segunda-feira, 31 de maio de 2010

Liga diz que bombeiros estão preparados para um Verão “bastante difícil”


Os bombeiros estão preparados para uma época de fogos que esperam “bastante difícil”, em virtude do Inverno prolongado e rigoroso que faz habitualmente a vegetação crescer mais depressa, além de persistirem dificuldades de gestão da floresta.

“Do ponto de vista dos bombeiros tudo foi trabalhado atempadamente”, disse o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira.

O início da fase Bravo, a segunda mais crítica, foi adiado de 15 de Maio para 1 de Junho devido às condições atmosféricas reportadas pelo Instituto de Meteorologia à Protecção Civil e que indicaram até ao fim do mês de Maio temperaturas dentro dos parâmetros da época e em alguns casos até inferiores.

“É sabido que houve uma decisão, da qual discordámos, de adiamento, não porque não compreendêssemos as razões, mas pela forma precipitada como foi feita, mas de qualquer maneira o que importa é que no próximo dia 1 estará tudo pronto para enfrentar os próximos meses que prevemos que venham a ser muito difíceis”, declarou.

Duarte Caldeira referia-se ao histórico associado a Invernos rigorosos e prolongados que têm como consequência Verões difíceis do ponto de vista do risco de incêndio florestal.

“Temos, um pouco por todo o território, elevados índices de combustível, pelo facto de ter chovido até bastante tarde, o que resultou no facto de a vegetação ter crescido muito rapidamente”, disse o presidente da Liga dos Bombeiros, acrescentando que continuam a verificar-se “insuficiências muito significativas ao nível da gestão florestal do território”.

Segundo o presidente da Liga, 77 por cento da floresta é propriedade privada, dois por cento do Estado, oito por cento das indústrias e 13 por cento são baldios. “Estamos a falar de uma floresta com uma estrutura fundiária muito fragmentada, o que já por si resulta numa dificuldade adicional para uma gestão adequada do espaço e também da eliminação do combustível que está lá a mais e que constitui um risco acrescido”, explicou, referindo que por todas estas razões se esperam “meses bastante difíceis” este ano.

A Fase Bravo que agora se inicia antecede a Fase Charlie, a de maior risco de incêndios, que decorre entre 1 de Julho e 30 de Setembro.

Segundo números avançados no passado dia 17 pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, o dispositivo disponível a partir do início da Fase Bravo contará, até final de Setembro, com 22.519 operacionais e 5002 veículos de comando, intervenção e apoio.

Em relação à Fase Charlie, o dispositivo será composto por 9985 elementos, apoiados por 2177 veículos e 56 meios aéreos.

Fonte: LUSA

"Devia haver recompensas para quem produz floresta que captura CO2"


Como membro da União Europeia, Portugal vai dar o seu contributo na discussão em relação ao que deve ser feito nas florestas para se minimizarem os efeitos das alterações climáticas. O secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, explica as ideias que o nosso país pretende para o Livro Verde e como gere o facto de ter 85% de área florestal privada.
O que é que a União Europeia pretende com o lançamento do Livro Verde?

O Livro Verde pretende suscitar uma discussão alargada na Europa sobre a importância socioeconómica que este sector tem em termos de emprego e, principalmente, no sequestro de carbono e mitigação das alterações climáticas. A União Europeia (UE) pretende saber os contributos, relacionados com a sustentabilidade e biodiversidade, que os Estados membros podem dar.

Portugal já tem uma estratégia?

Consideramos que as questões da biodiversidade estão bem asseguradas pela Rede Natura 2000. Que a floresta deve continuar a ser explorada como sequestrador de carbono, como mitigador das alte- rações climáticas, mas também como criadora de riqueza, com mais-valias económico-sociais. Acreditamos que na floresta mediterrânica há uma mais-valia no combate à desertificação e, portanto, deve haver uma aposta da Europa naquilo que são as espécies autóctones. Por outro lado, a certificação florestal é um aspecto essencial para a produção e uma aposta nossa.

O que vai ser feito em concreto sobre as alterações climáticas?

Nós hoje temos um mercado de carbono que funciona para os emissores. Não há nenhum mecanismo financeiro que valorize quem tem a floresta que sequestra carbono, libertando oxigénio. Devia haver um mercado de carbono para quem produz floresta, beneficiando os proprietários florestais pelo facto de estarem a produzir um bem público essencial, que neste momento contribui para a diminuição das emissões de dióxido de carbono, por um lado, e para a diminuição dos efeitos globais das alterações climáticas, por outro.

85 por cento da floresta nacional são privados. Como se gere esta questão?

Para se fazer a gestão foram criadas as zonas de intervenção florestal (ZIF), que permitem juntar áreas de grande dimensão para poderem ser geridas. Neste momento temos 112 ZIF constituídas, que representam mais de 500 mil hectares. Ainda é pouco para o que pretendemos mas, felizmente, começamos a ter maior consciência da parte dos proprietários florestais que são também produtores.

Como se formam e financiam as ZIF?

Formam-se de acordo com a vontade das associações de produtores florestais. Estas identificam os proprietários, estabelecem as áreas de gestão e fazem essa própria gestão, com técnicos que vão ao terreno, fazem limpeza, fazem a gestão da floresta, reproduzem e replicam os rendimentos dos produtores para os pequenos proprietários. O financiamento é do Estado, que já investiu 10 milhões de euros nas ZIF.

Fonte: Diário de Notícias

85 por cento da nossa floresta nas mãos de privados


Vinte por cento da mata nacional têm dono desconhecido, o que torna muito difícil a sua gestão. O Estado adoptou um modelo de zonas integradas, com as associações de produtores florestais a ocupar-se da limpeza destes espaços. Desafio que se coloca numa altura em que iniciamos a nossa colaboração no Livro Verde europeu das florestas

Dominada pelo sobreiro, pelo pinheiro-bravo e pelo eucalipto. Usada essencialmente para produzir madeira, pasta de papel e cortiça e com 85 por cento dos seus hectares dominados por privados - contrariando a média europeia, de 10 por cento. Este é o bilhete de identidade da floresta portuguesa, que procura ainda que se identifiquem os seus donos, para que se consiga fazer uma gestão que a torne mais sustentável. Desafios que se colocam numa altura em que Portugal inicia a sua colaboração no Livro Verde europeu das florestas (ver texto secundário), que procura dar respostas precisamente nessa área.

Para Rui Barreiro, secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, estas características "tornam o trabalho de gestão mais árduo", isto porque esses hectares por vezes nem sequer têm dono conhecido. "Alguns herdaram e não sabem, outros emigraram, alguns desistiram de cuidar dos terrenos, outros mudaram-se para as cidades. É uma situação herdada da lei dos morgadios [instituída durante o reinado de Felipe III, por volta de 1600], em que as terras eram divididas pelos filhos até que se chegou a esta situação", explica.

Por causa disto, o primeiro passo para uma melhor gestão da floresta portuguesa deverá ser o cadastro dos donos dos terrenos, como sugeriu ao DN Eugénio Sequeira, membro do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS). "Vinte por cento dos terrenos florestais, cerca de 30 milhões de hectares, têm dono desconhecido", informa.

Para tentar minimizar o pro-blema, o Ministério da Agricul- tura decidiu instituir as ZIF (zo-nas de intervenção florestal) onde os pequenos proprietários se juntam às associações de produtores e ao Estado para melhorar a ges-tão das florestas (ver entrevista).

"A fragmentação da floresta no caso de Portugal tem de ser tida em conta a nível da União Europeia, aliada a uma estratégia de desenvolvimento para os espaços rurais e a uma maior investigação entre as universidades portuguesas e outras de países com uma floresta semelhante à nossa". Esta é a sugestão de Duarte Caldeira, presidente da Liga Portuguesa dos Bombeiros, como primeiro passo para uma maior sustentabilidade da floresta nacional.

Outro passo seria promover a mudança de espécies de árvores dominantes: "É preciso que haja um fomento de espécies como o carvalho, que ardem menos, garantindo aos produtores um rendimento enquanto elas crescem", aconselha Eugénio Sequeira. A floresta portuguesa é dominada pelo sobreiro, pinheiro-bravo e eucalipto, que o membro do CNADS considera "um rastilho" quando se fizerem sentir ainda mais os efeitos das alterações climáticas. "É preciso aumentar o número de florestas com alto valor ambiental, gerindo-a para diminuir o risco de incêndio", diz, acrescentando que população deve ver o valor que a floresta tem para o País, "para que obriguem o Estado a actuar ".

Tanto Eugénio Sequeira como Rui Barreiro consideram que as actividades florestais, como a caça ou o lazer, desde que feitos com responsabilidade, melhoram a vigilância desse espaço e ajudam a que se mantenha mais limpo.

? "Até 2007 tínhamos sete vezes mais fogos por habitante do que Espanha. Este número desceu para duas vezes nos anos seguintes". Eugénio Sequeira, do CNADS, diz que o cenário dos incêndios melhorou, mas um aumento dos efeitos do aquecimento global pode ser fatal para Portugal. "É preciso desenvolver a investigação no combate aos incêndios", acrescenta Duarte Caldeira da Liga Portuguesa dos Bombeiros. A opinião é sublinhada por Eugénio Sequeira que alerta para a falta de cartografia que ajude a chegar aos fogos.

Fonte: Diário de Notícias

Perda: Confirmada extinção de ave de Madagáscar


A alaotra grebe (Mergulhão de alaotra) desapareceu devido a práticas de pesca adversas no lago onde residia. Foi avistava pela última vez em 1985

Chama-se alaotra grebe (Tachybaptus rufolavatus). Ou antes, chamava-se, porque esta ave rara, endémica de Madagáscar, foi agora considerada extinta. Antiga residente do lago Alaotra, naquela ilha do Índico, foi avistada pela última vez em 1985.

Um quarto de século depois, a International Union for Conservation of Nature (IUCN), na sua mais recente actualização da Lista Vermelha de aves em perigo ou ameaçadas, declarou oficialmente a sua extinção.

A alaotra grebe era uma ave mergulhadora de dimensão média e de asas curtas, que não lhe permitiam voar grandes distâncias. Era sobretudo sedentária, tendo elegido como sua casa o lago seu homónimo e as zonas circundantes.

Em Dezembro de 1982 ainda foram avistados 12 indivíduos desta espécie, mas, três anos depois, já só foi possível contar dois. E esses foram os últimos. Desde então, não foi possível observar mais nenhuma ave destas, apesar dos esforços feitos pelos biólogos, que empreenderam viagens de observação nos anos seguintes, mas sem sucesso. Até hoje.

Em 1985 e no ano seguinte, e ainda em 1988, foram observadas algumas aves grebe, mas eram híbridos de outra espécie deste tipo, segundo os especialistas.

"Não resta esperança para esta espécie. É mais um exemplo de como as acções humanas não previram as suas consequências", afirmou Leon Bennun, da Birdlife International, citado pela BBC News. Bennun é o especialista que avalia o status das aves raras para a Lista Vermelha da IUCN.

A Lista Vermelha da IUCN é o documento internacional de referência sobre a avaliação das espécies e é elaborado por especialistas de todo o mundo.

A extinção do alaotra grebe ficou a dever-se a uma combinação de factores, em que pontuaram práticas de pesca adversas para esta ave e a introdução de peixes carnívoros no lago.

Fonte: Diário de Notícias

Tubarões preferem atacar ao domingo pela lua nova


Especialistas da universidade da Florida estudaram 50 anos de estatísticas de ataques de tubarões nas costas da Florida e fizeram retrato-robô das ocorrências.

Atacam sobretudo ao domingo, pela lua nova, em águas profundas, de preferência mergulhadores ou nadadores vestidos com fato banho ou de mergulho negro e branco. Estas são as condições certas para os ataques dos tubarões, diz um grupo de investigadores da universidade da Florida, que estudou estatísticas e fez observações para chegar a esta conclusão.

A equipa, coordenada pelo investigador George Burgess, avaliou 50 anos de estatísticas recolhidas na região de Volusia, na Florida (no Sudeste), que é conhecida como "a capital dos ataques de tubarões no mundo". Entre 1999 e 2008, um em cada cinco ataques de tubarões no mundo aconteceu naquela faixa de costa com 75 quilómetros de extensão.

Ao longo de um ano, a equipa de George Burgess fez observações naquela zona de praias de areia branca e fina, onde as ondas grandes atraem os surfistas, mas também os predadores, sobretudo entre os meses de Maio e Agosto. Agosto é mesmo o mais perigoso.

Entre 1956 e 2008, registaram-se ali 231 ataques de tubarões. A maioria das vítimas (60% das quais eram surfistas) foi mordida numa perna. A maioria dos ataques ocorreu ou de manhã muito cedo ou ao fim da tarde, quando as ondas são mais fortes.

"A maioria dos ataques ocorre durante a lua nova, e a seguir na lua cheia", explicou George Burgess, sublinhando ser "provável que as fases lunares influenciem os movimentos e os ciclos reprodutivos dos peixes, que são a fonte de alimento dos tubarões".

Agosto é o mês no qual se registam mais ataques de tubarões, por simples razões estatísticas segundo o estudo. É durante aquele mês que maior número de banhistas se concentra nas praias.

Mergulhar e bater os pés são movimentos que atraem os tubarões, previnem os investigadores que sublinham igualmente que a maioria das vítimas usavam fatos de banho brancos e pretos ou brancos e amarelos, num sinal de que estes predadores vêem bem os contrastes.

Os autores do estudo sublinham igualmente que a maioria destas ocorrências são mordeduras, mais do que verdadeiros ataques. "Chamar-lhes ataques é provavelmente uma designação incorrecta, já que as consequências não são em geral mais graves do que as de uma mordedura de cão", adianta o coordenador do estu- do.

Neste caso da costa da Florida, "não se trata do mesmo tipo de mordeduras dos tubarões que têm entre três e seis metros e atacam na costa californiana. Os tubarões na Florida são mais pequenos".

Fonte: Diário de Notícias

Carlos Pimenta desafia políticos a rever PDM para garantir eficiência energética

O ex-secretário de Estado do Ambiente e da Energia, Carlos Pimenta, desafiou hoje os governos a “terem coragem” para rever os Planos Directores Municipais (PDM) de forma a garantir a eficiência energética.

“Os carros podem ser eléctricos, as casas podem ser eficientes, mas se houver milhares e milhares de pessoas concentradas na mesma zona, com a construção de mais casas e condomínios, originando mais custos em infra-estruturas e mobilidade, para que é que servirão as outras medidas’?”, questionou Carlos Pimenta, perante algumas dezenas de alunos do Instituto Superior Técnico.

O ex-secretário de Estado discursava no âmbito de uma conferência organizada pela JSD, subordinada ao tema “A Estratégia Energética em Portugal - Produção Sustentável, Consumo Eficiente e Desenvolvimento”.

“Se não houver um Governo que tenha coragem de rever isto, não haverá solução”, acrescentou o ex-governante, que no início da intervenção tinha alertado a plateia para o facto de Portugal importar “mais de 80 por cento da energia” que consome. A este respeito, o orador alertou que a quantidade de energia que Portugal necessita para produzir uma camisa, por exemplo, é muito superior quando comparada com o resto da Europa. “A consequência é óbvia: os custos da produção são maiores, logo os salários dos trabalhadores são mais pequenos”, disse, acrescentando que a dependência energética dos portugueses e o consumo registado, associado ao aumento do preço do petróleo, tem como consequência o aumento do custo da energia.

“Se a isto juntarmos a desvalorização do euro, a Europa corre o risco de ver o preço da sua energia aumentar bastante, como já está a acontecer”, advertiu, referindo ainda a recessão económica que afecta alguns países europeus.

Ao longo da sua intervenção, Carlos Pimenta declarou que os atentados ambientais registados nos últimos anos são incompatíveis com “um planeta habitável”, destacando ainda os efeitos imprevisíveis que os mesmos provocarão.

“Basta ver o que aconteceu com a emissão de umas partículazitas de cinzas vulcânicas. A Europa parou”, disse, sublinhando a necessidade de se “evitar catástrofes anunciadas”.

Também um outro ex titular da secretaria de Estado da Energia, Eduardo Oliveira Fernandes, advertiu para a importância da implementação de políticas públicas destinadas a garantir a eficiência energética, argumentando que a Terra “não suporta esta utilização intensiva dos recursos naturais”.

Fonte: LUSA

Administração Obama admite que poço poderá libertar petróleo até Agosto

Depois do fracasso da manobra “top kill”, a administração Obama admite que o poço deverá continuar a libertar petróleo até Agosto, quando os dois poços de apoio já em construção estiverem concluídos.

Várias técnicas e 766 milhões de euros depois, a BP vai agora tentar serrar e extrair o tubo do poço petrolífero com a fuga e substituí-lo por uma tampa. A nova táctica, que dá pelo nome de “pacote de tamponamento submarino” (LMRP), deverá começar a ser posta em prática hoje ou amanhã. No entanto, este novo método não oferece uma solução imediata para estancar a fuga e pode mesmo aumentar até 20 por cento a quantidade de combustível libertado para o Golfo do México, reconheceram ontem responsáveis da BP e da administração Obama. Tudo porque a operação inclui remover uma secção do tubo onde está montado um dispositivo mecânico que limita o fluxo.

“Vamos passar agora para uma situação em que eles [BP] vão tentar controlar o petróleo que está a ser libertado, transportá-lo para um navio e levá-lo para terra”, informou Carol Browner, conselheira da Energia para a Casa Branca, no programa televisivo da NBC “Meet the Press”. “Obviamente que este não é o cenário que preferíamos”, desabafou, 42 dias depois do acidente na plataforma Deepwater Horizon.

Browner, na CBS, disse ainda que “o povo americano precisa de saber que é possível que tenhamos petróleo a ser libertado deste poço até Agosto, quando os poços de apoio estiverem concluídos”. Estes começaram a ser construídos no início deste mês mas os trabalhos podem ser atrasados com o início da época das tempestades que começa amanhã.

A responsável explicou ainda que o secretário da Energia, Steven Chu, e uma equipa de cientistas aconselhou o fim da operação “top kill” por recear um aumento da pressão causado pela injecção de lamas pesadas e detritos. Esta manobra, que durou três dias, poderia causar o colapso dos tubos de extracção petrolífera e deixar uma cratera aberta.

Luta contra a maré negra na Luisiana pode demorar meses

O director-executivo da BP informou que a companhia petrolífera está a concentrar a sua resposta à maré negra na costa da Luisiana, num trabalho que deverá durar meses.

Ontem, cerca de 200 pessoas manifestaram-se em Nova Orleães para mostrar o seu descontentamento em relação aos esforços de limpeza da BP. Segundo o “Los Angeles Times”, os manifestantes pediram a saída da BP e de outras companhias petrolíferas da região e mais esforços para resgatar tartarugas, golfinhos, aves e outras espécies de vida selvagem.

Patrick Brower, 32 anos, receia o início da nova época de tempestades tropicais, que começa a 1 de Junho. “Poderemos vir a ter petróleo na cidade”, alertou. “É como um pesadelo do qual não conseguimos acordar”, comentou Danielle Brutsche, 37 anos

BP reconhece falhanço da manobra “top kill” para estancar derrame no golfo do México

A nova tentativa da BP de parar o maciço derrame petrolífero de uma das suas plataformas no golfo do México falhou, desfazendo as esperanças numa solução expedita para o maior desastre do género nos Estados Unidos.

Já com crude espalhado ao longo de mais de 110 quilómetros na direcção da costa do Louisiana, e 40 dias passados desde a explosão e afundamento da plataforma (em que morreram 11 pessoas), a BP põe agora expectativas em novas estratégias para parar o derrame, tendo gasto nas tácticas anteriores já cerca de 940 milhões de dólares.

O falhanço da manobra “top kill” – em marcha desde quarta-feira e que consistiu em injectar lama e desperdícios na ruptura aberta no poço – foi assumido ao fim de 72 horas de observação dos resultados. “Não fomos capazes de parar o derrame”, concedeu o chefe de operações da empresa, Doug Suttles, em conferência de imprensa ontem à noite.

“Isto assusta toda a gente, o facto de não conseguirmos estancar o fluxo de crude que sai do poço, o facto de ainda não termos tido êxito”, afirmou. Por três vezes a BP tentou tamponar a ruptura, tendo injectado mais de 30 mil barris de lama no poço, a uma média de 80 barris por minuto, mas sem qualquer sucesso.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, que enfrenta cada vez mais fortes críticas pelo que é visto como “uma resposta lenta” da Administração ao desastre, avaliou ontem à noite que o continuado fluxo de crude “enfurece tanto quanto parte o coração”.

“Continuaremos a lançar mão de todos e quaisquer meios responsáveis para parar este derrame até que estejam prontos os dois poços de apoio que estão agora a ser construídos”, afirmou em comunicado divulgado após ter sido anunciado o falhanço da manobra “top kill”. Obama fez questão de sublinhar que demorarão meses até àqueles poços estarem operacionais – e para os quais serão “desviadas” as golfadas de crude do poço que explodiu.

Sem garantias
O próximo passo de solução mais rápida, agora que o “top kill” foi oficialmente abandonado, consiste num sistema que dá pelo nome de “pacote de tamponamento submarino” (LMRP) e envolve o uso de um robot subaquático para serrar e extrair o tubo com fuga e substitui-lo por uma tampa. Todo o material necessário para esta operação já se encontra no local e deverá entrar em marcha muito em breve, prevendo-se que a manobra demore quatro dias a ser executada.

A BP foi desde já avisando que não há garantias de que este novo método seja bem-sucedido, uma vez que tal operação jamais foi tentada à profundidade de cinco mil pés, que é onde se encontra a fuga do poço – o qual continua a “vomitar” crude a cerca de 12 mil barris por dia para as águas do golfo do México.

Antes, a empresa tentara colocar uma “cobertura” de umas 125 toneladas de peso sobre o derrame, a qual acabou bloqueada por cristais de gelo. A estratégia seguinte, de instalar um longo tubo para “aspirar” parte do crude derramado também não produziu resultados de monta. Só mesmo as explosões e queimas controladas de crude, assim como o uso de dispersantes – feitas logo nos primeiros dias, mas com consequências profundamente negativas sobre o ambiente e a vida marinha local –, permitiram durante algum tempo dar uma resposta muito parcial ao volume de crude derramado.

Fonte: Publico.pt

Madeira: Conservação da Natureza exige participação da população


O secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais defendeu ontem que não pode haver uma política de conservação da Natureza de costas voltadas para as pessoas.
«Em primeiro lugar, porque são elas que defendem o património. É a sua atitude pró-activa em prol da defesa do Ambiente que garante a defesa desses valores. Em segundo lugar, porque o tipo de território que a Madeira tem - com enorme densidade populacional e com dois terços do seu terreno considerado Parque Natural- faz com que as pessoas permaneçam nas zonas de Reserva», explicou.
Manuel António Correia falava aos jornalistas momentos antes de um grupo de alunos da freguesia do Curral das Freiras partir, a bordo do NRP Cuanza, para o dia de lazer, nas Ilhas Desertas.
Tratou-se de uma iniciativa promovida pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais e pela Marinha, através do Comando da Zona Marítima da Madeira.
Na oportunidade, o secretário regional do Ambiente afirmou, por isso, a importância de existir uma interacção entre o ambiente e a população.
O governante referiu que este tipo de projecto que ontem se realizou é para continuar até o próximo mês de Outubro, pelo que outros alunos irão ser envolvidos no programa subordinado ao tema “Sexta-feira para a biodiversidade e cidadania”.
Estas viagens acontecerão nos dias de rendição dos elementos da Marinha.
«O objectivo é dar a conhecer as zonas de Reserva no princípio de que quem conhece preserva melhor», defendeu aquele governante.
Manuel António Correia considerou ser fundamental que a população conheça o património natural, o património ambiental, para o defender, tanto agora, como no futuro.
A ocasião foi aproveitada pelo secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais para agradecer todo o trabalho que tem sido feito pelo Parque Natural da Madeira. Manuel António lembrou que, em 1996, o número de lobos marinhos era de seis a oito indivíduos, sendo que, actualmente, passou para cerca de 40.
«É de facto um progresso extraordinário. É um trabalho de conservação da Natureza em prol da Madeira e do Mundo inteiro», referiu o secretário com a tutela do Ambiente, para logo acrescentar que, com este tipo de trabalho, «estamos a afirmar a Madeira no Mundo».
Esta promoção, segundo adiantou, tem até efeitos económicos porque «estes trabalhos e a atractividade que se consegue faz com que pessoas de todo o Mundo queiram vir à Madeira».
Por ano, as Desertas recebem cerca de quatro mil pessoas. Destes, cerca de mil e 200 são alunos das escolas da Região.

Sentir as vivências do marinheiro

Da parte do Comandante da Zona Marítima da Madeira, Amaral Frazão, foi referido que o programa que ontem se realizou inscreve-se numa política de informação pública e de utilização da própria Reserva em que a Marinha tem desempenhado um papel contínuo ao longo dos últimos anos.
«É também nossa intenção fazer com que estas crianças sintam as vivências do ser marinheiro», sublinhou ainda Amaral Frazão.
Segundo Paulo Oliveira, do Parque Natural da Madeira, os vigilantes das Desertas receberam formação para saberem acompanhar o percurso dos visitantes.
Refira-se que durante esta viagem, os alunos tiveram a oportunidade de participar num “briefing” realizado pela Marinha. Também na Reserva, io grupo, acompanhado por um vigilante da Natureza recebeu informação ao longo de toda a visita.
O almoço foi oferecido pelo Parque Natural da Madeira e o regresso aconteceu pelas 16 horas. As vinte crianças do Curral das Freiras chegaram ao Funchal, perto das 18 horas.

Fonte: Jornal da Madeira

Alunos do Curral das Freiras foram às Desertas


Alunos da escola da Seara Velha, no Curral das Freiras, foram hoje às Ilhas Desertas, a bordo do navio patrulha, na estreia de uma iniciativa conjunta entre secretaria do Ambiente e Marinha, que se prolonga até Outubro, inserida também no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade.

As viagens quinzenais ocorrem às sextas-feiras, por ocasião da rendição dos vigilantes da natureza que prestam serviço naquela reserva natural. Além da possibilidade de conhecerem uma das reservas naturais, descobrem simultaneamente o papel da marinha.

Fonte: http://www.dnoticias.pt/

sábado, 29 de maio de 2010

PNSAC: Libertação de animais sinistrados após recuperação


Na sequência desta notícia aqui, vários animais sinistrados recolhidos pelos Vigilantes da Natureza, felizmente encontram novamente o caminho para a vida na natureza onde pertencem.
No dia 24 de Maio foi dia de libertação para alguns animais com sucesso na sua recuperação. Contaram-se 3 Águias-de-asa-redonda (Buteo buteo), 2 Mochos-galegos (Athene noctua) e 1 Bufo-real (Bubo bubo) que após recolha e reencaminhamento para o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Lisboa (Lx CRAS), em Monsanto, tiveram alta após alguns meses de recuperação, estando aptos para regressar à natureza.

Vamo-nos focar neste último, o bufo-real, espécie predadora de topo nos nossos ecossistemas serranos e considerada pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal como QUASE AMEAÇADO.

Este espécime foi encontrado debilitado em Serpa por um particular que o entregou ao SEPNA, sendo posteriormente encaminhado para o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, cujos VNs o fizeram chegar ao LxCRAS em Monsanto para recuperação.

Passados 4 meses e tendo recuperado com sucesso (infelizmente tal não acontece com grande parte dos animais sinistrados que ingressam nos centros de recuperação), chegou a hora da sua libertação na natureza onde pertence.

Por norma, os animais recuperados são libertados perto da área onde foram recolhidos, no entanto, devido à escassez de meios logísticos (nomeadamente viaturas), tal não foi possível. Assim sendo, optou-se por libertar o animal num habitat de ocorrência da espécie, numa zona recôndita e sem perturbação sobre a cumeada de uma escarpa (habitat preferencial da espécie) em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.



Esperamos que o sucesso deste exemplar de bufo-real continue, encontrando parceira para reprodução e perpetuando os genes da espécie para a posteridade, vivendo a sua vida, vivendo selvagem!

Francisco Barros

sexta-feira, 28 de maio de 2010

ICNB prepara indicadores e sistema de monitorização

O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) conta ter, a curto prazo, duas ferramentas que há muito fazem falta ao país: um conjunto de indicadores para a diversidade biológica e um sistema de monitorização do património natural.

De acordo com o presidente do ICNB, Tito Rosa, está a ser adaptado à realidade nacional um conjunto de indicadores para a biodiversidade já utilizados a nível internacional. "Até ao final do ano, devemos estabilizar o conjunto de indicadores", afirma Tito Rosa.

Em princípio, serão em torno de uma dezena. Entre eles estarão indicadores sobre as aves comuns, o uso do solo, os fogos florestais, as áreas protegidas, as espécies ameaçadas e a diversidade genética das raças. Com eles, o ICNB espera apresentar, anualmente, uma espécie de retrato global do estado da biodiversidade do país, com base num conjunto restrito de parâmetros.

Projecto-piloto no Norte

Numa escala mais detalhada, também está a ser desenvolvido um sistema de monitorização das espécies e habitats, em si, que compõem a biodiversidade nacional. Desde 2008, uma equipa com 30 investigadores está a construir a estrutura onde irá assentar um sistema de monitorização para a Região Norte.

O trabalho, fruto de uma parceria do ICNB com o CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos), deverá estar concluído no final deste ano. Se tudo correr bem, poderá ser alargado ao resto do país.

O projecto ainda está numa fase de testes. "Estamos a construir as bases de dados, as ferramentas e metodologias que depois serão utilizadas para monitorizar a biodiversidade", explicou ao PÚBLICO João Honrado, investigador do CIBIO e coordenador do projecto. Actualmente, apenas existem programas de monitorização relativos a espécies específicas, normalmente as mais emblemáticas, ou programas realizados no âmbito de estudos de impacto ambiental de estradas, barragens ou parques eólicos.

Agora, aquilo que se pretende é um olhar mais integrado. "Com este sistema, até poderemos relacionar tendências de evolução, como, por exemplo, se o declínio de uma espécie pode estar ligado à degradação de um habitat", afirma João Honrado.

Durante este ano, a equipa quer testar e aperfeiçoar o sistema, com a expectativa de transformar aquilo que é um projecto-piloto num sistema de abrangência nacional. Tito Rosa, presidente do ICNB, confirma que, se o sistema funcionar, poderá ser alargado a todo o país.

Segundo João Honrado, a ideia é conseguir fazer, de dois em dois anos, uma avaliação da condição das espécies e habitats. A informação obtida será utilizada também para acompanhar a evolução dos sítios nacionais da Rede Natura 2000 - o projecto da União Europeia para preservar a diversidade dos seus habitats - e também para possibilitar a integração dos dados nacionais de biodiversidade nos sistemas internacionais.

João Honrado acrescenta ainda a valência científica: "O projecto promove conhecimento científico relevante, a nível regional e nacional, para melhorar as estratégias de conservação e gestão das áreas protegidas".

A inexistência de informação disponível, coordenada e actualizada sobre a situação dos valores naturais em Portugal é uma das lacunas apontadas pelo relatório de avaliação concluído no ano passado sobre a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza a Biodiversidade.

Fonte: Publico.pt

Ministério do Ambiente vai recrutar Vigilantes da Natureza



O Ministério do Ambiente vai recrutar trabalhadores para o Instituto da Conservação da Natureza, nomeadamente vigilantes da natureza, e vai reforçar os seus meios de trabalho, incluindo viaturas. O anúncio consta da resposta enviada pelo Ministério a questões colocadas pelo Bloco de Esquerda (BE) na sequência de denúncias da associação ambientalista Quercus sobre o abate ilegal de "centenas de sobreiros e azinheiras" e outra vegetação mediterrânica natural em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC).

Na pergunta enviada ao Governo, o BE referia a "debilidade de actuação dos serviços de vigilância da natureza do PNSAC, quer por falta de meios humanos como de condições de logística adequadas". "Actualmente, os vigilantes da natureza do PNSCAC não têm capacidade de se deslocarem por falta de viaturas, ficando retidos na sua sede em Rio Maior", denunciava o BE, lamentando a "desvalorização" do papel dos vigilantes da natureza.

Na resposta, o ministério afirma que, além do recrutamento, tem em curso dois procedimentos para aquisição de viaturas em sistema de aluguer de longa duração e aquisição, com financiamentos comunitários e em parceria com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, de viaturas de prevenção e vigilância.

Fonte: O Mirante.pt

Reserva Natural das Desertas aposta no aumento do número de visitantes


A reserva natural das Ilhas Desertas na Madeira recebe em média 4000 visitantes por ano e quer aumentar este número, desmistificando a ideia que “estas zonas não são para as pessoas”, disse hoje o secretário regional do Ambiente.
Manuel António Correia falava no porto do Funchal antes da partida do navio da Marinha Portuguesa que levou em viagem até às Desertas um grupo de alunos de uma escola do Curral das Freiras, concelho de Câmara de Lobos, para uma visita aquele território.
O governante salientou que esta iniciativa, integrada no programa “sexta feira para a biodiversidade e para a cidadania” e programada no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade, constitui “um aproveitamento inteligente das viagens de logística, de rendição dos vigilantes da natureza”.

Defendeu ser necessário “dar a conhecer as reservas porque quem conhece preserva melhor”, uma postura que tem efeitos no futuro quando a aposta é feita nas crianças, “sobretudo numa região com uma forte densidade populacional, em que dois terços do território é classificado como reserva natural”.
Disse que na região é “quase obrigatório existir uma interatividade entre as pessoas e esse meio, dada a sua proximidade, pois se as pessoas estiverem de costas voltadas as coisas não funcionam”.
Realçou que as ações desenvolvidas têm por objetivo desmistificar a ideia que estas zonas são espaços fechados à população devido à política de conservação ambiental, apontando que “cerca de 4000 visitam anualmente as Desertas, das quais 1.200 são alunos de diversas escolas”.
O diretor do Parque Natural, Paulo Oliveira, adiantou que no âmbito a iniciativa hoje desencadeada, aproximadamente 300 alunos vão poder conhecer as Desertas.
“Mas temos um programa paralelo que abrange anualmente 1.200 estudantes e este ano vamos investir mais para atingir os dois mil visitantes de escolas”, acrescentou.
No Ano Internacional da Biodiversidade, o Parque Natural apostou ainda mais na divulgação das reservas e investiu num curso de formação aos vigilantes sobre a “arte de bem receber”, num guião e num sistema para medir o impacto nos visitantes.
Por seu turno, o comandante da Zona Marítima, Amaral Frazão, referiu que estas viagens permitem também divulgar junto das crianças a vivência de um navio da armada, vivendo a “experiência do que é ser marinheiro”, algo que “pode dar frutos no futuro”.
A reserva natural das Desertas tem como símbolo o lobo marinho, uma espécie que em 1996 estava praticamente em extinção, existindo apenas um grupo composto por seis a oito elementos, e presentemente tem identificados 40 indivíduos.

Fonte: Jornal da Madeira online

México ha perdido 127 especies en dos décadas, asegura Sarukhán Kermez


En las pasadas dos décadas México perdió 127 especies, aseguró José Sarukhán Kermez, coordinador de la Comisión Nacional para el Conocimiento y Uso de la Biodiversidad (Conabio), quien explicó que una de las principales causas de ello es la destrucción de los ecosistemas.

Resaltó que el país posee “alrededor de 10 por ciento de las especies del mundo, es decir, unas 170 mil”, desde microbios hasta grandes vertebrados, lo cual lo sitúa entre las principales cinco naciones megadiversas de todo el planeta.

Al conmemorarse ayer el Día Internacional de la Diversidad Biológica, Sarukhán expresó en entrevista que situaciones como el derrame de petróleo en el Golfo de México –responsabilidad de la empresa British Petroleum– son circunstancias que afectan los ecosistemas. Aunque por el momento no hay riesgo para el país, dijo, la Conabio se encuentra monitoreando día a día y vía satélite el desplazamiento de la mancha de crudo.

–¿Podría haber especies en riesgo?

–Depende de cómo llegue. Si es en pequeños grumos y gotas, es menos dañino que en masas enormes. Si arriba a la arena y hay tortugas ovipositando en ese momento, pueden tener problemas. Si la mancha llega en grandes pedazos, las aves costeras y las que viven en manglares podrían tener conflictos muy serios.

Sin embargo, subrayó que por ahora “la mancha está muy lejos”. Sólo podría acercarse, consideró, por la acción de los ciclones.

“El problema va a ser de Estados Unidos y México, así como probablemente de Cuba, a la hora que entren los primeros huracanes fuertes, porque esa mancha, que por el momento sólo se ha partido en dos, se va a pulverizar, se va a volver un montón de manchas que será difícil seguir”.

Respecto de la pérdida de especies destacó que “en México y el mundo falta muchísimo por hacer”. Exhortó a los gobiernos, particularmente de los estados y municipales, a “usar la información” que se tiene sobre esa situación de “mejor manera”, con el propósito de emprender acciones más efectivas.

Vaticina incremento de enfermedades

Al recordar que este año ha sido declarado como el de la biodiversidad, Sarukhán alertó sobre la aparición de enfermedades en diversas zonas, debido principalmente al ascenso de la temperatura global y al desplazamiento de vectores hacia áreas que tradicionalmente eran más frías.

“Se están originando males por la perturbación de selvas y bosques, por el cambio climático tenemos movimiento de vectores; por ejemplo, los mosquitos que transmiten el dengue se mueven a zonas cada vez más altas, conforme la temperatura va cambiando, o las chinches (vinchuca) que provocan el mal de Chagas.”

Se considera que México ocupa el segundo lugar mundial en diversidad de reptiles, con 804 especies; tercer lugar en mamíferos, con 525; quinto en sapos, ranas y salamandras, con 361, y quinto en plantas vasculares, con 23 mil 424. Aquí viven siete de las ocho especies de tortugas marinas, y en los mares mexicanos habita casi la mitad de ballenas y delfines del planeta.

Fonte: http://www.jornada.unam.mx/

Portugal precisa preparar-se para a próxima seca, alertam especialistas

Técnicos e cientistas de diversos países subscreveram hoje, em Mirandela, um documento a exortar o Governo a adoptar medidas para enfrentar a próxima seca, que pode ser pior do que a de 2005.

O documento, a que deram o nome de "Declaração de Mirandela" resultou de um simpósio internacional que juntou na cidade transmontana, durante dois dias, estudiosos e decisores políticos para discutirem a gestão de bacias hidrográficas e respostas à escassez de água e secas em futuros climáticos incertos.

De acordo com o presidente da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Norte, António Guerreiro de Brito, a "Declaração de Mirandela" será enviada ao Ministério do Ambiente e tem como propósito contribuir para a adopção de medidas adaptação.

"É antes da seca que temos de fazer o trabalho", disse, lembrando a pior seca dos últimos anos, a de 2005.

"Não correu mal, mas nós não sabemos o que o futuro nos pode fazer passar. É preciso pensar que a próxima seca pode ser pior e temos de estar preparados para isso. A de 2005 foi um bom ensaio, mas todos ainda nos lembramos das dificuldades que passámos", disse.

Os autores da "Declaração de Mirandela defendem que é "preciso reforçar um conjunto de infra-estruturas, planos e estratégias que permitam preparar a próxima seca" e apostar também na sensibilização de todos para o problema.

António Guerreira de Brito apontou como exemplo de algumas das medidas a adoptar a redução das perdas nos sistemas de abastecimento de água para consumo e a melhoria do uso da água na agricultura.

Os novos planos de gestão das bacias hidrográficas foram também referidos como instrumentos futuros importantes nestas estratégia, embora estejam ainda numa fase inicial de preparação em que serão postos à discussão das populações e diferentes agentes, segundo aquele responsável.

Só na região Norte serão elaborados 874 planos para outras tantas massas de água existentes, nomeadamente a maior bacia hidrográfica que é a do Douro.

Segundo o presidente da ARH- Norte, os planos devem estar concluídos "no próximo ano" no que se refere à definição de objectivos, mas o processo de execução poderá prolongar-se até 2015 e ser prorrogado até 2021, caso a contenção financeira afecte a disponibilização de verbas para o investimento que será necessário realizar repartido pelo Estado e privados.

A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, encerrou o simpósio, em Mirandela, reconhecendo que a "variabilidade climática é a maior ameaça do século XXI" e que "a estratégia terá de ser implementar medidas de mitigação e aumentar acções de adaptação".

A governante discursou apenas para a assistência do simpósio, sem prestar declarações aos jornalistas.

Fonte: LUSA

Austrália leva Japão e caça à baleia ao Tribunal Internacional de Justiça


O Governo australiano, que já pediu por várias vezes ao Japão para suspender a caça à baleia, anunciou hoje que vai levar o assunto ao Tribunal Internacional de Justiça.

A Austrália vai entregar os documentos do processo no Tribunal de Haia “no início da próxima semana”, depois de ter ameaçado fazê-lo há já vários meses, anunciou Peter Garrett, ministro responsável pela protecção do Ambiente.

“Queremos suspender a caça à baleia, em nome da ciência, na Antárctica”, declarou o ministro.

O Japão reagiu imediatamente às notícias. “É muito decepcionante” e "lamentável", comentou o ministro japonês das Pescas, Hirotaka Akamatsu, sublinhando que a “pesca científica é um programa aprovado” pela Comissão Baleeira Internacional (CBI). “Quero continuar a argumentar nesta base”, disse aos jornalistas.

O ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Stephen Smith, considera que este processo, fruto de uma “decisão muito ponderada”, não vai afectar as relações com o Japão, o maior mercado para as exportações da Austrália. “Temos sido pacientes e temos estado concentrados em encontrar uma solução diplomática para esta questão”, disse Smith, lembrando as inúmeras e intensas reuniões na CBI e os encontros bilaterais com o Japão.

Hidenobu Sobashima, ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, disse à ABC que quer resolver esta disputa com a Austrália de forma diplomática. No entanto, acrescentou que se a Austrália for mesmo para a frente com o processo no Tribunal Internacional de Justiça, o Japão está preparado para responder.

Os conservacionistas saudaram a medida do Governo do primeiro-ministro Kevin Rudd. Mas o Partido ecologista australiano considera que se trata apenas de uma iniciativa política de um primeiro-ministro que tem vindo a cair nas sondagens, nota a BBC.

Entretanto, a Nova Zelândia está a ponderar se também vai avançar com um processo legal contra o Japão.

Todos os anos, o Japão caça centenas de baleias em nome da “investigação científica”, uma excepção prevista na moratória da CBI à caça comercial, em vigor desde 1986. Em 2008/2009, as embarcações japonesas mataram 1003 baleias, ou 52 por cento das 1929 caçadas em todo o mundo. O número para a época de caça de 2009/2010, é de 850 baleias-anãs e 50 baleias-comuns. A Austrália e a Nova Zelândia anunciaram em Janeiro uma expedição para demonstrar que é possível estudar baleias sem as matar.

A próxima reunião da CBI, à qual Portugal aderiu em 2002, está marcada para Junho, em Marrocos. Daqui deverá sair um acordo para uma abordagem da caça à baleia que poderá permitir a caça comercial com quotas restritas.

Fonte: Publico.pt

Acção popular contesta traçado de TGV por ser o mais caro e danoso para o ambiente


Opção do Governo custa mais 17 milhões de euros, um milhar de sobreiros abatidos e algumas casas destruídas. O estudo de impacto ambiental dizia ser a nona opção mais gravosa em dez.

É mais caro 17 milhões de euros e traz mais prejuízos para o ambiente. Estes são os fundamentos de uma acção popular interposta por um grupo de moradores de uma freguesia de Montemor-o-Novo que contesta o traçado do TGV na linha Poceirão-Caia, escolhido pelo Ministério do Ambiente.

O processo pretende impugnar a Declaração de Impacto Ambiental que escolhe um traçado de TGV diferente (e mais desfavorável segundo os queixosos) da solução apontada pelo Estudo de Impacto Ambiental. O caso, que até agora não foi tornado público, está há dois anos por decidir no Tribunal Administrativo de Beja.

O grupo de 44 residentes na freguesia de Silveiras, concelho de Montemor-o-Novo, contesta a solução de traçado escolhida pela Comissão de Avaliação e que deu origem à Declaração de Impacto Ambiental, assinada pelo secretário de Estado do Ambiente, em Abril de 2008.

Segundo a acção apresentada pelos moradores, o traçado escolhido pela Comissão de Avaliação "tem um custo de investimento superior em quase 17 milhões de euros" do que a solução preferida pela população afectada. No total, o traçado escolhido custa 385.587 milhões de euros. Em cima da mesa estavam duas soluções de traçado: uma passava ao norte da freguesia (mais distante da povoação) e outra ao sul, a mais próxima e a que acabou por ser escolhida pelo Governo.

No processo judicial, os habitantes de Silveiras apontam os prejuízos que o traçado escolhido causa na povoação, com base nas conclusões do Estudo de Impacto Ambiental. Em dez soluções analisadas, o estudo classificou em nono lugar a opção de traçado escolhida. "Ou seja, para o troço em questão só uma solução seria considerada pior para o ambiente", lê-se no processo de contestação.

O grupo de moradores alega ainda que os habitantes (cerca de 700) vão ser "fortemente penalizados pelo ruído", já que a linha vai passar a 200 metros de uma das extremidades da povoação. O traçado escolhido vai implicar ainda a destruição da ETAR (inaugurada no passado Março e com um investimento de 150 mil euros) e o abate de "um milhar de sobreiros", enquanto a solução a norte da povoação iria afectar apenas um montado de azinho "muito menos valioso".

A Assembleia da Junta de Freguesia de Silveiras já aprovou uma moção contra o traçado escolhido. Para o presidente da Junta de Freguesia, António Manuel Martins, a alteração da decisão sobre o traçado foi uma surpresa. "Não compreendo porque é que uns fazem os estudos e depois a Declaração de Impacto Ambiental vai em sentido contrário", afirmou ao PÚBLICO. O autarca sublinha que o traçado a norte só abrange grandes propriedades, enquanto a solução escolhida a sul afecta pequenas explorações agrícolas, a linha de captação de água e implica abate de sobreiros. "Além de ficar mais cara, até porque há casas que têm de ser expropriadas e destruídas", acrescenta.

Na mesma data da acção principal, o grupo de moradores interpôs também uma providência cautelar com os mesmos objectivos, mas o Tribunal Administrativo de Beja ainda não proferiu nenhuma decisão.

Contactada pelo PÚBLICO, a assessoria de imprensa do Ministério do Ambiente informou, por escrito, que a Declaração de Impacte Ambiental seguiu a proposta da Comissão de Avaliação que considerou a solução escolhida como a "menos desfavorável ao ambiente". Em relação à opção pretendida pela população de Silveiras, a Comissão de Avaliação concluiu que era mais desfavorável em termos de "solos e recursos hídricos". A nota do Ministério lembra que a Comissão integra representantes de oito entidades que pertencem a quatro ministérios.

Fonte: Publico.pt

Guarda Costeira anuncia que BP conseguiu estancar fuga de petróleo

Thad Allen, comandante da Guarda Costeira norte-americana, anunciou que a BP conseguiu estancar a fuga de petróleo de um poço a 1500 metros de profundidade. No entanto, para a operação ser dada como concluída será necessário estabilizar a pressão e selar o poço com cimento.

“Por enquanto, nenhuma notícia é uma boa notícia”, comentou Thad Allen. “Estamos numa altura de esperar para ver. Queremos perceber até que ponto o poço está bem estabilizado”, comentou ao jornal “Times-Picayune”.

Ontem à noite, a BP começou a sua operação “top kill”, que consiste em injectar uma mistura de lama pesada e químicos através do mecanismo de segurança blowout preventer, em direcção ao poço. De acordo com Allen, tudo está a correr conforme o previsto e a lama injectada terá conseguido bloquear a fuga de petróleo. Apesar disso, o responsável pela gestão da maré negra para a administração Obama diz-se “cautelosamente optimista” e não arrisca afirmar que o poço está selado.

Segundo a BP, a pressão no interior do poço está a diminuir, um sinal de que o peso da lama está a pressionar o petróleo para baixo. Quando a pressão for reduzida para zero, será injectado cimento para selar o poço.

De momento, nem o Governo nem a BP falam em sucesso porque o processo ainda não está concluído.

David Nicholas, porta-voz da BP, responde a estas notícias - avançadas inicialmente pelo jornal "Los Angeles Times" - dizendo à agência Reuters que ainda não há informações actualizadas que permitam falar no sucesso da operação, que ainda está a decorrer. Além disso lembrou que poderão ser precisos dois dias até à BP saber se o "top kill" funcionou.

A unidade de comando para a maré negra - que inclui a BP e a Guarda Costeira - não confirma nem nega as informações do "Los Angeles Times".

A maré negra começou depois de um acidente na plataforma da BP Deepwater Horizon e já será a pior da história dos Estados Unidos.

Nova estimativa aponta para fuga de dois a três milhões de litros de petróleo por dia

Um painel de peritos mandatado pelo Governo norte-americano revelou hoje as suas estimativas, apontando para a fuga de dois a três milhões de litros de petróleo por dia. Ou seja, quatro vezes mais do que o inicialmente estimado.

Marcia McNutt, responsável do Instituto Geológico americano (USGS) que coordenou este grupo, explicou que estas estimativas resultou das conclusões de duas equipas que recorreram a métodos diferentes.

"A estimativa do fluxo está avaliada em 12 mil barris por dia (dois milhões de litros). Mas este fluxo poderá ir até aos 19 mil barris por dia (três milhões de litros)", disse McNutt.

Até agora, as autoridades governamentais e a BP estimaram o fluxo em 800 mil litros (cinco mil barris) diários.

Fonte: Publico.pt

Min. do Ambiente assume prioridade no desassoreamento da Lagoa de Óbidos


O desassoreamento da Lagoa de Óbidos é uma das prioridades do Ministério do Ambiente e não será travado pelas medidas de austeridade, disse ontem a ministra Dulce Pássaro.

“Há naturalmente medidas de austeridade e o sector ambiental não fica fora do esforço global”, disse a governante, numa visita à lagoa, sem precisar acções concretas mas admitindo que haverá intervenções que “vão ter que ser adiadas” e outras “faseadas”.

De acordo com a ministra, as medidas de restrição serão decididas após a conclusão dos estudos que estão a ser elaborados pelos directores gerais, mas as intervenções na Lagoa de Óbidos contam já com orçamentação e inscrição nas prioridades do Plano de Acção aprovado para o Litoral, a desenvolver entre 2007 e 2013.

Dulce Pássaro verificou, na Foz do Arelho, a fase final de uma dessas intervenções, a relocalização da aberta (canal que liga a lagoa ao mar), numa zona mais a sul, para permitir a prática de uma época balnear mais segura na Foz do Arelho.

A obra, que deverá estar concluída na quinta-feira, depois de dois meses de trabalhos desenvolvidos através do INAG (Instituto da Água) com o apoio técnico do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil).

Os trabalhos que implicaram a movimentação de 120 mil metros cúbicos de areia e um custo de superior a 319 mil euros deixaram a ministra convicta de que “estão criadas as condições para ter uma época balnear segura”. “Temos aqui uma praia com declives suaves, areias com um aspecto excelente e águas sem turvação” salientou.

Perante uma comitiva que integrou autarcas dos concelhos ligados à lagoa (Caldas da Rainha e Óbidos), representantes da Comissão de Acompanhamento da Lagoa e técnicos do INAG, a ministra reafirmou o compromisso de avançar com a dragagem de 500 mil metros cúbicos de areia da lagoa antes do final do ano. “Está a ser feito o caderno de encargos e está tudo montado para depois de lançado o concurso e avaliadas as propostas, ser feita a adjudicação e virmos para o terreno” assegurou.

Durante a visita em que inaugurou um percurso pedonal de 13 quilómetros (na Foz do Arelho) e se inteirou das obras de requalificação do Bairro dos Pescadores, no Bom Sucesso (Óbidos), a ministra destacou a importância da “intervenção de grande magnitude” no ecossistema onde no total serão investidos 18 milhões de euros.

Fonte: LUSA

EUA deverão suspender exploração petrolífera no Oceano Árctico até 2011

A administração Obama deverá anunciar hoje ao final do dia que vai suspender a exploração petrolífera no Oceano Árctico até 2011. Enquanto isso, a BP está a usar a nova táctica “top kill” para tapar fuga de petróleo.

Barack Obama deverá anunciar que prolongará por mais seis meses uma moratória informal à perfuração de novos poços no fundo do mar - anunciada pouco depois do acidente, a 20 de Abril -, cancelar planos para procurar novas explorações ao largo da costa do Alasca – da responsabilidade da Shell Oil, que recebeu a luz verde do Governo em Outubro do ano passado, apesar das críticas de ambientalistas - e cancelar licenças de exploração no Alasca e na Virgínia, noticia o “Washington Post”, citando fonte da Casa Branca.

Esta tarde, o Presidente norte-americano vai revelar publicamente, em conferência de imprensa, os resultados de uma investigação encomendada depois do acidente no Golfo do México relativamente à segurança nas plataformas petrolíferas.

Segundo fonte da Casa Branca, em anonimato, Obama deverá anunciar novos critérios para reforçar a monitorização da actividade petrolífera e as condições de segurança.

Enquanto a decisão parece ter agradado a ambientalistas, o mesmo não deverá acontecer com os responsáveis da indústria petrolífera. Estes consideram que a maré negra causada pela plataforma Deepwater Horizon não justifica uma moratória nacional à exploração offshore.

O senator democrata do Alasca, Mark Begich, e apoiante da exploração no Árctico, disse ao "New York Times" que foi informado das restrições pelo Departamento do Interior. Begich afirmou sentir-se frustrado porque a decisão "vai causar mais atrasos e custos mais elevados para a produção nacional de petróleo e gás".

BP já está a injectar lama pesada para tentar tapar fuga de petróleo

Desde ontem à noite, a BP está a injectar lama pesada para tentar tapar a fuga de petróleo, a 1500 metros de profundidade, no Golfo do México. Mas serão precisas 24 horas para se saber se a nova táctica, chamada “top kill” funcionou, ou não.

O novo método, nunca antes tentado a esta profundidade, consiste em injectar uma mistura de lama e químicos através do mecanismo chamado blowout preventer em direcção ao poço. Se isto funcionar, a BP aplicará cimento para selar o poço definitivamente.

A BP já veio dizer que tudo está a correr conforme o previsto. Mas na realidade, muitas coisas podem correr mal. A pressão da lama injectada pode danificar o blowout preventer e agravar as fugas.

Há 36 dias que a conduta de exploração fracturada da plataforma Deepwater Horizon tem vindo a libertar petróleo para as águas do Golfo do México, causando aquela que já é considerada a pior maré negra na história dos Estados Unidos.

“Não vamos descansar até o poço estar selado, o ambiente reparado e a operação de limpeza terminada”, garantiu Obama, citado pelo jornal “Time”.

Segundo números da Casa Branca, estão envolvidas mais de 20 mil pessoas nas operações de protecção da zona costeira e da vida selvagem. No mar, as operações de contenção da maré negra estão a ser realizadas por 1300 embarcações.

A Guarda Costeira da Luisiana informou hoje que mandou regressar a terra 125 barcos que participavam nas operações de limpeza, depois de quatro pessoas terem registado problemas de saúde. Ontem à tarde, os homens a bordo de três barcos "sentiram náuseas, vertigens, dores de cabeça e de barriga", precisou a Guarda Costeira. "Mais ninguém teve estes sintomas mas decidimos tomar esta medida como precaução", explicou o responsável da Guarda Costeira local, Robinson Cox.

Fonte: Publico.pt

Biólogo estranha doença de plátanos em Coimbra


O biólogo Jorge Paiva considerou ontem estranho que vários plátanos de uma avenida de Coimbra por onde passará o futuro metropolitano estejam a ser atacados por fungos, obrigando ao seu abate, iniciado esta semana.

"Os plátanos deviam estar sob stress, mas é esquisito serem tantos plátanos e logo ao mesmo tempo, quando há um projecto de um metro ligeiro de superfície que há muito os quer tirar do separador central" da Avenida de Emídio Navarro, sustentou.

Questionado pela Lusa, Jorge Paiva escusou-se a explicar as razões da sua estranheza, afirmando apenas: "Tenho todo o direito a achar muito esquisito, ainda por cima (atacando) plátanos em linha".

Jorge Paiva participou nos primeiros Encontros Provedoria, sobre A cidade e as árvores, no Museu da Água, em Coimbra, promovido pela Provedoria do Ambiente de Coimbra, onde abordou a relação entre As árvores e a vida.

A doença dos fungos dos plátanos é um "problema novo" com que a cidade se está a deparar e que, segundo a engenheira agrónoma Andreia Almeida, da Câmara de Coimbra, já provocou a morte a 37 árvores, 26 das quais no Parque Dr. Manuel de Braga, à beira-rio, e 11 no separador central da Avenida de Emídio Navarro, paralela a este espaço verde. As árvores mortas já começaram a ser abatidas, "até para não propagar" a doença, disse a técnica da câmara.

Fonte: LUSA

Água de Alqueva 70 por cento mais barata em 2010


O tarifário aplicável ao abastecimento de água para uso nos blocos de rega de Alqueva sofrerá, no primeiro ano, uma redução de 70 por cento, mas vai estar sujeito a aumentos progressivos até 2017.

Como forma de incentivar "massivamente" a adesão dos agricultores ao regadio de Alqueva, os montantes a cobrar pelo fornecimento de água no ano de 2010 correspondem a 30 por cento dos valores indicados no novo tarifário, sujeitos, no entanto, a um aumento anual, automático e progressivo, até 2017, ano em que deverão perfazer os valores estabelecidos no tarifário ontem publicado. Os valores foram ontem publicados em Diário da República e entrarão em vigor a 1 de Junho. Confirma-se, assim, a proposta anunciada pelo ministro da Agricultura, António Serrano, no passado dia 10 de Abril, durante a inauguração de alguns blocos de rega.

O preço a aplicar por metro cúbico de água à saída da rede primária, para fornecimento às entidades que tenham a seu cargo as infra-estruturas integradas na rede secundária, será de 4,2 cêntimos. O valor a cobrar à água da rede secundária, que chega às explorações agrícolas em alta pressão, é de 8,9 cêntimos por metro cúbico.

O fornecimento de água às explorações agrícolas que a pretendam em baixa pressão, o custo a pagar será de 5,3 cêntimos o metro cúbico. Este valor é para aplicar à água captada directamente a partir do sistema primário (canais de rega), bem como ao abastecimento de água destinada a rega para uso agrícola captada no rio Guadiana, a jusante da Barragem de Pedrógão. No que respeita ao tarifário aplicável ao fornecimento de água destinada a outros usos que não a rega, o mesmo será aprovado em posteriores despachos pelos responsáveis pelas áreas das finanças, da agricultura e do ambiente.

Os valores estabelecidos integram as taxas de recursos hídricos, de beneficiação, conservação e de exploração do novo aproveitamento hidroagrícola.

Com a publicação do despacho 9000/2010, o Ministério da Agricultura sublinha que procura "assegurar uma eficiente afectação de recursos que garanta à EDIA "no mais curto prazo possível, benefícios efectivos" e a sua "sustentabilidade económica a longo prazo", visando a "optimização e racionalização" do investimento em curso.

Fonte: Publico.pt

Madeira: Santana candidata-se à rede Biosfera


O concelho de Santana apresenta amanhã a sua candidatura à Rede da Biosfera da UNESCO. O processo abrange a floresta laurissilva, classificada como Património Mundial Natural desde 1999, e a fajã da Rocha do Navio, área de reserva marinha.

A candidatura do concelho de Santana, a ser entregue oficialmente em Setembro, subordina-se ao tema Como proteger o ambiente numa paisagem humanizada, procurando a conformação com os objectivos estabelecidos pela UNESCO para as reservas da biosfera - ecossistemas terrestres e marítimos onde se desenvolvem políticas de conservação da biodiversidade com a sua utilização sustentável.

Conhecida pelas típicas casas de colmo e, mais recentemente, pelo parque temático, Santana celebrou anteontem 175 anos de elevação a concelho, ao qual pertence o Pico Ruivo (1962 metros), a eminência rochosa mais alta do Maciço Montanhoso Central. Outros atractivos desta localidade caracterizada pela paisagem agrária e situada no Norte da ilha, a 900 metros de altitude, são os parques florestais das Queimadas e do Pico das Pedras que integra o Parque Natural da Madeira como reserva de recreio, ao passo que o das Queimadas está classificado como zona de repouso e de silêncio.

A Reserva Natural do Sítio da Rocha do Navio, a que se pode aceder por teleférico, desenvolve-se entre a ponta de São Jorge e a ponta do Clérigo. Esta área protegida foi criada em 1997 com o objectivo de proteger os habitat naturais que estavam a ser gravemente danificados pela pesca excessiva. Esta reserva inclui o ilhéu da Viúva ou da Rocha do Navio e o ilhéu da Rocha das Vinhas: no primeiro abunda um importante núcleo de zimbros (Juniperus phoenicea), enquanto o segundo possui interesse ornitológico (exemplo dos garajaus, Sterna hirunda) - e paisagístico.

A ser aprovada, a candidatura à rede Biosfera da UNESCO, diz o presidente do município, Rui Moisés, constituirá um "factor de promoção da Madeira como destino ambiental e turístico".

Fonte: Publico.pt

Crise leva União Europeia a travar intenção de cortes no CO2

A Comissão Europeia considera que não há condições, neste momento, para que a UE aumente de 20 para 30 por cento o seu compromisso de redução de emissões de gases com efeito de estufa até 2020.

A UE admitia subir a fasquia da sua contribuição para o combate ao aquecimento global, caso o resto do mundo desenvolvido fizesse esforços igualmente ambiciosos. Mas a crise económica e o receio da perda de competitividade das empresas europeias põem de parte, agora, o cenário dos 30 por cento.

"Desde que a política da UE [para o clima e energia] foi adoptada, as circunstâncias modificaram-se rapidamente. Temos visto uma crise económica a uma escala sem precedentes", explica uma comunicação divulgada ontem pela Comissão, que avalia as opções para ir além da meta dos 20 por cento.

De acordo com a Comissão, a política mantém-se, incluindo a possibilidade de ir até aos 30 por cento de redução. Mas, por ora, "as condições claramente não estão satisfeitas".

Dar o salto para uma meta mais elevada "é uma decisão política para os líderes da UE tomarem no tempo e condições certas", afirma Connie Hedegaard, a comissária europeia para as alterações climáticas, num comunicado. "Obviamente, a prioridade política imediata é tratar da crise", acrescenta Hedegaard.

A crise e a subida no preço do petróleo estão a ter um efeito ambivalente. Acentuaram a descida nas emissões de CO2 na Europa, que em 2009 deverá cifrar-se em 14 por cento abaixo dos níveis de 1990. Mas, sem dinheiro, as empresas não estão a investir como se esperava em tecnologias de baixo carbono.

Com as empresas a pouparem nas emissões e o preço do CO2 em queda no mercado, os custos estimados para pôr em prática a meta de redução de 20 por cento caíram de 70 mil milhões de euros por ano para 48 mil milhões agora. Passar para 30 por cento implicaria um custo adicional de 33 mil milhões de euros por ano.

A comunicação da Comissão foi recebida com agrado pela indústria europeia do aço, que teme que a política europeia beneficie os seus concorrentes. "Medidas muito restritivas apenas levariam a uma transferência da produção ou do potencial de produção para outras regiões sem grandes melhorias na eficiência carbónica", disse Gordon Moffat, director-geral da Eurofer - a associação representativa do sector.

Fonte: Publico.pt

Em Évora, as primeiras crias de francelho já nasceram

Caminhar em silêncio, preparar insectos e larvas, instalar ninhos, vigiar 24 horas por dia. O único centro português de reprodução em cativeiro do francelho é essencial ao regresso desta ave mundialmente ameaçada à cidade onde já foi mais numerosa do que as andorinhas.

Rita Sanches diz para fecharmos a porta sem fazer barulho. Seguimos-lhe os passos e entramos num corredor com chão de cimento e folhas secas vindas das árvores do Jardim Municipal de Évora a estalar à passagem. Do lado esquerdo, separados por portas verdes, estão os 27 francelhos do Centro de Acolhimento e Recuperação de Animais Silvestres (CARAS), da Liga para a Protecção da Natureza (LPN). Nos seus ninhos já há ovos e crias. São estes animais que vão ajudar a trazer de volta a Évora uma espécie que desapareceu há quase 50 anos.

Os sons dos francelhos misturam-se com o barulho das aves que cruzam os céus da cidade nesta manhã de final de Maio.

Rita Sanches, 30 anos e técnica do centro desde o ano passado, pára junto a uma das portas. Pomo-nos em bicos de pés para espreitar pela rede - as aves estão em período de nidificação e não podem ser perturbadas. Ainda assim é inevitável ter a esperança de ver de perto este falcão, o mais pequeno do país, com uma envergadura entre 63 e 72 centímetros (o maior falcão que existe em Portugal é o falcão- peregrino, com uma envergadura entre 89 e 113 centímetros). Um francelho, também chamado peneireiro-das-torres (Falco naumanni), acaba por pousar na câmara de vigilância, instalada dentro do recinto. E fica ali apenas alguns segundos. A partir de agora, ver as aves implica olhar para o ecrã de um computador que mostra imagens em tempo real a partir das câmaras que vigiam os animais 24 horas por dia.

Na verdade, a observação diária destas imagens faz parte da rotina do centro, mas há mais tarefas a levar a cabo para cuidar dos francelhos: 16 adultos e 11 com um ano de idade. A maioria das aves do CARAS, centro especializado em aves das estepes cerealíferas - como a abetarda, o sisão e o francelho - são irrecuperáveis. "São animais feridos que caíram dos ninhos e que recolhemos durante as acções de vigilância e monitorização das colónias em 2003 e 2004", explica Rita, olhando para o monitor do computador para acompanhar os francelhos. "Algumas das aves têm fracturas nas asas e não conseguem voar."

Rita Sanches serve as refeições três vezes por dia. Os horários - 10h00, 14h00 e 18h00 - estão escritos a marcador num quadro pendurado na parede de uma das salas do centro. Logo ali ao lado está o "supermercado": vários recipientes com ratinhos e larvas de carochas, criados no centro, e uma arca frigorífica com pintos numa caixa, importados de Espanha. Os grilos e gafanhotos são fornecidos por uma empresa da região de Lisboa. "A alimentação é introduzida por tubos para causar o mínimo de perturbação nas aves. Mas ainda assim, todos os dias temos de abrir a porta e entrar para trocar os tabuleiros. Sei que é um transtorno para as aves, mas tem de ser." O cuidado é tanto que os técnicos do centro ainda não sabem quantas crias e ovos existem nos ninhos. "Não podemos fazer uma monitorização rigorosa, correndo o risco de perturbar os ninhos. Ainda é uma surpresa para nós."

Crias de Badajoz

As surpresas com os francelhos do CARAS começaram há cerca de ano e meio, quando alguns dos casais se reproduziram em cativeiro. Ninguém estava à espera. Na primeira época de reprodução houve uma cria e na segunda, cinco. Mas estes são números muito baixos para quem quer restabelecer uma colónia de raiz. Por isso, o centro aproveitou para contactar a Defensa y Estúdio del Médio Ambiente (DEMA), associação espanhola, em Almendralejo, na província de Badajoz, que faz reprodução em cativeiro desta espécie há 18 anos. No âmbito do projecto Conservação e Restabelecimento do Francelho na região de Évora, que começou no início de Agosto de 2009, até meados de Junho deverão chegar vindas de Almendralejo cerca de 50 crias, para reforçar a colónia de Évora.

"Vamos colocar as crias junto à estrutura onde estão os animais do centro [que já não podem ser devolvidos à natureza]. Eles proporcionam um "ambiente de colónia". Aquilo que pretendemos é adaptar estas crias ao local e fazer com que aprendam a caçar."

Rita Sanches vai buscar uma caixa com anilhas para explicar o que acontecerá nos próximos dias. "As aves receberam anilhas CITES [Convenção da ONU para o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas], porque vão passar a fronteira para Portugal. Quando chegarem cá, essas anilhas serão substituídas pela anilha oficial portuguesa e por uma anilha colorida para identificação à distância", explica.

As aves que vierem de Espanha serão libertadas num espaço criado de propósito, por cima do edifício do CARAS. Um escadote de metal possibilita uma subida íngreme até ao "terraço" do edifício. Ali já estão colocadas caixas-ninho de cimento branco, prontas para receber as aves. Lá em baixo, numa casa paredes meias com o centro, uma senhora colhe folhas de couve no seu quintal. Já falta pouco para ser vizinha de francelhos.

"As pessoas em Évora que sabem do projecto de reintrodução do francelho acham piada à ideia", conta Carlos Cruz, biólogo do núcleo da LPN nesta cidade, de binóculos pendurados ao pescoço. Acaba de chegar de uma manhã de observação de aves com escolas da região. "Acho que não vai haver oposição. Mas indiferença, talvez."

Francelhos e andorinhas

Houve tempos em que os céus de Évora chegaram a ter mais francelhos do que andorinhas. É o que dizem os mais velhos, que ainda se lembram de "andar aos ninhos" nas muralhas que envolvem a cidade, conta Carlos Cruz. "Era uma característica da cidade nos anos 40 - as pessoas sabiam onde encontrar os ninhos de francelho. E havia quem comesse as aves e os seus ovos."

Hoje, a colónia mais próxima de Évora tem 42 casais e fica numa propriedade privada, a oito quilómetros do centro da cidade. Foi descoberta em 1995, quando tinha apenas cinco casais. Desde então abriu portas ao esforço de monitorização e manutenção de estruturas de nidificação.

O que é certo é que, no final do século XX, a espécie estava a regredir em todo o país, à medida que desapareciam as suas áreas de alimento nos campos de cereais. A agricultura de sequeiro era substituída pela de regadio e as searas pelo olival e a vinha. Mas não só. Com a requalificação do património histórico foram tapadas as cavidades em muralhas, igrejas e outros edifícios, usadas como locais de nidificação. Nos anos 90, muitas das colónias de peneireiro no Alentejo tinham praticamente desaparecido.

Mas a pouco e pouco, o território do francelho está a espalhar-se pelas planícies do Alentejo. Dos 150 casais que existiam no país na década de 90 passámos para 450 em 2006. De momento, 80 por cento da população nacional concentra-se em Castro Verde. A de Évora está a caminho de ser reestabelecida - tem garantias de acesso a campos de caça (de insectos, claro) a cerca de três quilómetros em linha recta do centro histórico. Mais do que uma conquista, este é o regresso da espécie a locais que foi obrigada a abandonar.

Para o ano, o CARAS vai introduzir novidades para duplicar o número de posturas. Para isso vai ser usada uma incubadora (para eclodir os ovos) e uma nascedora (onde ficam as crias nos primeiros dois dias). "Ainda estamos a estabilizar a incubadora e a nascedora", explica Rita, com um "mira ovos" na mão. Este instrumento, que faz lembrar um pequeno telescópio com luz, serve para conseguir ver o crescimento do embrião.

O projecto de dois anos, explicam Carlos Cruz e Rita Sanches, orçado em 250 mil euros - financiado em 60 por cento pelo programa InAlentejo, do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) -, tem o apoio da Câmara Municipal de Évora, da Rede Ferroviária de Alta Velocidade (Rave), de uma farmácia daquela cidade e da Junta da Extremadura.

Mas o projecto pode estar "ferido", diz o biólogo. "Para fazer a diferença, é preciso manter a reprodução pelo menos durante quatro anos. O que levanta um problema. Teremos de procurar formas de prolongar o projecto por mais dois anos."

Enquanto isso, Rita Sanches vai continuar a dormir com o telemóvel ligado e a olhar pelos francelhos, 24 horas por dia. Até poderem voar com as andorinhas.

Fonte: Publico.pt

Fungo mutante põe em risco produção mundial de trigo


Uma equipa de investigadores identificou quatro novas estirpes mutantes de um fungo fatal para o trigo, que poderá colocar em risco a segurança alimentar mundial, de acordo com um estudo apresentado ontem em Sampetersburgo, na Rússia.

As mutações naquele organismo, que foi denominado Ug99, surgiram em África, mas poderão estender-se à Ásia, segundo o Bourlag Global Rust Initiave (BGRI), um grupo americano que se dedica ao estudo das doenças dos cereais.

"As novas mutações, que foram identificadas no ano passado na África do Sul, vão tornar as culturas de trigo mais vulneráveis, ao passo que os fungos patogénicos aproveitarão os ventos para se dispersarem", explicou o BGRI em comunicado, citado pela AFP.

O estudo sobre as novas mutações, que foi realizado por uma universidade sul-africana, estará em foco na próxima semana, na 8º Conferência Internacional do Trigo, que se realiza em Sampetersburgo.

O Ug99 é uma variante da doença mortal do trigo conhecida por doença da ferrugem. Apareceu há seis anos na África do Sul e já se estendeu ao Iémen e ao Irão. David Hodson, especialista da FAO (a organização da ONU para a agricultura e a alimentação) considera que este é "um sério desafio". O trigo representa 30 por cento da produção mundial de cereais.

Fonte: Diário de Notícias

Conselho Estratégico “chumba” proposta de Plano de Ordenamento do PNSACV


O Conselho Estratégico do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina emitiu, no passado dia 24 de Maio, um parecer desfavorável à proposta do Plano de Ordenamento do Parque Natural a apresentada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).

O Conselho Estratégico considera que “a proposta de Plano encerra um diagnóstico desajustado da realidade e propostas castradoras do desenvolvimento local, condicionando e proibindo as actividades ancestrais que levarão ao abandono do território e que em nada contribuem para a conservação da natureza e da biodiversidade”.

O Conselho Estratégico vai mais longe e acrescenta que a proposta do ICNB “não respeita os objectivos a que se propunha a criação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina evidenciando uma ausência de estratégia global para a região, prosseguindo uma linha de políticas economicistas das actividades profissionais associadas à pesca e à agricultura, demonstrando uma total ausência de investimento público”.

Fonte: http://www.radiopax.com/

THE THINGREEN LINE - Edição de Maio de 2010


A edição de Maio 2010 do boletim informativo online (newsletter) da International Ranger Federation (IRF) - THE THIN GREEN LINE, já está disponível


Dowload da edição (pdf) em inglês