quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Incêndios Florestais: Bombeiros 'na mira' da GNR

Dois bombeiros da corporação de Penedono, um de Vila Nova de Paiva, e os comandantes das corporações de Farejinhas e de Moimenta da Beira estão a ser investigados, pela Guarda Nacional Republicana (GNR)/Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), por eventual uso indevido da técnica de contrafogo no combate a incêndios este Verão. A denúncia, conta o Jornal de Notícias, foi feita pelo presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, frisando que estes operacionais “não são criminosos”.
“O SEPNA tem identificado uma série de bombeiros do distrito de Viseu, que estão a ser perseguidos por causa do uso de contrafogo nos incêndios florestais”. A acusação é do presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, Rebelo Marinho, que contesta a investigação, sustentado que “os bombeiros não são criminosos, [pelo que] é uma humilhação estarem sujeitos a interrogatórios e serem confrontados com fotografias tiradas dos incêndios, com o objectivo de serem conduzidos processos nos tribunais”.
Sob investigação, revela o JN, estão dois bombeiros da corporação de Penedono, um de Vila Nova de Paiva, e os comandantes das corporações de Farejinha (Castro Daire) e de Moimenta da Beira.
Contactado pelo JN, o chefe do SEPNA em Viseu, o tenente-coronel José Machado, esclareceu que uma das missões da entidade que dirige “é investigar as causas dos incêndios e procuramos todas, incluindo o uso do contrafogo, que temos de verificar se foi ou não autorizado”.
Saliente-se que, esta técnica, que visa criar uma área queimada para travar o incêndio quando este chega ao local, pode ser aplicada por bombeiros e elementos dos serviços florestais desde que autorizados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o que caso não se verifique pode ser punível com um a oito anos de prisão.
Contudo, Rebelo Marinho não acredita que a “ANPC, que nem sempre pode estar no terreno, faça melhor avaliação do uso do contrafogo do que os bombeiros que estão no teatro de operações”, por isso apelou à alteração da lei.
Fonte: Notícias ao minuto

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