Os Ministros do Ambiente de Portugal, Espanha, Marrocos e Mauritânia e o Secretário Geral de Espécies Migradoras Ameaçadas, assinaram um acordo para a conservação das populações de foca monge, um dos mamíferos mais ameaçados do mundo e que a UICN (União Internacional da Conservação da Natureza) classificou como criticamente ameaçado.
No decurso da oitava reunião do Conselho Cientifico da Convenção foi aprovada uma proposta Espanhola para elaborar um Plano de Acção para a espécie no Atlântico que incluirá os países do seu âmbito geográfico (Portugal, Espanha, Marrocos e Mauritânia), e que servirá para melhorar a coordenação e cooperação internacional, fomentando a realização de actividades e projectos conjuntos entre estes países.
A iniciativa e a coordenação para a elaboração do Plano de Acção foram formuladas pelo Ministério do Ambiente de Espanha, assessorado por um Grupo de Trabalho Técnico, composto por representantes das autoridades dos quatro países.
O plano de Acção contou com o apoio da UICN, através da Comissão de Sobrevivência das Espécies.
Em Espanha, a foca monge extinguiu-se em meados do século passado nas ilhas Baleares, Levante e Canárias, actualmente, está esporadicamente presente nas ilhas Chafarinas e ocasionalmente nas ilhas Canárias. Segundo a UICN, existem menos de 500 exemplares da foca monge, distribuídos entre o Mar Mediterrâneo (Grécia, Turquia, Marrocos e Argélia) e no Atlântico oriental (Portugal, Marrocos e Mauritânia). No Atlântico existem duas populações reprodutoras: uma nas ilhas Desertas (Madeira, Portugal) e a outra na península do Cabo Branco (Marrocos e Mauritânia).
Fonte: afrol News