sábado, 22 de dezembro de 2018
Vigilantes da Natureza
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Vigilantes da Natureza
VIGILANTES DA NATUREZA LIBERTAM CAGARRA EM APUROS
Uma equipa de Vigilantes da Natureza deslocou-se, esta
manhã, à Ponta Delgada, para libertar uma cagarra que se encontrava presa
dentro de uma zona vedada, sem ter espaço para levantar voo. O alerta partiu de
populares que, preocupados com a condição da ave, alertaram os serviços do
Instituto de Florestas e Conservação da Natureza.
Depois de chegar ao local e ultrapassada uma vedação, os
Vigilantes da Natureza constataram tratar-se de uma juvenil cagarra que, num
dos seus primeiros voos, terá caído numa zona de difícil acesso e sem
possibilidade de sair pelos seus próprios meios.
A ave encontrava-se em boa condição, pelo que será libertada
ao final do dia, em zona calma, junto à orla marítima.
Fonte e Fotografia: JM
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Vigilantes da Natureza
O apoio que vem dos companheiros de Espanha!
Juan Manuel Antón (Juanma), companheiro
Agente Florestal de Madrid e Dirigente Sindical, enviou à APGVN - Associação
Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza uma mensagem de apoio pela luta
que travamos pela dignificação, revalorização e reconhecimento da profissão.
De Espanha seguem a nossa sua luta com
grande interesse. Juanma escreveu que “no fundo é a luta de todos os
Rangers...”
Em Espanha os nossos companheiros conseguiram
mais uma vitória, na quarta-feira, 10 de outubro, no Senado de Espanha, a Lei
Básica dos Agentes Florestais e do Meio Ambiente foi aceite, o que pode
significar um salto de qualidade para os mais de 6000 companheiros.
https://www.efeverde.com/noticias/senado-comienza-tramitar-ley-regulara-agentes-forestales/
Juanma convida todos os companheiros
portugueses a participarem no 5º Congresso dos Agentes Florestais e do meio
Ambiente de Espanha, que se realiza na Gran Canaria de 04 a 07 de abril de 2019.
APGVN
Vigilantes da Natureza
Saudação de solidariedade e de apoio à luta dos VN
Companheiros (as)!
A APGVN – Associação Portuguesa
de Guardas e Vigilantes da Natureza agradece a todos os companheiros que hoje
se deslocaram a Lisboa para participar neste dia de luta pela dignificação,
valorização e reconhecimento da carreira.
Enviamos uma saudação especial
aos companheiros da Madeira que também se manifestaram em protesto e aos
companheiros dos Açores que estão connosco nesta luta.
Certamente por não ter surgido
oportunidade o documento que foi enviado para a FNSTFPS não foi divulgado aos
participantes, pelo que o reproduzimos para vosso conhecimento:
Saudação de
solidariedade e de apoio à luta dos Vigilantes da Natureza
Companheiras (os)!
Venho por este meio manifestar publicamente o meu total apoio à
manifestação de 15 de outubro de 2018.
Saímos à rua em protesto pelo que nos é negado há muitos anos, este é mais um
passo
na caminhada rumo à vitória.
Quando
lutamos nasce em nós uma expectativa de vitória.
Nunca nos
deixámos intimidar e continuámos a lutar pela dignificação da carreira, pois a
verdadeira derrota é nem sequer tentar.
Admiro
muito a vossa coragem e a força que têm demonstrado ao longo dos anos pois têm enfrentado
as adversidades de frente.
Sei que
iremos triunfar e que nada nos derrubará, juntos vamos conseguir atingir as nossas
metas.
Nunca
desistimos em circunstância alguma, não existe obstáculo que a persistência não
consiga derrubar.
Defendemos
a dignificação e valorização da carreira e uma política de meio ambiente que
compatibilize o desenvolvimento com a salvaguarda dos recursos naturais e a
preservação das espécies.
Estou
muito grato a todos os Vigilantes da Natureza que têm tido um papel
significativo na minha vida, temos estado juntos nos momentos bons e menos
bons, pois também estes são importantes e nos fazem mais fortes.
Nunca
desistimos da luta, porque quanto maiores são os obstáculos, maior será a nossa
conquista!
Lamento
não estar presente neste importante dia de luta para a profissão, mas devido a
compromissos inadiáveis, assumidos há muito tempo, não poderei estar junto aos
meus companheiros de sempre.
Desejo o maior
sucesso na obtenção dos nossos objetivos!
O
Presidente da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza
Francisco
Correia
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
Vigilantes da Natureza
Manifestação Nacional 15 de Outubro de 2018
O GOVERNO CONTINUA SEM DAR RESPOSTA
À EXIGÊNCIA DE VALORIZAÇÃO DA
CARREIRA DE VIGILANTE DA NATUREZA
Os Vigilantes da Natureza têm de se mobilizar para defenderem a dignificação da carreira e o seu estatuto profissional, por melhores condições de trabalho!
MARCA PRESENÇA
MANIFESTAÇÃO NACIONAL15 de Outubro às 15.00 horas
Concentração no Largo de Camões - Ministério da Agricultura (Terreiro do Paço), Lisboa
terça-feira, 25 de setembro de 2018
Vigilantes da Natureza
CARTA ABERTA DE RECONHECIMENTO PELO TRABALHO DESENVOLVIDO
Carta aberta de
agradecimento e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na Conservação da
Natureza e pelo empenho e dedicação na valorização da profissão de Vigilante da
Natureza.
Excelentíssima Senhora
Engenheira Sofia Castel-Branco da Silveira
A APGVN - Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza
agradece toda a dedicação e empenho que Vossa Excelência sempre manifestou para
que os objetivos da Conservação da Natureza fossem alcançados.
Com a sua atitude positiva e coragem muitos dos projetos ambientais
foram executados.
Deixa uma marca indelével no ICNF, fruto do seu dinamismo, competência
e profissionalismo, traços que contribuíram para o sucesso e afirmação da
instituição junto das populações.
Foram muitos anos de dedicação, sempre na procura de melhores práticas
para a promoção da instituição que sempre defendeu com orgulho.
Em nome de todos os Vigilantes da Natureza, aceite o nosso profundo
agradecimento e reconhecimento por tudo aquilo que ao longo dos anos soube ser
capaz de concretizar, contribuindo para que a instituição tenha mais e melhor
futuro.
Obrigado por ser uma inspiração para todos nós e por nos mostrar que
podemos ir sempre mais além.
Quando ingressou na instituição, esta ainda dava os primeiros passos.
Atualmente, ao ver o quanto crescemos, agradecemos por ter dado o seu melhor e
feito a diferença em cada conquista.
Excelentíssima Senhora Engenheira Sofia Castel-Branco da Silveira,
aceite a nossa gratidão e admiração.
Apresentamos a Vossa Excelência, Engenheira Sofia Castel-Branco da
Silveira, a expressão da nossa mais alta consideração.
O Presidente da Associação
Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza
Francisco Correia
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Vigilantes da Natureza
Os heróis esquecidos, o meu MUITO OBRIGADO!
Há 20 anos os Vigilantes da Natureza na
sua atuação de prevenção e vigilância a incêndios rurais, nas viaturas que possuíam
“Kit de combate a incêndios” utilizavam um produto inovador a “calda retardante”
que se juntava à água do depósito, o que permitia reduzir rapidamente os focos
de incêndio, atingindo apressadamente a sua extinção, usavam também “extintores
explosivos” que eram de extrema eficácia.
Nessa época evitaram muitos incêndios o
que parece ter desagradado a muitos dos “decisores”, porque em muitos casos foi
ordenada a retirada dos “Kits de combate a incêndios” das viaturas e
desmanteladas as equipas de deteção e 1.ª Intervenção a incêndios rurais.
Porque é que se deixou de utilizar a
calda retardante e os extintores explosivos que demonstraram ser eficazes?
Porque é que os meios aéreos deixaram
de utilizar a calda retardante no combate aos incêndios?
Atualmente os Vigilantes da Natureza são
colocados pela poderosa ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil) em local
de pouquíssima importância para a salvaguarda dos valores naturais a proteger,
nem sequer os considera como agentes de proteção civil. Sem equipamento de proteção individual,
maioritariamente com viaturas antiquíssimas, dignas de um museu do automóvel, sem
viaturas devidamente equipadas, continuam teimosamente a desempenhar a sua
missão.
Chamo a especial atenção para o facto
de que os Vigilantes da Natureza
Estagiários ao desempenharem a sua missão de vigilância, ao detetarem um foco
de incêndio, dão de imediato o alarme e apesar
de na DON (Diretiva Operacional Nacional da Autoridade Nacional de Proteção
Civil)) não estar previsto a sua atuação em cenário de 1.ª intervenção, como é compreensível
atuam e dão o seu melhor na resolução do
problema, colocando a sua vida em risco porque continuam sem formação para
atuar em cenário de fogo e sem equipamento de proteção individual.
Outro aspeto que me tem chamado à atenção
é que os diferentes canais televisivos aparentemente apenas estão autorizados a
acompanhar os “Bombeiros” da força policial militarizada o que dá a falsa ideia
de que os Bombeiros não estão no terreno e na frente do combate aos incêndios.
Os grandes especialistas que enchem
horas intermináveis nos canais televisivos a debitar teorias sobre os incêndios
rurais, não me enganei são incêndios rurais porque em Portugal existem apenas
alguns núcleos de floresta, limitam-se a criticar a falta de prevenção e de
limpeza dos terrenos, esquecendo a fiscalização e vigilância que é de
responsabilidade da polícia militarizada.
Uns dias antes do incêndio que lavra
em Monchique assisti num dos Telejornais a uma reportagem que evidenciava o
estado de prontidão e eficácia da força policial militarizada na sua ação de
vigilância e prevenção a incêndios rurais, se não estou enganado a notícia foi
efetuada na Serra de Monchique.
Tenho um grande respeito pelo trabalho
da força policial militarizada, e pelas outras também, mas a força policial
militarizada foi criada para cumprir a sua missão, no âmbito dos sistemas
nacionais de segurança e proteção, assegurar a legalidade democrática, garantir
a segurança interna e os direitos dos cidadãos, bem como colaborar na execução
da política de defesa nacional, nos termos da Constituição e da lei.
Os políticos que adoram o poder e que no
fundo gostariam de lá se manter eternamente, sempre apoiaram a polícia
militarizada como forma de garantir a sua continuidade, parece que os políticos
têm um certo saudosismo do passado e querem que a sua força de “elite” domine
todos os setores, desde o combate a incêndios, resgate e salvamento, mergulho,
fiscalização da pesca, da caça parece que não gostam muito…, fiscalização
ambiental (exceto às grandes industrias, não se pode desagradar aos poderosos),
… enquanto demonstram a sua polivalência deixam ao abandono as populações
rurais que são assaltadas e agredidas por bandidos sem escrúpulos.
Os verdadeiros heróis são aqueles que
sempre estiveram ao lado das populações rurais na defesa das suas tradições, e
sem meios, sem reconhecimento, continuam a dar o seu melhor no apoio às suas
gentes.
Os heróis esquecidos são aqueles que
dão sem nada pedirem em troca, são aqueles que sentem que a sua missão é servir
as populações rurais, são aqueles que têm orgulho no desempenho das suas
funções apesar de auferirem salários miseráveis, são aqueles que dedicam a sua vida
à defesa da Natureza e do “mundo rural”.
Aos Vigilantes da Natureza e aos
Guardas Florestais o meu MUITO OBRIGADO!
Francisco Correia
segunda-feira, 30 de julho de 2018
Vigilantes da Natureza
DIA MUNDIAL DO VIGILANTE DA NATUREZA 31 DE JULHO DE 2018
DIA MUNDIAL DO VIGILANTE DA NATUREZA (PARK RANGER)
31 DE JULHO DE 2018
Por
todo o planeta, desde as savanas de África até à Amazónia, das florestas tropicais
da Ásia até aos remotos desertos Australianos, das planícies e montanhas da
Europa até ao Médio Oriente, os Vigilantes da Natureza desempenham a sua valorosa
função de guardiões da Terra. Estes corajosos e empenhados conservacionistas têm
a árdua tarefa, cada vez mais difícil e perigosa, de proteger os lugares
selvagens, a sua fauna e flora. Inúmeras vezes ariscam e perdem a sua vida no
cumprimento do dever, em média, em cada três dias um dos nossos companheiros é
assassinado por caçadores furtivos, madeireiros sem escrúpulos e por grupos de
malfeitores que se dedicam ao trafico de animais e plantas.
Neste
dia especial recordamos todos os companheiros que sacrificaram a sua vida na
defesa da Natureza e celebramos com todos aqueles que continuam o seu valioso
trabalho.
Reconhecer o trabalho dos Vigilantes
da Natureza é uma prova de respeito pela Natureza
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Vigilantes da Natureza
Vigilantes da Natureza realizam ação de fiscalização à atividade cinegética
Os Vigilantes da Natureza a desempenhar
funções no ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e Florestas do Departamento
Norte, efetuaram uma ação de fiscalização concertada à atividade cinegética com
a objetivo de evitar e prevenir a caça furtiva no Parque Natural de Montesinho.
A ação desenrolou-se durante a noite e
madrugada de domingo, na Zona Nacional de Caça da Lombada, em Bragança, tendo
sido detido um indivíduo suspeito da prática de caça ilegal a animais de grande
porte (caça grossa).
O efetivo que realizou a ação de
fiscalização foi constituído por 12 Vigilantes da Natureza, com o apoio de 3
militares da GNR.
O Corpo Nacional de Vigilantes da
Natureza através de patrulhamentos constantes previne e evita muitos atentados
ao meio ambiente e à conservação da natureza.
APGVN
domingo, 1 de julho de 2018
Vigilantes da Natureza
Reunião de trabalho em defesa da carreira especial
Realizou-se
hoje, dia 30 de junho de 2018, em Lisboa uma reunião promovida pela Associação Portuguesa
de Guardas e Vigilantes da Natureza com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores
em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas e da Federação
Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
Estiveram
presentes Vigilantes da Natureza da Região Autónoma dos Açores, da Agência
Portuguesa do Ambiente, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
e Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do
Sul e Regiões Autónomas e da Federação Nacional dos Sindicatos dos
Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, tendo produzido uma proposta de
revisão da carreira de Vigilante da Natureza.
A
proposta está agora a ser ultimada com os pormenores em falta e a ser verificada
juridicamente.
Em
breve a proposta será divulgada por todos os Vigilantes da Natureza.
Agradecemos
a todos os presentes os valorosos contributos que enriqueceram a proposta e uma
sentida e reconhecida homenagem pelo sacrifício pessoal e financeiro que
fizeram para estarem presentes.
Fotos:
Catarina Simão
APGVN
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Notícias,
Vigilantes da Natureza
COMUNICADO Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza
A
APGVN - Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza está
empenhada na resolução da situação da carreira de Vigilante da Natureza que se
encontra há demasiado tempo num processo de indefinição quanto ao seu futuro.
Pretendemos
que se efetive a aplicação da Lei de Trabalho em Funções Públicas (LTFP), no
que se refere às carreiras específicas não revistas, passando a mesma a
carreira especial, justificando-se a atualização do regime de trabalho previsto
no Decreto-Lei n.º 470/99, de 06 de novembro, pondo fim à indefinição da
carreira, situação que persiste desde o ano de 2009.
A APGVN
irá realizar uma reunião de trabalho alargada a todos os Vigilantes da Natureza
do ICNF, da APA, das CCDR´s, das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e
dos Sindicatos.
Com esta
reunião pretende-se concretizar um documento reivindicativo onde estejam
explanados os interesses de todos os Vigilantes da Natureza.
O local da reunião será na Avenida Luís
Bívar, 12 - 1069-140 Lisboa, a realizar no dia 30 de junho de 2018,
com início às 09:30h.
APGVN
terça-feira, 19 de junho de 2018
Ambiente,
Áreas Protegidas,
Notícias
“Ascensão e queda das áreas protegidas em Portugal”
“Ascensão e queda das áreas
protegidas em Portugal”, por José Trincão Marques
Por
Jun
19, 2018
Áreas Protegidas são áreas terrestres e aquáticas interiores e
áreas marinhas em que a biodiversidade ou outras ocorrências naturais
apresentam, pela sua raridade, valor científico, ecológico, social ou cénico,
uma relevância especial que exige medidas específicas de conservação e gestão,
em ordem a promover a gestão racional dos recursos naturais e a valorização do
património natural e cultural, regulamentando as intervenções artificiais
suscetíveis de as degradar.
Em Portugal a primeira Área
Protegida, o Parque Nacional da Peneda do Gerês, foi criada em 1971, quase cem
anos após a criação do primeiro Parque Nacional do mundo, nos Estados Unidos da
América (o Yellowstone National Park, criado em 1872) e mais de meio século
após a criação dos primeiros Parques Nacionais em Espanha (Ordesa e Covadonga,
em 1916).
O atraso de Portugal na política de conservação da
natureza em termos internacionais é bem evidente, até cronologicamente.
Deve-se ao Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles a mais
importante afirmação dos valores da conservação da natureza em Portugal e a
implementação de medidas estruturantes logo a seguir ao 25 de Abril de 1974.
Pela primeira vez foi criada no nosso País uma
Subsecretaria de Estado do Ambiente, liderada por Ribeiro Telles, pouco depois
transformada em Secretaria de Estado.
Deve-se a Gonçalo Ribeiro Telles a criação de dois
inovadores instrumentos políticos fundamentais na gestão e preservação dos
valores paisagísticos, ambientais e de ordenamento do território: a Reserva
Agrícola Nacional (em 1982) e a Reserva Ecológica Nacional (em 1983).
Foi também criado logo em 1975 o Serviço Nacional de
Parques, Reservas e Património Paisagístico, hoje transformado em Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas, através do qual foram sendo demarcadas
ao longo do tempo as várias Áreas Protegidas portuguesas.
Hoje existem em Portugal 44 Áreas Protegidas (Parques
e Reservas Naturais, Áreas de Paisagem Protegida e Monumentos Naturais) que
cobrem cerca de 8% do território nacional.
A conservação da natureza sempre foi um parente pobre
das políticas nacionais em geral e da política de ambiente em particular.
Tem sido notória a secundarização sistemática dos
valores da conservação da natureza sob todos os outros. Tem sido evidente a
falta de investimento na educação nesta área. Tem sido clara a demissão do
Estado das suas funções de soberania nesta matéria.
Uma das machadadas mais mortíferas dadas nas Áreas
Protegidas portuguesas foi a sua reorganização (ou desorganização)
administrativa realizada em 2008, que acabou com a figura do Diretor de cada
Área Protegida e criando grandes agrupamentos de Áreas Protegidas
geograficamente muito distantes entre si. Esta solução, que ainda hoje
persiste, veio afastar a gestão de cada uma das Áreas Protegidas dos respetivos
territórios, distanciando-a das autarquias locais e das populações residentes.
A linha errática e de regressão das políticas da
conservação da natureza em Portugal tem tido várias demonstrações evidentes,
como a aprovação do Decreto-Lei nº135/2012, de 29 de Junho, que criou o
Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e que concretizou a
aberrante e paralisante fusão/liquidação do Instituto de Conservação da
Natureza e Biodiversidade com a Autoridade Florestal Nacional.
Concomitantemente, verifica-se a diminuição constante
e sucessiva dos orçamentos anuais das Áreas Protegidas, o que acentua o seu
processo de desmantelamento, definhamento, enfraquecimento e declínio
progressivo.
Como tem afirmado Luísa Schmidt “a história recente
da conservação da natureza em Portugal é um exemplo da iniquidade e da
capacidade lesiva do Estado, com alcance para muitas gerações”.
Na política de conservação da natureza falta em
Portugal mais liderança, mais objetivos, mais fiscalização, mais competência
técnica, mais informação e mais educação ambiental. E, já agora, mais vontade
política e mais meios humanos e materiais (os vigilantes da natureza diminuíram
desde o ano de 2000 até hoje de 280 profissionais, para menos de metade).
É inconcebível a existência de serviços sem chefias
presentes no terreno, sem veículos automóveis, sem dinheiro para combustível,
sem recursos para fiscalização, sem possibilidades de divulgação dos seus
valores, sem estratégias claras e sem eficácia. Em suma, sem a dignidade que um
serviço desta relevância nacional merece.
Porque os valores ambientais são um fator constitutivo
da identidade do território de qualquer país.
O abandono do nosso território e da nossa paisagem
natural é um sinal de ignorância, de irresponsabilidade, de falta de respeito
para com as gerações futuras e de amor ao nosso país.
Os graves incêndios florestais ocorridos precisamente
há um ano atrás, e que atingiram muitas Áreas Protegidas, revelaram este
abandono recalcado do nosso território e um país egoísta, desequilibrado,
enfermo e moribundo.
Os clarões das chamas que ardiam ao longe nas centenas
de incêndios florestais, faziam lembrar as lamparinas que se vêem arder nos
quartos dos doentes graves, nas noites derradeiras.
quinta-feira, 31 de maio de 2018
Vigilantes da Natureza
quarta-feira, 30 de maio de 2018
Congressos,
Vigilantes da Natureza
XXII Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza
Companheiros
(as)!
Estamos
a trabalhar na organização do XXII Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza
e nas XVI Jornadas Técnicas a realizar na ilha Terceira - Açores, de 30 de
janeiro a 03 de fevereiro de 2019.
Estamos
a contar com a tua presença!
APGVN
- Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza
terça-feira, 29 de maio de 2018
Congressos,
Vigilantes da Natureza
AFRICAN RANGER CONGRESS AUGUST 2018
The African Ranger Congress will be held between
21st and 24th August 2018 at the Southern African Wildlife College, Greater
Kruger National Park, South Africa.
The theme of the congress is: To build effective
capabilities and support systems for Rangers across Africa.
The context in
which Rangers in Africa operate in is generally very different to those of many
other continents. As a result, the many unique challenges Africa’s Rangers face
requires uniquely African solutions. In getting to such solutions, knowledge
and experiential sharing will be critical as well as the strengthening of
cross-border networks. Thus, an African Ranger Congress, the first one ever,
will be of great value to promote best practice across the African Ranger
profession. The thinking behind the African Ranger Congress was to take the
outcomes of the event and feed them into the World Ranger Congress in Nepal,
2019.
To find out more or to register contact Louise
De Bruin, email: info@gameranger.co.za.
Ambiente,
Documentos
Voto de Pesar pelas espécies em risco de extinção e já extintas
No final de março passado, morreu Sudão, o
último rinoceronte macho branco, deixando a subespécie à beira da extinção.
Restam em cativeiro duas fêmeas já de idade avançada.
Não resta nenhum exemplar na Natureza.
Não resta nenhum exemplar na Natureza.
Até ao final do mês de abril, encontra-se
em exibição no Porto a exposição fotográfica Photo Ark, na qual o fotógrafo da
National Geographic, Joel Sartore, apresenta fotografias de algumas das cerca
de 12 000 espécies em vias de extinção (aves, peixes, mamíferos, répteis,
anfíbios e invertebrados), com o objetivo de sensibilizar para a necessidade de
preservar as espécies.
Um problema à escala mundial e que diz
respeito a todas e todos nós.
Vários cientistas têm alertado para o facto de estarmos a assistir à sexta extinção em massa na história da Terra, sendo a causa da presente extinção a ação humana.
Vários cientistas têm alertado para o facto de estarmos a assistir à sexta extinção em massa na história da Terra, sendo a causa da presente extinção a ação humana.
De acordo com Gerardo Ceballos , um dos
vários cientistas que alertaram a Humanidade: “A vida selvagem está a desaparecer
devido à destruição do habitat, à poluição, à invasão de espécies exóticas e às
alterações climáticas. Mas a principal causa é a sobrepopulação humana, o
crescimento populacional contínuo e o superconsumo”.
Segundo a Lista Vermelha da União
Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) o cenário não é menos
dramático: a Terra tem hoje 25.821 espécies ameaçadas de extinção, e Portugal
tem 338 espécies nesta lista, sendo 96 plantas e 239 animais. Se contarmos com
categorias como “Informação Insuficiente” ou “Pouco Preocupante”, só a lista
vermelha de plantas de Portugal chega às 633 espécies. E quanto a animais,
Portugal tem nesta lista duas espécies já extintas, 70 Criticamente em Perigo,
53 Em Perigo e 116 Vulneráveis.
E se os países com mais espécies de
animais ameaçadas são a Indonésia, Madagáscar, Índia, Malásia e as Filipinas,
na Europa, Espanha é a líder desta tabela, onde um país está no topo por
motivos negativos.
Portugal vem num pouco honroso 4º lugar .
Lobo-ibérico, lince-ibérico, águia-imperial-ibérica, abutre-preto e saramugo
são apenas algumas das espécies em perigo de extinção no nosso País.
Em Lisboa, existe o registo de ocorrência
de algumas espécies cujo estatuto de ameaça é bastante preocupante segundo o
Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal de 2008. O cágado-de-carapaça-
estriada tinha o estatuto “Em perigo” assim como o Pato-negro, o
Merganso-de-poupa, a Andorinha-do-mar-comum, o Goraz, a Águia-de-bonelli e a
Coruja-do-nabal. Com estatuto “Vulnerável” estão registadas em Lisboa 3
espécies de mamíferos (Morcego-de-peluche, Morcego-de-ferradura-grande e
Morcego-rato-grande) e 17 espécies de aves, como por exemplo, o
Noitibó-cinzento, Perna-verde, Colhereiro, Açor, Falcão-peregrino,
Felosa-das-figueiras e Chasco-ruivo, entre outras. Estes dados dizem respeito
aos registos existentes até 2015 patentes no documento Biodiversidade na Cidade
de Lisboa: uma estratégia para 2020, pelo que o estado actual destas e outras
espécies é desconhecido.
Enquanto eleitas e eleitos pela população
de Lisboa para a representar na Assembleia Municipal, de acordo com a
legislação em vigor, cabe pronunciarmo-nos sobre assuntos de especial
relevância para o Município.
A extinção de espécies é sem dúvida um desses assuntos de especial relevância para toda a Humanidade, para o planeta Terra, para o nosso País, para o nosso Município.
A extinção de espécies é sem dúvida um desses assuntos de especial relevância para toda a Humanidade, para o planeta Terra, para o nosso País, para o nosso Município.
Assim, por proposta do Grupo Municipal do
Pessoas -Animais – Natureza, a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida a 24 de
abril de 2018, ao abrigo do artigo 25.º, n.º 2, alínea k) do Anexo I da Lei n.º
75/2013, de 12 de Setembro, delibera:
1. Manifestar o seu pesar pela ameaça de
extinção que pesa sobre diversas espécies, colocando em causa a biodiversidade;
2. Exprimir a sua condenação por todos os
atos e omissões que colocam em risco de extinção as diversas espécies;
3. Enviar o presente voto para as
associações de protecção animal e ambiental.
Lisboa, 20 de abril de 2018
O Grupo Municipal
Pessoas - Animais – Natureza
Miguel Santos
Inês de Sousa Real
(Deputados Municipais)
segunda-feira, 28 de maio de 2018
Formação,
Vigilantes da Natureza
Vigilantes da Natureza na ação de formação “Animais Marinhos"
O Vigilante
da Natureza Filipe Correia organizou em colaboração com o CRAM - Centro de
Recuperação de Animais Marinhos, localizada na Gafanha da Nazaré - Aveiro, uma
ação de formação para os Vigilantes da Natureza a desempenhar funções no DCNFLVT
- Departamento de Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo.
A formação
foi ministrada pelos Técnicos do CRAM e foi dedicada ao tema “Animais Marinhos -
Resgate e Reabilitação”, tendo como objetivo fornecer aos participantes
competências para o resgate de animais marinhos arrojados vivos.
A formação proporcionou
aos Vigilantes da Natureza a obtenção de conhecimentos sobre as técnicas de
manipulação de aves, tartarugas e mamíferos marinhos, tendo em consideração a
segurança e proteção de animais e de pessoas.
Foram
realizadas ações práticas de manuseamento de aves debilitadas e de hidratação
das mesmas através da utilização de seringas e sondas.
quinta-feira, 17 de maio de 2018
Actividades,
Vigilantes da Natureza
Vigilantes da Natureza no “Dia Nacional da Agricultura na Escola”
As Vigilantes da Natureza Alice Luís e Sandra Raposo estiveram
presentes no “Dia Nacional da Agricultura na Escola” que se insere no
"Redescobrir a Terra", um programa conjunto da Confederação dos
Agricultores de Portugal (CAP) e do Fórum Estudante que tem como objetivo levar
os portugueses, através das suas camadas mais jovens, a revalorizar a terra, a
agricultura, o mundo rural, o ambiente e o desenvolvimento sustentável.
O evento realizou-se na Escola Básica 2,3 D. Fernando II, em
Sintra, que contou com a presença do Ministro da Educação, Tiago Brandão
Rodrigues, do Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros
Vieira, do Secretário Geral da CAP, Luís Mira, do Diretor Geral da
Educação, José Vítor Pedroso, do Vice-presidente da Câmara Municipal de Sintra,
Rui Pereira, da Diretora do Agrupamento de Escolas Monte da Lua, Teresa Louro,
do Presidente da Forum Estudante, Rui Marques, tendo os alunos “Vigilantes da
Natureza Juniores” apresentando a exposição dedicada à fauna do PNSC e levado
todos os presentes a uma visita à Mata da Escola pelo “Trilho à Descoberta da
Natureza”.
Os
Vigilantes da Natureza Juniores, que são os alunos com incumbências de proteção
do percurso pedestre e de sensibilização dos colegas para os valores
existentes, transmitiram aos presentes que os trilhos são essenciais para que
possamos desfrutar da Natureza sem a destruir e que todos os que os usamos
devemos entender quanto frágeis são e que para proteger a Natureza é preciso
conhecer.
quinta-feira, 10 de maio de 2018
Congressos,
Vigilantes da Natureza
sábado, 28 de abril de 2018
Vigilantes da Natureza
A APGVN esteve no Encontro dos companheiros Croatas
No seguimento do acordo de colaboração entre a APGVN -
Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza e a Croatian Ranger
Association assinado em Litomerice, República Checa, durante o IV Congresso
Europeu de Ranger’s, em 2017, a Associação Portuguesa foi convidada a estar
presente no XVIII Encontro Anual do Serviço de Ranger’s da República da
Croácia, que decorreu no passado dia 19 e 20 de Abril de 2018, no Parque
Nacional de Paklenica, em Starigrad,
Croácia.
A Associação Portuguesa fez-se representar pelo Secretário do Conselho Diretivo, o Vigilante da Natureza João Correia.
Este apresentou um Powerpoint intitulado "Protected area in Portugal - management and planning" e um pequeno filme sobre as atividades dos Vigilantes da Natureza no Estuário do Tejo realizado por Pedro Carvalho.
O Encontro Croata contou com a presença de 107 participantes.
Croácia.
A Associação Portuguesa fez-se representar pelo Secretário do Conselho Diretivo, o Vigilante da Natureza João Correia.
Este apresentou um Powerpoint intitulado "Protected area in Portugal - management and planning" e um pequeno filme sobre as atividades dos Vigilantes da Natureza no Estuário do Tejo realizado por Pedro Carvalho.
O Encontro Croata contou com a presença de 107 participantes.
APGVN
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Vigilantes da Natureza
Das Pedras de David aos Rochedos de Golias
Vigilantes
da Natureza: Das Pedras de David aos Rochedos de Golias
O vigilante, do latim vigilantis,
é um profissional que protege. Neste sentido, pergunto-me: haverá bem mais
precioso para proteger que a própria Natureza?
Foi com esta questão retórica que no
passado fim-de-semana, entre 1 e 4 de Fevereiro, estive em representação do
PAN, como comissária política nacional, no XXI Encontro
Nacional de Vigilantes da Natureza, que se realizou em Cascais e em
Sintra. Esta experiência foi gratificante por múltiplos motivos. Por um lado,
tive a oportunidade de conhecer de modo mais técnico os desafios e as soluções
destes profissionais e, por outro, tive o privilégio de privar com as pessoas e
não apenas com os números que estas representam. Conheci uma faceta muitas
vezes escondida dos decisores políticos: a do relacionamento humano em cenários
informais.
Não descurando os valiosos contributos
partilhados e inúmeras necessidades que estes profissionais têm, que são mesmo
bastantes (fardamento, deslocações em trabalho, progressões na carreira, idade
média de cada profissional, etc.), estar e sentir com tão dignos profissionais
e humildes pessoas fez-me reafirmar a necessidade de trabalharmos, todos os
dias e de um modo mais afincado, para dignificar esta profissão, garantindo
também que o seu saber-fazer no terreno e no contacto com as populações não se
perca.
Os dramáticos incêndios do ano passado
recordaram-nos da importância, óbvia, de pensarmos e ordenarmos a floresta com
uma visão de continuidade para centenas de anos, e expôs, tragicamente, a
urgente necessidade de apostar nestes profissionais que acima de tudo previnem
danos e crimes ambientais.
A nível nacional, desde que entrámos no
Parlamento, e desde o primeiro Orçamento do Estado (OE), temos promovido,
infrutiferamente, o aumento efetivo e objetivo destes profissionais como método
preventivo. Atualmente existem apenas 119 Vigilantes da Natureza e no último OE
o Governo incluiu a contratação de mais 30 profissionais. Porém, estes números
estão muito aquém dos necessários. O PAN defende que o número de efetivos
deveria ascender no mínimo a 525 profissionais, tanto no continente como nos
arquipélagos.
Às propostas de reforço dos Vigilantes da
Natureza, não só do número, mas dos meios, o Governo tem sempre alegado os
elevados custos. Mas que custos humanos, sociais, económicos e ambientais tem o
país com os incêndios todos os anos?
Parece-me que a pergunta se responde por
si só. Infelizmente, denoto que, mais uma vez, o Governo vai pelo caminho
inverso ao da prevenção, preferindo apostar no combate a posteriori.
Recordo, por analogia, o investimento de Espanha. Por exemplo, em Andaluzia, um
território com uma dimensão semelhante a Portugal, existem cerca de 900
vigilantes, sendo que em todo o país existem à volta de 7.000 profissionais
nesta área.
Este incremento ajudaria também à
preservação e à expansão da biodiversidade local e regional, como foi bem
expresso neste encontro. Exemplo das dificuldades atuais é a impossibilidade de
expansão territorial do único casal das Águias de Bonelli do parque natural
Sintra/Cascais. Acresce a este fenómeno, de míngua das áreas protegidas e
vigiadas, a falta de corredores ecológicos entre áreas protegidas ou áreas
verdes entre municípios, medida presente noprograma eleitoral
do PAN em Cascais e que esperamos ver acolhida neste mandato.
Falta a visão para ordenar o território de forma integrada, pensando em todas e
todos e não apenas no crescimento económico e urbano.
Por justeza, não posso deixar de mencionar
o empenho e o contributo dos municípios de Cascais e Sintra, através dos seus
executivos, para a realização deste encontro nacional. Sem dúvida que é uma
aposta ganha e que esperamos que continue a ser feita por ambos.
Termino agradecendo o trabalho
desenvolvido pela Associação
Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza na
sensibilização da sociedade civil para a importância desta profissão. Com os
seus parcos recursos, os poucos Vigilantes da Natureza em Portugal enfrentam um
desafio incomensurável: com “pequenas pedras” combatem “enormes rochedos” da
destruição antrópica. Em suma, a Natureza, ou o que resta dela, precisa dos
seus Vigilantes, e estes precisam do esforço de cada um/a de nós para que
também elas/eles não desapareçam juntamente com as nossas florestas e a sua
biodiversidade.
SANDRA MARQUES
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