segunda-feira, 12 de abril de 2010

Conselho internacional debate protecção das baleias nos Açores

As condições de protecção das baleias nos Açores é um dos temas dominantes da reunião do Grupo de Trabalho em Ecologia de Mamíferos Marinhos, do Conselho Internacional de Exploração do Mar (ICES), que hoje começou na Horta, Faial, e que se estende até 15 de Abril.

Este encontro anual, que reúne os melhores especialistas de mamíferos marinhos de 15 países, decorre na antiga Fábrica da Baleia de Porto Pim, local onde se desmanchavam os cachalotes e se derretia o óleo destes animais, no tempo em que a caça à baleia se praticava nos Açores.

Na abertura do encontro, Álamo Meneses, secretário regional do Ambiente, destacou o simbolismo do local, agora transformado em Centro do Mar, depois de abandonada a actividade da caça à baleia, que deu lugar à observação de cetáceos, um dos atrativos turísticos do arquipélago.

“Este grupo de trabalho está aqui reunido para discutir um tema que tem uma grande importância para os Açores, que é a interligação entre as actividades humanas, entre as quais o whale watching e as pescas, e as comunidades de mamíferos marinhos”, afirmou.

O secretário regional do Ambiente frisou que os Açores são “uma das principais áreas no Atlântico para observação de mamíferos marinhos”, razão pela qual este tipo de reuniões é “fundamental” para o arquipélago.

Álamo Meneses recordou a importância da actividade de observação de baleias e golfinhos para a economia açoriana, destacando o seu “grande potencial” em termos turísticos e em matéria de protecção da natureza.

Durante o encontro, em que também participam investigadores do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores, serão apresentados alguns dos trabalhos científicos que têm sido realizados na região.

“O DOP e o governo têm feito um trabalho pioneiro em termos de preservação dos habitats marinhos e, em especial, na protecção dos mamíferos”, frisou Álamo Meneses.

O ICES é uma organização intergovernamental fundada em 1902 que promove a investigação marinha no Atlântico Norte. Tem como membros a Bélgica, Canadá, Dinamarca (incluindo a Gronelândia e as ilhas Faroe), Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Holanda, Noruega, Polónia, Portugal, Rússia, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.

Fonte: Publico.pt

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