sábado, 18 de abril de 2009

”Questões significativas da gestão da água”, reunião em Alcantara, Espanha

Companheiros!

Irá realizar-se no próximo dia 23 de Abril, pelas 11horas (locais), em Alcântara (Cáceres, Espanha) uma reunião/plenário que terá por tema as”Questões significativas da gestão da água”, incluídas no plano de gestão de região hidrográfica, actualmente em elaboração.

Este processo reveste-se de grande importância, por este motivo seria importante a presença do maior número possível de Vigilantes da Natureza, Agentes Forestales e Medioambientales para que seja dado destaque à importância da Fiscalização e Monitorização na região hidrográfica do Tejo/Tajo.

Os promotores são:
DH Tajo e ARH Tejo, Comisíon para la Aplicación y Desarrollo del Convenio de Albufeira (CADC), Comissão para a Aplicação e Desenvolvimento do Convénio de Albufeira (CADC).
Comissão Organizadora / Comisión Organizadora:
Confederación Hidrográfica del Tajo
Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P.

Inscrição gratuita / Inscripción gratuita:

Secretariado Técnico da CADC
Avenida Almirante Gago Coutinho, 30, 10.º
1049-066 Lisboa
Portugal
Tel. +351 21 843 02 00/25

Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P.
Rua Braamcamp, 7
1250-048 Lisboa
Portugal
Tel. +351 210 101 387

Secretaria Técnica de la CADC
Dirección General del Agua
Agustín de Betancourt 25, 2.º
28071 Madrid
España
Tel. +34 91 453 53 56

Confederación Hidrográfica del Tajo
Avda. De Portugal, 81
28071 Madrid
España
Tel. +34 91 535 05 00

Documentação disponível / Documentación disponible em/en:

Com os melhores cumprimentos,

Francisco Correia

terça-feira, 14 de abril de 2009

Cabras serranas procuram subscritores para ajudarem a Gralha-de-bico-vermelho

O sociólogo francês Jean-Louis Laville foi o primeiro subscritor dum rebanho comunitário à escala global - 300 cabras serranas que terão a responsabilidade de tirar a gralha-de-bico-vermelho do grupo de aves em vias de extinção.
As primeiras cabras (cerca de 60) chegaram a Chãos, uma aldeia da freguesia de Alcobertas (Rio Maior), em plena Serra dos Candeeiros, há uma semana.

O rebanho nasce de um projecto da associação ambientalista Quercus que escolheu a Cooperativa Terra Chã como parceira, e que tem a Vodafone como patrocinadora.

Com o fim do pastoreio - na aldeia já só resta um pastor e mesmo este já só sobe à serra quando é convidado pela Cooperativa a fazer a Rota dos Pastores, uma das muitas iniciativas da Terra Chã -, geraram-se alterações na biodiversidade a ponto de quase levar à extinção da gralha-de-bico-vermelho.

As cabras serranas, "tipo ribatejano", que a Terra Chã vai reintroduzir numa área de 200 hectares da Serra dos Candeeiros, em pleno Parque Natural das Serras d`Aire e Candeeiros, são uma esperança para o retomar do equilíbrio daquele habitat.

É que a gralha-de-bico-vermelho é uma ave insectívora muito dependente de ecossistemas agro-pastoris extensivos criados pelo homem.

O que este rebanho tem de "especial" é que qualquer pessoa em qualquer parte do Mundo pode comprar uma cabra (100 euros) - o nome do proprietário fica inscrito numa "medalha" colocada no animal -, recebendo em troca, durante cinco anos, o convite para, uma vez por ano, participar no passeio pedestre Rota dos Pastores e tomar contacto com a evolução do rebanho e a avaliação do seu contributo para a preservação da gralha-de-bico-vermelho e do seu habitat.

No fim, ficam com um certificado em como participaram na preservação desta espécie.

"O primeiro subscritor foi o professor Laville, que visitou a aldeia em Fevereiro no âmbito de um trabalho sobre Economia Social e que fez questão de deixar os 100 euros ao professor Roque Amaro" (do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, que tem estudado o trabalho da Cooperativa Terra Chã), disse António Frazão à agência Lusa.

António Frazão e Júlio Ricardo são a "alma" da Terra Chã, cooperativa que nasceu na continuação do trabalho iniciado em 1985 com o Rancho Folclórico de Chãos, e que é considerada por Jean-Louis Laville um exemplo que "impressiona" pela "durabilidade do edifício económico, social, cultural e ambiental que se constrói pedra após pedra há mais de 20 anos" e pela forma "como se integra na vida local".

O impacto do rebanho - para o qual a cooperativa procura um pastor "qualificado" - vai ser alvo de uma avaliação contínua, dependendo a evolução da sua dimensão (que poderá chegar a um máximo de 300 cabras) da monitorização que for sendo feita de dois em dois anos, frisou António Frazão.

Para já, as cabras, ainda muito jovens, estão em instalações provisórias, na aldeia. Quando forem adultas, a Cooperativa espera ter já pronta a sala de ordenha com todas as condições higieno-sanitárias, e que irá permitir a criação de pelo menos mais um posto de trabalho.

Serão mais dois postos de trabalho a juntar aos seis permanentes que a Terra Chã já assegura na aldeia, onde tem a funcionar um restaurante, um centro de alojamento, um centro de artes e ofícios tradicionais e um centro de formação.

Fonte: LUSA

Duas novas espécies de insectos no PNSAC

No final de 2006 início de 2007, foram descobertas duas novas espécies de insectos no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC). Trata-se de escaravelhos cavernícolas, ou seja que habitam em cavidades e grutas, no Maciço Calcário Estremenho, sendo espécies novas para a Ciência.
Esta descoberta é tanto mais significativa se pensarmos que, em Portugal continental, apenas se conheciam dois exemplares de uma única espécie de escaravelho cavernícola – a Trechus machadoi.

Estas espécies foram descobertas pela bióloga Ana Sofia Reboleira, durante uma investigação desenvolvida no PNSAC, no âmbito do seu mestrado, intitulado “Os Coleópteros (Insecta, Coleoptera) cavernícolas do maciço calcário Estremenho: uma abordagem à sua biodiversidade”. Este trabalho contou com o apoio logístico do PNSAC/ICNB, sendo a orientação científica dos docentes Fernando Gonçalves (Dep. de Biologia da Univ. de Aveiro) e Artur Serrano (Faculdade de Ciências da Univ. de Lisboa).

Os exemplares das duas espécies de escaravelhos (Coleópteros da família Carabidae) encontrados e descritos, pertencem também ao género Trechus.

As espécies agora descobertas possuem algumas características interessantes:

- são hipógeas, ou seja que vivem debaixo de terra. A palavra deriva de “hipo” – “debaixo de” + geo – “terra”) ou troglóbios – nome dado aos seres que habitam em zonas profundas e subterrâneas. O termo deriva do grego “trogle” que significa caverna, cavidade + “bios” – vida;

- ocupam as partes profundas das cavidades do maciço calcário estremenho;

- todo o seu ciclo de vida decorre no interior das cavidades;

- são microendémicas, ou seja têm uma distribuição muitíssimo reduzida, existindo apenas em pequenas zonas; e

- as suas populações têm um reduzido número de indivíduos, o que dificulta bastante a sua visualização.

Sendo insectos que existem apenas em grutas e cavernas (i. e. em habitat cavernícola), apresentam, por isso, adaptações ao meio subterrâneo, tais como:

- despigmentação - falta de pigmento, uma vez que não precisam de se proteger dos raios solares;

- estruturas oculares reduzidas – atendendo a que não há luz nas cavidades a visão passa a ser pouco importante; e

- grande sensibilidade às alterações do meio.

Cada uma das três espécies de coleópteros cavernícolas, actualmente conhecidas em Portugal continental, ocupa uma subunidade distinta do maciço calcário estremenho.

Estas zonas cársicas, em que a água é quase rara à superfície mas onde existem lençóis de água subterrâneos e toda uma rede de cavidades, são muito vulneráveis a problemas ambientais, de que são exemplo a poluição das águas subterrâneas devido a substâncias que se infiltram através dos calcários, a exploração de inertes (ex. pedra) e a construção. Note-se que um curso de água subterrâneo demora muito mais tempo a recuperar de um episódio de poluição do que um rio à superfície.

Assim, para se manter a qualidade daquele que será um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce existentes em Portugal e para que se possam conhecer estas, e outras espécies ainda por descobrir e que habitam nas zonas mais recônditas do PNSAC, torna-se necessário proteger as áreas de drenagem dos habitats que albergam estas espécies microendémicas, caso contrário, corre-se o risco de elas se extinguirem ainda antes de serem conhecidas.

Fonte: ICNB

O Equador e a Venezuela são quem mais conserva a sua selva!

O Equador e a Venezuela são os países que conservam uma maior proporção da sua selva amazónica, o Peru é a nação que possui a menor superfície de bosque protegido, segundo um estudo divulgado pelo jornal diário “O estado de São Paulo”.
O Equador respeita 79,7% da sua selva, a Venezuela 71,5%, a Colômbia protege 56% dos seus bosques amazónicos, o Brasil 39,6, país que possui 64,3% da maior selva tropical do mundo e o Peru, protege 34,9% do seu território selvagem.

Em media estão sobre protecção 41,2% do considerado “pulmão do mundo”, os seus 7,8 milhões de quilómetros quadrados, que se estendem por nove países albergam 33 milhões de habitantes, entre eles existem 370 povos indígenas.

O Equador é o país que possui uma maior percentagem de terras indígenas (65%), a seguir aparecem a Colômbia (50,6%), a Bolívia (25,7%) e o Brasil (13%).

No Equador o processo de reconhecimento oficial de territórios indígenas na Amazónia é menos burocrático que no Brasil. A região está praticamente ocupada por povos indígenas.

Na Venezuela o processo de demarcação de terras indígenas está mais atrasado. O Governo não reconhece as terras e denomina-as apenas como “zonas de ocupação indígena” e marca-as dentro dos Parques Nacionais.

Em números absolutos, o Brasil destaca-se como o país que mais quilómetros de selva protege, devido às suas dimensões. Dos 3,2 milhões de quilómetros quadrados de selva protegida na Amazónia, 1,9 milhões estão no Brasil.

Fonte: El País Digital

Rick Gale partiu! Faleceu um dos fundadores da IRF

É com tristeza que anunciamos a morte de Rick Gale, um dos fundadores da declaração que constituiu a International Ranger Federation em 1992.
Sofreu um ataque cardíaco na sua casa em Boise, nos Estados Unidos da América.

Rick Gale, aposentado do NPS – National Park Service , foi durante 40 anos Park Ranger desempenhou durante muito tempo o cargo de chefe de operações de combate a incêndios.

Rick concluiu uma licenciatura em História na Universidade Estatal da Califórnia, fez uma pós-graduação em Administração Pública na Universidade do Sul da Califórnia.

Começou a sua carreira em 1958 no serviço de controlo de incêndios no Lava Beds National Monument, mais tarde trabalhou como Park Ranger no Sequoia/Kings Canyon, Yosemite, Glacier and Grand Canyon National Parks, em Coulee Dam, no Lake Mead e em Santa Monica Mountains National Recreation Areas. Esteve ao serviço do National Interagency Fire Center do NPS - National Park Service, como Chefe de operações de combate a incêndios, tendo de seguida tomado posse como Chefe Ranger do National Park Service, com sede em Washington.

Rick comandou equipas na área da gestão e operações durante 26 anos (1971 a 1997). Três das suas mais memoráveis missões realizaram-se quando em Greater Yellowstone Area comandou o combate aos incêndios de 1988 (durante 7 semanas supervisionou 13 equipas, num total de 9550 homens), comandou as comemorações do 50.º aniversário da Batalha de Pearl Harbor (1991), chefiou o rescaldo do furacão Andrew em quatro Parques Nacionais do Sul da Florida (1992). Para além das suas qualificações e reconhecidas qualidades no comando do combate a incêndios, também coordenou equipas de busca e salvamento em várias missões, foi um dos primeiros especialistas em aplicação da lei no NPS, foi formador no Lake Mead National Recreation Area de 1969 a 1973.

Rick esteve envolvido numa grande variedades de cursos a nível nacional, geriu formação na área da gestão de busca e salvamento, na área do comando e gestão de emergências e incidentes, coordenação de meios aéreos, coordenação de comando de várias agências em cooperação nos incêndios e na prevenção de risco de acidentes.

De 1975 a 2001, foi responsável pelo corpo docente dos Cursos de Gestão de Operações de Socorro e na Área de Comando, tendo sido Presidente da Comissão Directiva de 1990 a 2001.

Em Maio de 1994, o Presidente Clinton entregou-lhe pessoalmente na casa Branca o Harry Yount Lifetime Achievemente Award. Este prémio é atribuído ao Park Ranger que excede as expectativas no desenvolvimento do seu trabalho, e que tenha demonstrado ser possuidor de iniciativa, imaginação, perseverança, competência, criatividade, desenvoltura, dedicação e integridade em toda a sua carreira profissional. Rick recebeu o prémio por ter estado na vanguarda da inovação, em quase todos os grandes programas, desenvolvidas nas últimas duas décadas, relacionados com a profissão.

Foi homenageado inúmeras vezes, merecendo maior destaque as que recebeu por ter dirigido a Alaska Task Force, em 1979, 1980 e 1983.

Para além dos inúmeros cursos de formação para Park Rangers que dirigiu, foi membro fundador da principal Associação Nacional de Rangers dos Estados Unidos da América em 1977, tendo sido o seu Presidente de 1988 a 1994. Levou ao Congresso audições sobre a profissão e sobre a necessidade vital de manter a integridade do sistema de Parques Nacionais e da urgência de assegurar fundos e pessoal suficiente para atingir esses fins. Nas audições no Congresso pressionou repetidamente o NPS para que estabelecesse metas claras e planos de gestão.

Foi um dos signatários que estabeleceu as bases da criação da International Ranger Federation.

Espalhou a mensagem de que com perseverança e coragem se poderá alcançar um futuro melhor para todos os Park Rangers.

Deixou amigos em todos os recantos do planeta, é com grande orgulho que podemos afirmar que compartilhámos com ele a esperança de um futuro risonho para a profissão que adoramos!

Adeus amigo!

FC