A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, defendeu hoje a direcção do Parque Nacional da Peneda-Gerês, garantindo não ter informação que a leve a pensar mudá-la na sequência do incêndio que lavra no concelho de Arcos de Valdevez.
“Não tenho informação que justifique a tomada de medidas que passem pela alteração de quem está a gerir o parque”, afirmou aos jornalistas em Viseu, quando confrontada pelas críticas feitas pelo presidente da câmara de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo, à gestão do parque.
No entanto, a ministra admitiu que “há medidas que podem ser tomadas para melhorar a gestão”, lembrando que a conservação da natureza e a gestão dos parques têm “problemas quando há situações de incêndios”.
“São precisos sempre mais meios. Nós temos estado a reforçar o orçamento do Instituto da Conservação da Natureza com dotações do Orçamento de Estado. É um dos organismos do Ministério do Ambiente que, num contexto de contenção, tem visto o seu orçamento reforçado”, frisou.
A governante lembrou que, por outro lado, “há taxas que foram estabelecidas para suportarem financeiramente os meios necessários para os parques”.
“Na questão da gestão dos fogos, os parques foram objecto de uma atenção especial: o secretário de Estado deslocou-se ao terreno, reuniu-se com as autoridades que têm a coordenação da intervenção nos fogos e foram adoptadas as medidas necessárias para priorizar as intervenções”, sublinhou.
Dulce Pássaro realçou que “não houve casas em risco, não houve bens em risco efectivo, ardeu algum coberto vegetal em áreas protegidas”, que será reposto, e que os cobertos mais difíceis de repor ficaram preservados.
Considerou que a avaliação feita pelo Governo no final de cada época de incêndios florestais tem permitido “um caminho de melhoria no que diz respeito ao combate aos incêndios, quer em áreas protegidas, quer fora das áreas protegidas”.
“Tem sido feita uma avaliação todos os anos do dispositivo todo de combate aos incêndios e temos cada vez menos área ardida, temos tido mais capacidade de fazer face às situações”, frisou.
A ministra disse não se recordar de muitos anos com condições climatéricas como a do actual, que se sucedeu “a um ano húmido, em que houve grande produção de biomassa”.
“Na acção de coordenação que preparámos (os ministros da Administração Interna, Agricultura e Ambiente) na Primavera estava claramente diagnosticada a situação de presença de muita biomassa. Tivemos condições excepcionais e não estamos a ter uma situação com a gravidade de outras anteriores que tivemos”.
Neste âmbito, considera que “as coisas estão a correr bem” e garantiu que “no final da época será feita uma avaliação e o que houver para melhorar será melhorado”.
Fonte: LUSA
Said
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