatro das 21 crias nascidas. Este foi o segundo ano de reprodução no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico, em Silves.
A Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território visitou em Maio este Centro, no momento em que é feito o balanço de quatro anos do Plano de Ação para a conservação do Lince-ibérico, cuja implementação é coordenada pelo ICNB. Assunção Cristas salientou que «O grande desafio é conseguir uma compatibilização dos usos no mesmo território de forma equilibrada, as regiões para onde está prevista a reintrodução do lince serão valorizadas economicamente», porque «a coexistência da espécie com a caça, a agricultura e outras atividades permitirá a existência de um território mais rico, ordenado e com capacidade para atrair gente».
O lince-ibérico coexiste com o Homem na Península Ibérica desde que este território foi humanizado, fazendo parte da nossa fauna e património histórico-cultural, tal como a caça, a agricultura e a floresta. Estas atividades humanas modelaram a paisagem que hoje olhamos e serão elas que irão assegurar a capacidade de suporte das futuras populações selvagens, aliadas ao reconhecimento da compatibilidade de usos e da relevância da presença de linces no território por parte das populações locais «Se daqui a uns anos, tivermos na nossa terra o lince ibérico com uma convivência sustentável com as atividades que aqui há, vamos ter zonas muito interessantes para serem visitadas por portugueses e estrangeiros», afirmou Assunção Cristas.
O Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI/ICNB) foi inaugurado em 2009 com o objetivo de reintroduzir a espécie em território nacional.
Fonte: ICNB
0 comentários:
Enviar um comentário