segunda-feira, 21 de julho de 2014

Guarda-Parques Argentinos visitam Parque Nacional Iguazú (Brasil)


Visita proporcionou troca de experiência entre servidores do ICMBio e Guarda-Parques Argentinos.
No dia 5 de Julho, analistas ambientais do ICMBio receberam e apoiaram a visita de Guarda-Parques Argentinos no Parque Nacional do Iguazú. Provenientes de diversas áreas protegidas, dentre elas os Parques Nacionais Los Glaciares, Tierra Del Fuego e Iguazú, a ideia foi incentivar a visitação na Unidade de Conservação (UC) durante período da Copa do Mundo no Brasil.
A Argentina é modelo na política de formação de Guarda-Parques, servidores que atuam nas distintas actividades de gestão de suas UCs, protecção, educação ambiental, pesquisa e atendimento ao público nas áreas de visitação. A visita se deu em retribuição a outra realizada por servidores do ICMBio ao Parque Nacional Iguazú, visando conhecer a estrutura e os procedimentos com a visitação desse Parque, bem como trocar experiências com os servidores daquele país.
O Parque Nacional Iguazú limita-se com o Parque Nacional do Iguaçu por cerca de 70 km ao longo do Rio Iguazú. Ambos compõem, junto com o Parque Provincial Uruguai e outras unidades do Corredor Verde Missioneiro, mosaico de mais de 600 mil hectares em áreas protegidas, salvaguardando importantes fragmentos de florestas subtropicais e grande quantidade de espécies a essas associadas, muitas ameaçadas de extinção, como onça-pintada e gavião-real.
Fonte: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/downloads/icmbioemfoco303.pdf

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O homem que comprou um Zoológico visitou o Projecto MedWolf


O homem que comprou um Zoológico visitou o Projecto MedWolf, na Guarda (Portugal)


Em 2011, o mundo descobriu uma família que mudou radicalmente de vida ao adquirir um Zoo. O filme "Comprámos um Zoológico", com Matt Damon e Scarlett Johansson, (<http://en.wikipedia.org/wiki/We_Bought_a_Zoo>) popularizou uma história verídica, que teve Benjamin Mee e a sua família como protagonistas. Em 2005, lançaram-se na aventura de recuperar o Zoo de Dartmoor, contra todas as indicações do bom senso e desafiando uma série de contrariedades, incluindo uma infestação de ratos e a fuga de um perigoso jaguar.
<http://www.telegraph.co.uk/culture/film/9108388/We-Bought-a-Zoo-the-true-story-behind-the-film.html>.
Benjamin Mee deslocou-se a Portugal na semana passada, filmando, com os seus filhos, um documentário para a BBC. Este tem como foco o lobo ibérico — recém-chegado ao Zoo de Dartmoor.
Depois de visitar o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, actualmente em campanha para adquirir os seus terrenos, a equipa de filmagens deslocou-se a Almeida, no distrito da Guarda, para conhecer in loco as terras portuguesas do lobo e o Projecto LIFE MedWolf — presentemente no terreno em Castelo Branco e na Guarda com o objectivo de diminuir os conflitos entre o Homem e o lobo.
Numa exploração pecuária em Malhada Sorda, recentemente atacada por lobos, a família Mee conheceu um dos cães de gado do Projecto, uma Serra da Estrela de três meses. A empatia criada com a cadela foi tal que Mee se declarou de imediato interessado em criar Cães da Serra da Estrela, colaborando com o Projecto MedWolf.
Fonte: Grupo Lobo

terça-feira, 15 de julho de 2014

Acção humana acelera em mil vezes a extinção da biodiversidade

Acção humana acelera em mil vezes a extinção da biodiversi​dade em todo o mundo.
Estudo publicado na Revista Science por professor visitante da ESCAS/IPÊ aborda o índice elevado de desaparecimento de espécies e fala como as novas tecnologias podem tornar a conservação delas mais eficientes.
As acções humanas estão levando a extinção de espécies a um índice alarmante. O desaparecimento de biodiversidade global é mil vezes mais veloz do que se ele acontecesse naturalmente, sem o impacto do homem. A taxa é muito maior do que a estimada anteriormente, em 1995, que era de 100 vezes (Pimm, Stuart L., et al. "The future of biodiversity." SCIENCE (1995): 347-347). Esta é uma das conclusões de um artigo recém-publicado pela Revista Science, que tem Clinton Jenkins como co-autor. Jenkins é professor visitante da ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade do IPÊ. Nove pesquisadores assinam o artigo, que também afirma que o mundo precisa encontrar nas novas tecnologias um meio de frear esse desaparecimento de espécies. Caso contrário, nesse ritmo, o planeta poderá passar por sua 6ª extinção em massa.
Segundo o artigo, as novas tecnologias podem ser usadas para traçar políticas e estratégias mais eficientes para conservação de espécies, porque ajudam a facilitar as tarefas de encontrar e monitorar a biodiversidade. As novas abordagens tecnológicas, segundo os autores, serão vitais para avaliar o progresso em direcção às metas de conservação internacionais, como as metas de Aichi recentemente estabelecidos da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
Um dos exemplos de tecnologia inovadora é o Biodiversity Mapping. Criado por Jenkins, o site reúne informações de diversos biomas e o estado de conservação das suas espécies, em uma única plataforma, alimentada com dados de diversas organizações e pesquisadores de todo o mundo. O mapa da biodiversidade já identificou, por exemplo, dados relevantes sobre a Mata Atlântica como uma área prioritária para conservação, em escala mundial. "Nossos mapas mostram claramente que a Mata Atlântica no Brasil é uma das grandes prioridades globais para a prevenção de extinções. É a combinação de uma enorme concentração de espécies intrinsecamente vulneráveis e uma grande quantidade de perda de habitat, com apenas cerca de 10% da floresta original remanescente", diz.
Os cientistas ainda reiteram no estudo suas preocupações com relação às espécies desconhecidas. Apesar dos progressos recentes em conservação de espécies, eles observam muitas incertezas quanto ao número de espécies existem, onde estão, e suas taxas de extinção, sendo que muitas delas ainda são desconhecidas pela ciência, podendo enfrentar grandes ameaças. As tecnologias como base de dados e mapas, por sua vez, estão permitindo que os cientistas expandam seu foco e identifiquem padrões e tendências importantes, por exemplo, entre as espécies aquáticas e marinhas, assim como as terrestres.
"Com a reunião de dados antigamente dispersos, sabemos agora que a maioria das espécies terrestres está espalhada em pequenas áreas geográficas - a maioria delas menor do que o estado do Rio de Janeiro. Espécies com essas pequenas faixas são desproporcionalmente vulneráveis a ameaças modernas que causam extinção. Novos conhecimentos oferecem a possibilidade de a sociedade concentrar os esforços de conservação em locais críticos ao redor do planeta", afirma Jenkins.
Nessa linha, o novo estudo também confirma que espécies de água doce são provavelmente mais ameaçadas do que espécies na terra, e o potencial de extinções de espécies nos oceanos tem sido severamente subestimado. Enquanto cerca de 13% da área terrestre do planeta está protegida, apenas 2% do seu oceano está sob protecção. Medidas de conservação tradicionais, como reservas naturais, estão aquém da necessidade de conferir protecção, especialmente para espécies de água doce, sendo que a ameaça às espécies aquáticas pode começar fora das áreas protegidas. Desta forma, concluem os especialistas, embora existam dados acessíveis sobre as espécies vulneráveis e um rápido progresso no desenvolvimento de áreas protegidas, tais esforços não têm sido ecologicamente representativos.
O artigo é assinado por Clinton Jenkins (IPÊ/ ESCAS), Stuart. L. Pimm (Duke University), R. Abell, Tom M. Brooks (International Union for Conservation of Nature, IUCN), John L. Gittleman (University of Georgia), Lucas Joppa (Microsoft Research), Peter H. Raven (Missouri Botanical Garden), Callum. M. Roberts (University of York), Joseph O. Sexton (University of Maryland).
www.sciencemag.org/lookup/doi/10.1126/science.1246752
http://www.ipe.org.br/ultimas-noticias/443-acao-humana-acelera-em-mil-vezes-a-extincao-da-biodiversidade-em-todo-o-mundo
http://www.biodiversitymapping.org/docs/Jenkins_et_al_2013_PNAS.pdf

terça-feira, 8 de julho de 2014

Banda desenhada alerta crianças contra a caça furtiva



Nova banda desenhada pretende alertar as crianças contra a caça furtiva
 “A Dangerous Life” (Uma vida perigosa) é uma nova banda desenhada que pretende esclarecer e alertar as crianças para os perigos que os elefantes enfrentam às mãos dos caçadores.
A história tem como personagem principal Amelia, jovem herdeira de uma fortuna em marfim, que embarca num safari no Quénia. Durante a viajem, a jovem trava amizade com Kai, um jovem chinês que também anda a viajar. Juntos descobrem a verdade por trás do comércio de marfim e os problemas inerentes à caça furtiva.
De uma maneira apelativa o livro transmite a mensagem de que a caça não coloca apenas os elefantes em perigo mas também os Vigilantes da Natureza (Park Rangers) e as comunidades locais. A história foi escrita por Sheila Hamanaka e ilustrada por Lisa Berile, Rosalie Knox e Julie Lien.
Um relatório recente da Interpol e da ONU revela que entre 22.000 a 25.000 elefantes são abatidos anualmente em África, refere o Tree Hugger.
O livro é publicado pelo Animal Welfare Institute e pelo Kenya Wildlife Service e tem como público-alvo os jovens do segundo e terceiro ciclo escolar. A nova banda desenhada vai ser distribuída pelo Quénia, nomeadamente nas escolas e parques nacionais. Está também à venda na página do Animal Welfare Institute.
Foto: A Dangerous Life 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Extinção da (ADSAICA) Associação das Serras de Aire e Candeeiros



Câmaras de Porto de Mós, Ourém e Rio Maior, propõem extinção da Associação das Serras de Aire e Candeeiros

As Câmaras de Porto de Mós, Ourém e Rio Maior, que integram a direção da ADSAICA – Associação para o Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros, deliberaram pedir à assembleia geral a extinção, situação justificada por razões financeiras.
A decisão, tomada na semana passada, poderá determinar o desemprego de 13 pessoas a partir de janeiro de 2015 – se os municípios não as integrarem -, data em que é proposta a formalização da extinção que vai ser objeto de deliberação na assembleia geral da ADSAICA prevista para setembro.
“É com muita pena minha, porque se trata de uma associação que faz um excelente trabalho”, afirmou à agência Lusa o presidente da ADSAICA e da Câmara de Porto de Mós, João Salgueiro, destacando o trabalho no âmbito da vigilância e prevenção de incêndios.
O responsável adiantou que as dez pessoas que fazem parte dos sapadores florestais têm “grande dinâmica e grandes conhecimentos” nesta matéria.
“Acontece que a ADSAICA era comparticipada pelo ICNB [Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade] em 50 mil euros e os outros 50 mil euros eram pela Direção-Geral das Florestas”, explicou João Salgueiro, referindo que o custo das duas equipas de sapadores florestais era de 120 mil euros, sendo que o diferencial era assegurado pelos municípios e com verbas das entradas no Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros, no Bairro, concelho de Ourém, que a associação gere.
O responsável esclareceu que com a “fusão do ICNB com as Florestas, transformando-se em Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas”, a ADSAICA passou a ter apenas 50 mil euros, valor que “não dá, de modo algum, para suportar os custos relativamente aos sapadores florestais”.
“Temos vivido com grandes dificuldades, temos as contas todas em ordem, mas tem sido com grande esforço”, declarou, reconhecendo haver, por vezes, ordenados em atraso.
João Salgueiro esclareceu que o município de Porto de Mós está disponível para receber uma das equipas de sapadores florestais, com cinco elementos, porque, além de residirem na região, fazem “um excelente trabalho que é necessário ao concelho”, mas se ultrapassados os constrangimentos na admissão de novos funcionários.
Além dos 10 sapadores florestais, a ADSAICA tem um trabalhador na estação de tratamento de efluentes suinícolas de Alcobertas, em Rio Maior, e dois no monumento do Bairro, acrescentou o autarca.
A ADSAICA, criada em 1990, engloba no seu núcleo fundador o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, tutelado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e os sete municípios que nele têm território – Alcobaça, Alcanena, Torres Novas, Porto de Mós, Rio Maior, Ourém e Santarém – e a Circunscrição Florestal da Marinha Grande.
A associação visa o estudo, valorização e divulgação do património desta região.
Fonte: Maior Tv / Lusa

terça-feira, 1 de julho de 2014

Pacto nacional pelo felino mais ameaçado do mundo


O Ministério do Ambiente assinou esta terça-feira um Pacto Nacional para a conservação do felino mais ameaçado do mundo. O próximo passo será reintroduzi-lo em habitat natural em Portugal. Ainda não é certo se tal será possível o outono.


Uma década após o início do plano para a conservação do lince ibérico em Portugal, o Ministério do Ambiente conseguiu finalmente chegar a acordo com vários parceiros no terreno para que seja possível, a médio prazo, a reintrodução do lince ibérico em território nacional.
O Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, congratula-se com este "pacto ambicioso" que "significa o empenho de todos nesta causa importante para o lince e para Portugal". Em entrevista ao Expresso, o governante lembra também que o acordo "pode ser subscrito por qualquer entidade ou cidadão", já que a partir de amanhã estará disponível no sítio online do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Para já, o Pacto Nacional conta com a assinatura de uma dúzia de entidades, entre as quais a Associação Iberlinx, a Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC), a  Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), o Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto, a WWF, a Fencaça e a Direção Geral de Alimentação e Veterinária.
O próximo passo será a assinatura de documentos entre o ICNF e cada um dos outros parceiros para que fiquem assentes os compromissos de boas práticas cinegéticas e os direitos e obrigações dos envolvidos no terreno.

Linces soltos no outono?
Miguel de Castro Neto gostaria de assistir à libertação de linces em Portugal "no próximo outono", mas a decisão ainda não está fechada. Para evitar precipitações - como o anúncio prematuro feito em março passado de que seriam soltos na primavera exemplares saídos da reprodução em cativeiro - o governante disse, em entrevista ao Expresso, que "uma decisão será tomada até ao final do verão". As áreas previstas de reintrodução localizam-se no Vale do Guadiana na região de Mértola e na de Moura-Barrancos. 
"Este pacto permite um clima de confiança e de cooperação com as pessoas locais e com os proprietários dos terrenos onde se prevê virem a soltar linces", aplaude João Carvalho, dirigente da Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC), um dos parceiros no terreno. E lembra que aquando do anúncio feito em  março, não existiam acordos com os proprietários nem coelho em abundância (devido a uma doença que afetou o principal alimento do lince ibérico).
Porém, João Carvalho diz já ter alertado o governante para o facto de o outono ser um mau timing para libertar animais no campo. "Não faz sentido libertar linces nessa altura porque coincide com a abertura da época geral de caça e com a época das sementeiras e da preparação dos terrenos agrícolas, e o lince precisa de tranquilidade. Segundo João Carvalho "a altura ideal é entre março e junho, já que o campo está mais tranquilo e é a época de maior nidificação e de abundância de coelho".
Contudo, em Espanha tem havido reintrodução de linces durante praticamente todo o ano. Só em 2014 já foram libertos 18 animais na Andaluzia e três na Extremadura espanholas, oriundos dos cinco centros ibéricos de reprodução em cativeiro, entre os quais o de Silves, no Algarve. E amanhã serão libertos mais cinco animais em Espanha, três dos quais pela primeira vez em Castilla la Mancha.

Fonte: Carla Tomás/Expresso