quinta-feira, 25 de junho de 2015

Autoestrada verde na Noruega é Éden para abelhas em risco

Autoestrada verde na Noruega é Éden para abelhas em risco
De jardins no topo de edifícios a largos espaços verdes, passando por varandas e cemitérios floreados, na capital norueguesa de Oslo constrói-se a primeira autoestrada de abelhas - ecossistemas para abelhas integrados no panorama urbano - do mundo, numa tentativa de preservar o inseto polinizador
É talvez o animal polinizador mais conhecido do mundo e um dos que se encontra sob maior ameaça de extinção. A abelha do mel tem nos últimos anos enfrentado um declínio na população de quase 30% na Europa e 45% nos EUA, de acordo com números da Greenpeace. A resposta  de Oslo, capital da Noruega, a este fenómeno foi simples: uma autoestrada composta por jardins e colmeias artificiais, inserida na paisagem urbana, para assegurar a preservação da espécie.
A autoestrada “verde” faz parte de um projeto que visa urbanizar a abelha. A iniciativa  procura criar nas cidades norueguesas um ecossistema em que não só o ser humano possa habitar, mas outras espécies fundamentais para a sustentabilidade do ambiente, como a abelha, consigam reproduzir-se e viver.
O sistema é o primeiro do género no mundo e teve contribuições de órgãos estatais, empresas, cidadãos privados e associações de todo o país. Um website que mantém uma rota do percurso de flores encontra-se disponível para receber perguntas e doações de todos os interessados em ajudar.
Marie Skjelberd, entusiasta de abelhas, convenceu a sua empresa de contabilidade a aderir ao projeto. A partir de agora, no décimo segundo andar de um dos prédios mais modernos de Oslo, cerca de 45,000 abelhas vão viver e trabalhar lado a lado com humanos.
Citada pelo France 24, a contabilista mostra-se feliz pelo papel da empresa na preservação da espécie  “mostrando sinais claros de estar a tentar ser responsável na preservação da biodiversidade “. A empresa de Marie contribuiu com cerca de 46,000 euros para criar o habitat moderno.
Sentada num jardim do projeto, construído por crianças e habitantes locais a que se chamou de "Jardin d’Able" - um espaço repleto de flores produtoras de néctar como o girassol e a calêndula - Agnes Lyche Melvaer, ativista local, diz ter fé que outras cidades e países sigam Oslo.
“Se conseguirmos resolver um problema mundial a nível local, talvez as medidas sejam aplicadas e funcionem noutros lugares” diz, enquanto aproveita a vista de verão dos fiordes da cidade norueguesa.
Os animais polinizadores são responsáveis por cerca de um terço de toda a comida que produzimos. Destes animais, a abelha do mel é a espécie com maior distribuição mundial e a sua sobrevivência é de extrema importância para um futuro sustentável no planeta.
O processo de polinização é feito por estes animais de graça, mas, de acordo com um estudo de 2005, fazer o trabalho deles pela mão humana custaria quase 153 biliões de euros por ano. 


Fonte: Expresso

domingo, 21 de junho de 2015

Salvem as Florestas do Rio e os seus Guarda Parques!


Você sabe o que é um guarda parques?

Eles protegem o que restou da mata atlântica no Estado, com recursos de compensação ambiental.
Em tempos de intensa crise hídrica na região sudeste o governo do Rio parece não estar interessado em manter o corpo de guarda parques do INEA, desperdiçando um investimento de 10 milhões de reais.
O trabalho dos guardas é muito mais do que apagar incêndios nas florestas. Eles protegem as nascentes e mananciais, fiscalizam os Parques contra quem persegue, caça, mata, apanha ou utiliza de espécies da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, além de atuarem contra o desmatamento florestal.
Além disso, são feitos trabalhos de educação ambiental permanentemente nas escolas em torno das Unidades de Conservação, manutenção de trilhas, sinalização, resgates de perdidos e animais feridos, etc.

Entenda o caso:

Em 2012 o governo do Estado do Rio de Janeiro através do INEA - Instituto Estadual do Ambiente - realizou concurso público para provimento de 220 vagas para o cargo de Guarda-Parques. Os candidatos foram submetidos a exame intelectual das disciplinas pertinentes ao cargo, bem como prova de aptidão física, prova de títulos e exame de saúde, demonstrando que foram seguidas todas as etapas do certame, necessárias para qualquer cargo efetivo em regime estatutário.
Depois de aprovados tiveram ainda o investimento de 1,5 milhões de reais no curso de capacitação e R$ 8 milhões para a compra de veículos, uniformes e equipamentos.
Em maio de 2014 o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a lei estadual 4.599/2005, que amparou a contratação dos fiscais — que foram convocados de maneira temporária e em regime de urgência. Na ocasião, foi fixado prazo de um ano para a adequação à norma. Hoje essa lei foi substituída pela lei 6901/2014, que tem os seguintes artigos:

"Art. 13 - As contratações temporárias em vigor serão regidas pelas disposições desta Lei, assegurando-se, quanto ao prazo total de vigência, o prazo de 5 (cinco) anos contados da respectiva celebração do contrato"

"Art. 11 - Aos contratados na forma desta Lei são assegurados:
V - Adicional de periculosidade, desde que preenchidos os requisitos legais; e
VI - Adicional de insalubridade, desde que preenchidos os requisitos legais."

"Art. 14 - A remuneração do servidor temporário não poderá ser inferior ao piso salarial regional."

No dia 03/06 os guarda parques estiveram presentes na "solenidade da Mata Atlântica e Lançamento do Atlas das Unidades de Conservação do Estado do Rio de Janeiro" no Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado, onde fizeram algumas reivindicações de forma pacífica, aproveitando a presença de autoridades como o secretário de Estado de Ambiente, André Correa, e do governador Pezão, procurando uma resposta para a falta de informação sobre o futuro do Corpo de Guarda Parques e sobre a criação da função.
Na ocasião, os guarda parques foram fotografados e filmados o tempo inteiro por alguns policiais militares e por outras pessoas à paisana provavelmente ligadas ao secretário, que se aproximaram quando o mesmo chegou para avisar que não esperava aquilo no dia da solenidade.
Os guarda parques não receberam nenhum aumento em seus vencimentos desde sua contratação, e agora pressionam também pela aprovação definitiva do cargo (que não existe), além de melhores condições de trabalho.
Qualquer ajuda do ponto de vista de conhecimento jurídico é bem vinda.

"Quando o último rio secar,
a última árvore for cortada
e o último peixe pescado,
eles vão entender ,
que dinheiro não se come."

Vídeo sobre um pouco do trabalho dos Guarda-Parques:
https://www.youtube.com/watch?v=8ieBs7_R5YE

Algumas fontes:
http://oglobo.globo.com/rio/stf-poe-atividades-de-guardas-parques-na-berlinda-14889991
http://oglobo.globo.com/rio/forte-calor-aumenta-numero-de-focos-de-incendio-no-estado-15120156
http://www.oeco.org.br/convidados/28862-os-verdadeiros-guardioes-das-florestas
http://www.oeco.org.br/reportagens/28915-mudanca-de-gestao-ameaca-implementacao-da-agenda-verde-no-rio-de-janeiro

Guarda Parques aguardam lei que pode torná-los funcionários públicos

Trinta agentes atuam no Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio, e aguardam lei que pode torná-los funcionários públicos
por Maíra Rubim

RIO — Eles protegem, fiscalizam e monitoram a biodiversidade e o patrimônio histórico, arqueológico, paleontológico e espeleológico; fazem ações de educação ambiental; combatem e previnem incêndios; executam operações de busca e salvamento; dão suporte às atividades de pesquisa científica e a policiais; orientam visitantes; conservam trilhas; resgatam animais.
Responsáveis por uma série de funções fundamentais para a manutenção das 33 unidades de conservação do Rio de Janeiro, os guarda-parques se mostraram tão importantes que um projeto de lei do deputado estadual Carlos Minc quer ampliar o quadro e torná-los funcionários públicos efetivos — os 220 agentes em ação hoje no estado prestaram concurso para trabalhar por tempo determinado.
— Vi na profissão a chance perfeita de fazer o que eu gosto, que é estar em contato com a natureza e ajudar na preservação ambiental. Somos guardas completos, e me sinto útil porque nós ajudamos na integração do parque com a sociedade — afirma Thiago de Faria, que trabalha no Parque Estadual da Pedra Branca.

RIO É ESTADO PIONEIRO NA ATUAÇÃO DOS GUARDA-PARQUES
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Em 2012, o Rio se tornou o primeiro estado do país a ter guarda-parques atuando em unidades de conservação, com os objetivos de reforçar a preservação ambiental e fazer aumentar o número de visitantes dos parques estaduais até 2014.
Para cumprir a função, todos os aprovados em um concurso público realizado para preencher vagas temporárias passaram por um curso de formação de dois meses, em regime integral, com aulas práticas e teóricas de diversas disciplinas, como Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Busca e Salvamento de Pessoas Perdidas ou Acidentadas nos Parques.
Cerca de 30 guarda-parques foram direcionados para os 12.440 hectares do Parque da Pedra Branca, a maior floresta urbana do mundo, cuja área se estende por 17 bairros.
A rotina de trabalho do grupo vai das 8h às 18h, podendo ser alterada, dependendo da demanda do parque. Todos os guardas estão aptos a exercer as diversas funções necessárias.
Além de terem atividades diárias estabelecidas, como orientação de grupos de visitantes, eles atendem a chamados de diversas naturezas; para resgatar animais ou combater o fogo, por exemplo.
Após dois anos de trabalho, os profissionais, orgulhosos, dizem que o trabalho tem mostrado resultado, principalmente em relação ao resgate de animais.
— Os moradores do entorno já estão cientes de nossa existência, e entram em contato quando aparecem serpentes, ouriços, tamanduás-mirins ou qualquer outro animal no quintal deles. Fazemos o resgate e mostramos que muitas vezes o bicho não é perigoso. Existe uma cultura de matar cobras e serpentes, mas, em vários casos, elas não são peçonhentas, e pertencem a espécies raras ou ameaçadas. Essa matança está diminuindo com o nosso trabalho — diz o guarda André Luiz Ferreira.
Os guarda-parques frisam a importância de manter um relacionamento próximo com as cinco mil pessoas que vivem em comunidades dentro da unidade de conservação e em seu entorno, para compensar a extensão geográfica, que dificulta o trabalho.
— Acreditamos no trabalho de cogestão participativa, e tentamos formar aliados que estão onde não conseguimos estar — diz o guarda Vinícius Delaia.

TRAFICANTES, MILICIANOS E CAÇADORES
— Além de depredação e de vandalismos como pichações, às vezes agricultores desmatam áreas para plantar caqui e banana. Ter uma unidade de conservação no meio de um centro urbano faz com que não faltem conflitos e o parque tenha várias particularidades. Ao mesmo tempo em que há uma legislação totalmente restritiva, que não permite que se arranque uma folha, do outro está uma agricultura forte, desenvolvida pela comunidade que mora aqui. Tentamos conciliar isso da melhor forma possível — conta Thiago de Faria.
O trabalho feito pelos servidores é visto como uma ameça para muitos. Tanto guardas como outros funcionários da Pedra Branca já sofreram intimidações e tiveram seu trabalho interrompido.
— Tem milícia de um lado e tráfico do outro. Já vieram aqui na sede do parque e nos ameaçaram dentro da nossa sala. Mandaram um funcionário que não está mais aqui parar com o trabalho que estava fazendo — lamenta Felipe Tubarão.
A especulação imobiliária também interfere nas funções dos guarda-parques. André Luiz Ferreira lembra de uma ocasião em que uma viatura chegou a uma comunidade em Realengo para combater um incêndio e foi recebida a tiros.
— O problema não é apenas a construção ilegal. Muitos empreendedores veem esse verde como empecilho. Na vertente de Vargem Grande, principalmente, há uma grande quantidade de empreendimentos de luxo sendo construídos na área do Parque da Pedra Branca. Fiscalizamos e aí vêm a multa, a autuação e o embargo. Mas, até vir a ordem de desapropriação, o infrator já entrou com recursos e se passaram anos — observa Vinícius Delaia.
Os guardas não têm porte de arma, e qualquer situação de perigo deve ser relatada à polícia. A situação faz com que se sintam inseguros ao cruzar com caçadores armados nas áreas do parque.
— Aqui há moradores que praticam a caça tradicional e que conhecem o ciclo da natureza; são os que menos preocupam. Mas há também aqueles que fazem safári para vender animais como paca, cutia, tatu e gambá para restaurantes. É perigoso. Temos que fingir que não estamos vendo, e sempre destruímos as armadilhas montadas por eles. Mas tenho medo de estar no mato com um grupo de estudantes e encontrá-los. Muitos respeitam nosso trabalho, mas é um risco constante — diz André Luiz Ferreira.
O parque da Pedra Branca é uma das florestas mais preservadas do Rio, e ainda tem áreas intocadas de Mata Atlântica. O local, onde até hoje ocorre a captação de água para o bairro de Jacarepaguá, abriga três tipos de floresta (montana, submontana e de baixada) e várias espécies raras de animais e plantas, o que ajuda a amenizar o clima da região e a conter encostas, além de tornar os bairros pelos quais se estende mais bonitos.
Apesar de todos os problemas, os guarda-parques da Pedra Branca se mostram apaixonados por seu trabalho.
— Vamos começar a cadastrar os agricultores e estamos fazendo o manejo de trilhas para que o parque integre o projeto Transcarioca, que vai cruzar toda a cidade — conta Tubarão. — Este parque tem uma enorme biodiversidade. Há plantas que só existem aqui, como uma bromélia vermelha que fica nas vertentes do Camorim. São mais de 300 espécies de aves, como o gavião-pombo-pequeno, que, segundo ornitólogos, é um indicador de qualidade florestal. Até a ariramba-de-cauda- ruiva, que tinha sido considerada extinta, voltou a aparecer. E existem plantas centenárias, como as figueiras plantadas por quilombolas. O Parque da Pedra Branca é um museu ao ar livre, e nós o protegemos.

DECISÃO JUDICIAL PODE LEVAR À SUBSTITUIÇÃO DOS AGENTES
Os 220 guarda-parques em ação prestaram concurso em 2012 e conquistaram um contrato temporário de três anos, prorrogáveis por mais dois. Hoje, estão no cerne de um imbróglio. Um projeto de lei do deputado estadual Carlos Minc tramita desde setembro do ano passado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para que sejam criadas 400 vagas definitivas de guarda-parques no Plano de Cargos e Salários do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O PL, que já recebeu parecer favorável por duas importantes comissões — Justiça e Orçamento — define e estabelece formalmente a função de guarda-parques, cria um novo concurso e determina que os agentes que já atuam sejam incorporados à função.
— Eles fizeram um curso de especialização que custou R$ 1,2 milhão para o estado. Se não forem incorporados ao quadro de servidores efetivos, esse será um grande desinvestimento e um risco para as unidades de conservação — afirma Minc. — Com os guarda-parques, o Rio, que era o estado que mais desmatava, agora é o maior preservador. Essa função tem que ser criada formalmente.
No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, a pedido do Ministério Público Estadual (MPe), que os contratos temporários destes servidores sejam abreviados e eles, desligados ainda este ano.
Segundo o MPe, a lei estadual 4.599/2005, que deu origem aos cargos, é inconstitucional, pois não expõe com clareza os motivos que justificariam uma contratação em caráter excepcional como essa.
O Inea, porém, diz que já obteve da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) o parecer jurídico favorável à prorrogação dos contratos dos guarda-parques, e está tomando medidas para assegurar a devida dotação orçamentária.
Os guarda-parques, por sua vez, já fizeram protesto em frente ao Palácio Guanabara e, agora, aguardam o desfecho da situação.
— Fizemos todas as etapas que seriam de um concurso efetivo, com prova de aptidão física e treinamento. A prova prática foi igual à do Corpo de Bombeiros. Todos nós temos aptidão para a área ambiental, a maioria tem ensino superior e alguns estão fazendo até mestrado e doutorado. É um trabalho de luta pelas unidades de conservação que não queremos interromper — diz Thiago de Faria.


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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Parque Natural de Sintra-Cascais comemora o Dia Mundial do Ambiente


O Dia Mundial do Ambiente é celebrado todos os anos a 5 de junho. É um evento anual que tem como objetivo assinalar ações positivas de proteção e preservação do ambiente e alertar as populações para a necessidade de salvar o ambiente.
Este ano o PNSC comemorou o evento com a realização de um passeio pedestre aberto à população em geral com a intenção de chamar a atenção da importância da salvaguarda do nosso património natural.
A celebração desta efeméride teve início em 1972 e foi escolhido para festejar o dia em que teve início a Conferências das Nações Unidas sobre o meio ambiente.
Este ação pretendeu estimular o desenvolvimento de ações que causem um impacto positivo no meio ambiente.

APGVN

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Os Vigilantes da Natureza saúdam o DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

A Criança que pensa em fadas e acredita nas fadas 
Age como um deus doente, mas como um deus. 
Porque embora afirme que existe o que não existe 
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo, 
Sabe que existir existe e não se explica, 
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir, 
Sabe que ser é estar em algum ponto 
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer. 
Alberto Caeiro