Os 118 Vigilantes da Natureza a desempenhar funções no ICNF -
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, efetuam vigilância,
fiscalização e monitorização na RNAP - Rede Nacional de Áreas Protegidas, em
território continental, que ocupa uma área de 791 895,1 ha, contabilizando área
marinha (53 621,3 ha) e área terrestre, o que representa cerca de 8% da área
total do nosso território continental.
Os Vigilantes da Natureza exercem na sua atividade diária fiscalização no
âmbito da Rede Natura 2000 em Portugal continental, num território que totaliza
39 781,00 Km².
A área classificada por estes dois regimes totaliza cerca de 22% do
território terrestre continental. A este valor acrescem cerca de 2 940 893
hectares de área marinha classificada e 530 mil hectares dos Perímetros
florestais, aos quais devemos somar 20.000 km2 do território onde os
Vigilantes da Natureza efetuam a avaliação de prejuízos atribuídos ao lobo.
Tabela com o número de Vigilantes da Natureza do ICNF ao longo dos anos:
ANO
|
VIGILANTES DA NATUREZA ICNF
|
1988
|
134
|
1995
|
154
|
1999
|
188
|
2002
|
155
|
2004
|
147
|
2013
|
122
|
2017
|
118
|
O cenário de falta de Vigilantes da
Natureza é tão grave que na APA - Agência Portuguesa do Ambiente exercem
funções apenas 27 Vigilantes da Natureza e nas CCDR - Comissões de Coordenação
e Desenvolvimento Regional existem somente 13 Vigilantes da Natureza. Estes
Vigilantes da Natureza exercem funções em todo o território nacional, APA I.P., enquanto autoridade Nacional
para os Resíduos e Recursos Hídricos entre outros e nas CCDR’s com competência
regional ao nível de resíduos, e ordenamento do território.
Nas Regiões Autónomas
os valorosos Vigilantes da Natureza são em número muito escasso, na Madeira o
efetivo é constituído por 38 profissionais e nos Açores por somente 33.
Os Vigilantes da Natureza são sem qualquer tipo de dúvida um
pilar fundamental não só para a Conservação da Natureza, mas também para o
desenvolvimento sustentável das regiões, principalmente no âmbito ecológico,
económico e social, com o seu contributo rompeu-se com o anterior paradigma de
gestão das áreas protegidas onde se defendia a ideia de isolamento dos locais a
proteger e de interdição às atividades humanas. Devido à sua ação e cooperação
com as populações, estas sentem-se mais próximas do património natural e
cultural, sendo cada vez mais evidente o seu papel como agentes educadores da sociedade.
APGVN
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