sexta-feira, 30 de abril de 2010

Delegação IRF presente no Congresso Int. “Healthy Parks Healthy People”


Decorreu na passada semana, de 11 a 16 de Abril, no Melbourne Convention Centre, na cidade Australiana de Melbourne, o primeiro Congresso Internacional intitulado “Healthy Parks Healthy People“. Contou com a participação de cerca de 1000 delegados em representação de 38 Países. Foi apresentado e discutido, em mais de 200 sessões, a relação entre a qualidade de vida das populações e a preservação e utilização sustentável dos espaços verdes em geral e das Áreas Protegidas em particular.

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João Correia

I CONGRESO REGIONAL DE EDUCACION AMBIENTAL - Perú


El Comité Técnico Regional de Educación Ambiental Junín lo invita al I Congreso Regional de Educación Ambiental - Junin 2010 cuya finalidad es entablar la interacción el intercambio de experiencias en la materia que defina una linea base y que coadyuve a retroalimentar las estrategias y las actividades para el logro de los objetivos que persigue este importante instrumento de gestión ambiental.


Fecha: 20 y 21 de Mayo
Lugar: Paraninfo 2 y 3 de la Universidad Nacional del Centro del Perú, Huancayo - Perú

Informes e inscripciones.

Portal: http://www.congresoeajunin.blogspot.com/
email: eajunin@gmail.com

Sub Gerencia de Recursos Naturales y Medio Ambiente
Gobierno Regional Junín
Jr. Loreto Nº 363 Oficina 408
Telefax (064) 232230 anexo 143
Telefono (064) 222638



Comité Técnico de Educación Ambiental
Secretaría Técnica
http://www.educacionambientaljunin.blogspot.com/

Investigação: Revelado genoma de uma rã africana

Cientistas passam a dispor de um novo modelo para estudar processos celulares, moleculares e compreender melhor as doenças humanas no futuro, além de poder avaliar melhor o declínio dos anfíbios no planeta.

A rã Xenopus tropicalis, que é carnívora e comum em África, a sul do Sara, acaba de se tornar um dos 175 organismos com o genoma sequenciado, um clube muito restrito onde figuram, entre outros, a abelha, o chimpanzé e o próprio homem. O artigo é publicado hoje na Science.

A decifração da informação genética desta rã, a primeira feita a um anfíbio, mostra que o seu genoma tem muito em comum com o do ser humano, o que segundo os cientistas pode fazer deste organismo um bom modelo para compreender melhor as doenças humanas no futuro.

A Xenopus tropicalis "foi um dos últimos organismos- -modelo a ser sequenciado, depois do rato, da galinha, ou da mosca-da-fruta", explicou Richard Harland, da Universidade de Berkeley, um dos autores da investigação. "Vai ser fantástico ter esta sequenciação genética de alta qualidade, para podermos trabalhar também com a Xenopus laevis", sublinhou o mesmo autor.

A Xenopus laevis é uma prima da Tropicalis e tem sido essencial nos estudos de embriologia e de biologia celular. Com os seus ovos de fácil manipulação, esta última permitiu uma série de descobertas sobre o processo de desenvolvimento embrionário, nomeadamente sobre a sua simetria.

Com o novo genoma, os cientistas poderão fazer estudos genéticos comparados e avaliar diferenças e semelhanças entre ambas as espécies. Outra caminho de investigação que se abre é o da tentativa de compreensão do declínio dos anfíbios em todo o planeta. Esse declínio tem sido atribuído a diferentes factores (vírus, problemas ambientais e endócrinos, ou hormonais), mas o fenómeno permanece um mistério.

"Dispormos do genoma deste anfíbio permitirá estudar o efeito dos disruptores endócrinos [substâncias químicas que interferem com o sistema glandular e hormonal] ao nível molecular e genético", sublinhou por seu turno Uffe Helsten, do Joint Genome Institute, nos EUA, e outro dos participantes na sequência genética da rã.

Aqueles disruptores endócrinos são comuns em lagos e rios, em consequência da poluição agrícola, química e industrial, e podem ser uma das causas do declínio dos anfíbios. "Compreender os seus efeitos a nível molecular poderá ajudar-nos a preservar os anfíbios e, uma vez que estes químicos também afectam os seres humanos, isso poderá ter um efeito positivo na saúde humana", concluiu Uffe Helsten

Fonte: Diário de Notícias

Plano para erradicar espécie de rã invasora em Oeiras vai começar


A rã-de-unhas-africana, espécie que se tornou invasora em França e Itália, já foi detectada em duas ribeiras de Oeiras. O plano de erradicação desta exótica, predadora das espécies autóctones com potenciais efeitos assustadores, vai arrancar em Maio, foi hoje anunciado.

A Xenopus laevis, originária da África subsariana, tornou-se espécie invasora no Chile, Califórnia, Florida, Sicília e na região ocidental de França. Em 2006 foi encontrada em Portugal, na ribeira da Lage, no concelho de Oeiras. Mais tarde, também chegou à ribeira da Barcarena.

“Esta espécie alimenta-se de ovos, larvas e adultos de outros anfíbios, lagostins, peixes de água doce, vermes e moluscos”, explicou Rui Rebelo, herpetólogo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Na ribeira da Lage, esta rã está a alimentar-se da única outra espécie de anfíbios aí identificada, a rã-verde (Rana perezi).

Além disso, esta espécie pode transportar um fungo (Batracochytrium dendrobatidis), letal para outros anfíbios e uma das causas do declínio de várias espécies.

“De momento, a situação em Portugal não é alarmante”, garantiu o investigador na conferência “Ecologia e Conservação de Anfíbios”, que decorreu hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, iniciativa da Naturlink e do CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).

Mas as perspectivas não são boas. Tendo em conta a expansão rápida em França e na Sicília, Rui Rebelo teme os efeitos de uma colonização de outras linhas de água. “Será bastante assustador, esta rã pode comer todos os outros anfíbios”, alertou.

Para conseguir controlar a evolução, a FCUL e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) prepararam um plano de erradicação que vai arrancar já em Maio nas ribeiras de Oeiras.

O plano, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, pretende remover os adultos da rã-de-unhas-africana durante os próximos cinco anos e monitorizar as ribeiras envolventes.

Os investigadores da FCUL querem ainda saber quais as taxas de crescimento desta espécie em Portugal e quais as origens da sua introdução.

Fonte: Publico.pt

Leiria limpa concelho até acabar com as lixeiras


No dia 5 de Junho, data em que se assinala o Dia do Ambiente, a Câmara de Leiria vai repetir a iniciativa Limpar Portugal na maioria das freguesias do concelho. A intenção é organizar este evento todos os anos até deixar de haver lixeiras.

Coordenador do Limpar Portugal a nível concelhio, Vítor Santos garante que a iniciativa tem todas as condições para ser bem sucedida, já que no dia 20 de Março houve freguesias que não conseguiram ir sequer a 20 por cento dos locais identificados, devido ao mau tempo. Em contrapartida, haverá freguesias que não irão participar no Limpar Leiria por já ter sido recolhido todo o lixo.

O presidente da autarquia, Raul Castro, garante que nos casos em que for possível identificar as empresas que despejaram resíduos em locais públicos, a câmara irá contactá-las para as sensibilizar. "Não nos compete assumir o papel de polícias, mas promover uma melhor consciência colectiva para termos um melhor ambiente." Na campanha Limpar Portugal foram recolhidas cerca de 120 toneladas de resíduos em Leiria.

Fonte: Publico.pt

Castelo Branco: EDP vai avançar com a barragem do Alvito

A EDP recebeu ontem "luz verde" para construir a barragem do Alvito, Castelo Branco, após o Ministério do Ambiente ter emitido favoravelmente a Declaração de Impacte Ambiental (DIA), anunciou a empresa.

Perante esta autorização, a energética vai avançar com o projecto, cujo investimento "deverá rondar os 360 milhões de euros e criar mil empregos directos e 3 mil indirectos", diz o comunicado. Prevê-se que a barragem do Alvito entre em funcionamento em 2016, devendo a construção iniciar-se em 2011.

"A EDP vai proceder à elaboração do projecto e das medidas de minimização e compensação exigidas pela DIA", afirma a empresa, acrescentando que "do conjunto de medidas fazem parte o restabelecimento de vias de comunicação afectadas e a execução de programas de monitorização ambientais e socioeconómicos.

Fonte: LUSA

Estados Unidos: Maré negra já chegou à costa do Louisiana

A Casa Branca anunciou que não será dada luz verde a explorações de petróleo em novas áreas até finalizar o inquérito ao derrame do Golfo do México, depois da maré negra ter chegado à costa do Louisiana.

O governador estadual tinha já declarado estado de emergência com a aproximação da mancha negra de petróleo, que se segue a uma explosão numa plataforma petrolífera na semana passada que deixou onze pessoas desaparecidas (presumivelmente mortas) e três fugas a 1500 metros de profundidade que começaram a libertar o equivalente a mil barris de petróleo por dia no mar – actualmente estima-se que sejam 5 mil.

A BP, responsável pela plataforma, revelou que o acidente, ocorrido a 20 de Abril, pode custar várias centenas de milhões de dólares à empresa, uma avaliação que muitos analistas da indústria consideram bastante abaixo da realidade, estando-se aqui perante o que é estimado como o maior derrame de crude de sempre nos Estados Unidos.

Um acidente em 1989 numa plataforma de exploração da Exxon no Alasca acabou saldando-se em 4,3 mil milhões de dólares em custos, incluindo as indemnizações, os encargos de limpeza, acordos extra-judiciais e multas.

Independentemente daquilo que o acidente custará à BP, os analistas são consensuais em sublinhar que já muitos danos foram infligidos à reputação da empresa, podendo mesmo ter já ficado em causa as expectativas de virem a explorar mais no Golfo do México.

"Não autorizámos novas perfurações e nenhuma será autorizada até sabermos o que aqui aconteceu e percebermos se se passou algo de raro e evitável", garantiu o conselheiro da Administração David Axelrod, no programa "Good Morning America" do canal ABC.

As acções da empresa já desceram com o medo de que a BP seja responsabilizada em tribunal – e logo ontem, foi o próprio Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que apontou o dedo à empresa. Vários grupos, como o de criadores de camarão da costa, começaram já a ameaçar processos com pedidos de indemnização avultados.

A BP e a Guarda Costeira dos EUA estão a tentar conter o avanço da mancha mas as operações são complicadas dada a profundidade das fugas.

A mancha ameaça uma zona especialmente sensível – a costa do Louisiana e as suas praias imaculadas, o delta do Mississípi com as suas áreas protegidas e refúgios de vida selvagem.

Fonte: Público.pt

Meta da ONU para estancar a perda de biodiversidade não é alcançada


Um estudo publicado hoje confirma cientificamente o que muita gente já sabia por natureza: a meta da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) de "reduzir significativamente" o ritmo global de extinção de espécies até 2010 não foi cumprida. Vários países até que tentaram, mas o esforço internacional ainda está muito abaixo do necessário para frear o extermínio da biodiversidade do planeta.

"Há muitos exemplos de boas iniciativas, mas, ao mesmo tempo que cresceram os esforços de conservação, cresceram as pressões sobre os ecossistemas de uma forma geral. No fim das contas, uma coisa não foi suficiente para compensar a outra", disse ao Estado Valerie Kapos, pesquisadora da Universidade de Cambridge e conselheira do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, que assina o estudo com outros 44 especialistas na edição de hoje da revista Science.

Resultado: o ritmo da perda de biodiversidade não só não diminuiu como aumentou desde 2002, quando a meta de redução foi estabelecida pela CDB. Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), o número de espécies classificadas como ameaçadas de extinção aumentou de 11 mil para 17 mil nesse período, aproximadamente.

E este é apenas um entre dezenas de indicadores avaliados no estudo. O número "real" de espécies ameaçadas ou extintas é impossível de ser calculado, já que apenas uma parte ínfima das espécies do planeta é de fato conhecida e monitorada pela ciência. A medida que ecossistemas são destruídos ou alterados, porém, é possível estimar tendências de conservação ou extinção.

"A biodiversidade é uma coisa tão complexa que é quase impossível calcular todas as suas dimensões", explica Valerie. "O que fizemos foi pegar todos os indicadores disponíveis e costurá-los numa peça só."

Entre os pontos positivos estão a criação de áreas protegidas, o aumento da área de florestas certificadas e dos investimentos em conservação da biodiversidade. Do outro lado, pesam os impactos cada vez mais severos das mudanças climáticas, da pesca predatória, da disseminação de espécies invasoras, do desmatamento e do consumo de recursos naturais (como água e solo) por uma população global cada vez maior e mais consumista.

"Nossos resultados mostram que, apesar de alguns resultados encorajadores, os esforços para reduzir a perda de biodiversidade precisam ser substancialmente fortalecidos", concluem os pesquisadores.

Positivo. O Brasil é citado como um bom exemplo no contexto do estudo, com destaque para a criação de áreas protegidas e redução do desmatamento na Amazônia. "Comparado a outros países, o Brasil fez bastante coisa", diz a bióloga Monica Peres, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - ressaltando, porém, que aqui também os esforços estão aquém do necessário.

O biólogo Carlos Joly, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), dá "nota 7" para a atuação do Brasil junto à CDB. "O País faz um papel dualista. Ao mesmo tempo que cria unidades de conservação, sucumbe a pressões para mudar o Código Florestal e prorroga prazos para a recuperação de áreas degradadas", diz Joly, coordenador do programa Biota/Fapesp. "Precisamos sair desse conflito."

Fonte: Estadão.com.br

Costa alentejana: fervor ambiental versus fervor turístico

Câmaras criticam Plano de Ordenamento por impedir construção e ambientalistas vêem nele uma ameaça.

Termina hoje a discussão pública da revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, mas a versão final do documento conta com muito mais críticas do que elogios, de autarcas a ambientalistas.

Todos juntos, porém, a várias vozes e antagónicas, contra as medidas preconizadas pelo documento que pretende regular a ocupação territorial e as actividades económicas, acautelando a biodiversidade, na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).

Senão vejamos: enquanto os ambientalistas criticam o plano por considerar que abrirá portas a um desenfreado edificado turístico ao longo da costa, desde Grândola ao Algarve, já os quatro concelhos abrangidos pelo parque - Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo - denunciam que a economia local será fortemente atingida de forma negativa, essencialmente pelas condicionantes impostas à construção ao longo de uma faixa de dois quilómetros paralela à costa.

Segundo a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), o Plano de Ordenamento (PO) contém uma "clara violação das directivas comunitárias". "Tal como os autarcas, estamos contra o plano mas por razões muito diferentes. Consideramos que os interesses urbano-turístico encontrarão neste documento forma de se expandirem, tal como a agricultura intensiva que será potencializada no perímetro do Mira", explicou, ao JN, Alexandra Cunha, dirigente daquela associação que enviou, ontem, um parecer negativo ao PO, exigindo uma reformulação.

Para os concelhos abrangidos, o PO destrói os direitos adquiridos de proprietários e altera de raiz as regras de edificação naquela área que, apesar de estar protegida desde 1988, só se transformou em parque sete anos depois.

ICN diz ter atingido equilíbrio

"Nem falo de erros cartográficos ou do afastamento da pesca tradicional, porque se me focar naquilo que é uma ingerência na gestão municipal há inúmeras falhas a apontar ao plano", disse Adelino Soares, presidente da Câmara de Vila do Bispo (PS). Posição subscrita por José Amarelinho, autarca de Aljezur (PS): "o plano é amplamente mais restritivo. Há medidas impensáveis, como por exemplo, aquelas que levarão ao definhamento da comunidade piscatória de Arrifana". "São controlos loucos de querer proteger mas que não protegem nada", acrescenta. [ler reacções ao lado].

Ao JN, o director do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas do Sul, do Instituto de Conservação da Natureza, João Alves, mostrou-se satisfeito com aquilo que classificou de "compatibilização de vários interesses num território muito vasto". "Quando há críticas de ambos os lados, quer dizer que, provavelmente, atingimos um equilíbrio", admite, salientando que o documento poderá será enviado à Tutela até ao fim do Verão.

Fonte: Jornal de Notícias

Linaria ricardoi, planta endémica portuguesa em perigo de extinção

A "Linaria ricardoi", uma pequena planta endémica portuguesa, da região dos barros de Beja, em perigo de extinção, vai ser protegida numa micro-reserva biológica que os ambientalistas da Quercus estão a criar na zona de Cuba.
Em declarações à agência Lusa, José Paulo Martins, do núcleo do Alentejo da associação ambientalista, salientou hoje a "urgência" de avançar com o projecto, numa altura em que os núcleos populacionais da planta "já são raros e estão em regressão".
"Trata-se de uma pequena planta, com um pé com poucos centímetros de altura e umas florinhas roxas, que há uns anos era descrita numa zona vasta do Baixo Alentejo, como é o caso dos barros de Beja", explicou.
Contudo, disse, quando foi definida a Rede Natura a distribuição da espécie "já ficou limitada a duas manchas mais pequenas" e, agora, os "únicos dois núcleos" conhecidos situam-se nos limites do concelho de Cuba com Beja e Alvito.
"Esses dois núcleos incluem, usualmente, algumas centenas de exemplares e este ano, devido à seca na região, nasceram poucos pés e muitos nem deram flor. É uma planta que urge proteger porque está em perigo de extinção", frisou.
Daí que a Quercus, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza (ICN) e a Associação Lusitana de Fitossociologia (Alfa), esteja a criar, na zona de Cuba, a sua quarta micro-reserva biológica nacional, desta vez dedicada à "Linaria ricardoi".
"Esta planta é estudada há anos e, aos poucos, tem vindo a desaparecer. Podem existir outros núcleos populacionais espalhados que não conheçamos, mas decidimos ter uma atitude activa para a sua protecção, ao invés de estarmos à espera de um milagre", argumentou.
Como a espécie prefere solos ácidos, de textura média ou argilosa, a Quercus está em processo de aquisição de um terreno, com perto de um hectare, na zona de Cuba, que já deve estar vedado em Outubro e pronto a receber sementeiras da planta.
"Tivemos de adquirir o terreno, com as condições para o desenvolvimento desta `Linaria`, porque não chegámos a acordo com os proprietários das outras parcelas onde já existem núcleos, os quais, ainda assim, vão ser monitorizados", acrescentou José Paulo Martins.
"Vamos depois transplantar exemplares para tentar reflorestar zonas em que sabemos que não vão existir factores de agressão como os que levaram à actual situação dramática", sublinhou.
O uso de herbicidas, em resultado da intensificação agrícola, foi um dos factores que, segundo José Paulo Martins, "contribuiu de forma decisiva para o decréscimo populacional" da espécie botânica.
http://cuba.no.sapo.pt/paginas/cuba-informa/botanica.htm

Fonte: Planeta ConVida

LPN dá parecer negativo ao plano de ordenamento do PNSACV


A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) apresentou um parecer negativo sobre a sexta versão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), cuja discussão pública termina esta sexta-feira.
A associação ambientalista «considera que o Plano de Ordenamento proposto não tem condições para ser aprovado e identifica uma clara violação das diretivas comunitárias de conservação da natureza», avançou a direção nacional da LPN em comunicado.

Apesar do parecer negativo, a Liga mostrou-se disponível para colaborar com o Ministério do Ambiente na reformulação do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

As duas grandes ameaças à conservação do património natural do Parque, que sustentam a posição da mais antiga associação ambientalista do país, são a «agricultura intensiva desenvolvida no perímetro de rega do Mira (Odemira) e os interesses urbano-turísticos» no litoral.

A LPN justificou o seu parecer negativo com cinco razões: o Plano de Ordenamento «tem uma incorreta caraterização dos valores da biodiversidade e da forma como são protegidos, tem uma lógica errada de planeamento do território para a conservação da biodiversidade e uma insuficiência de ordenamento e proteção da área marinha».

A direção nacional da LPN acredita ainda que esta versão do Plano de Ordenamento promove o agravamento quer «dos impactos negativos da agricultura intensiva no PNSACV, quer da pressão das atividades urbanas e turísticas» no mesmo território.

A LPN reforça que, «na sua redação atual, este Plano de Ordenamento não deve ser aprovado e que deve ser reformulado no mais curto prazo de tempo», sendo essa nova proposta sujeita a uma nova discussão pública.

«Com base no seu historial de conhecimento e contribuição para a classificação desta área, a LPN disponibiliza-se a colaborar com o Instituto da Conservação da natureza nesta reformulação, sendo que durante o período de reformulação deverão manter-se as medidas preventivas definidas pela Resolução do Conselho de Ministros nº19/2008 de 4 Fevereiro», adiantou.

A associação alerta ainda que deve ser revogado o artigo 3º-A do Decreto Regulamentar 9/99 de 15 Junho, com caráter de urgência.

Isto porque este artigo possibilita, em casos excecionais devidamente justificados, a construção de edificações em locais com grande valor para a conservação da biodiversidade.

Consulte aqui o parecer da LPN

Fonte: Barlavento online

Movimento "Plantar Portugal" apela à participação de municípios e voluntários


O movimento cívico "Plantar Portugal" agendou para 23 a 28 de Novembro a Semana da Reflorestação Nacional, para a qual está a apelar à participação dos municípios e de voluntários.

A data foi avançada pela coordenação nacional (criada por participantes na iniciativa Limpar Portugal), que pede aos portugueses para “plantar com respeito pela biodiversidade e pelas espécies autóctones”.

Segundo Hélio Lopes, um dos promotores, a organização pretende começar já a criar bancos de árvores por concelhos e por equipas que serão depois utilizados na semana nacional.

O representante disse à Lusa que a “plantação massiva” servirá também para compensar os habituais incêndios de Verão.

O Plantar Portugal conta com o apoio do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e instituiu este ano o Prémio Árvore de Cristal, entregue no mês passado ao arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles.

Para se juntarem a esta causa e a procederem à sua inscrição neste movimento deverão dirigir-se ao site: http://www.plantarportugal.org/

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Câmara do Funchal vai reflorestar 250 hectares do seu Parque Ecológico

A Câmara do Funchal vai reflorestar 250 hectares do seu Parque Ecológico com espécies nativas. O projecto quer ajudar a proteger a baixa da cidade das cheias e já recebeu o apoio de 35 empresas.

O projecto da autarquia pretende, em dois anos, reflorestar a ribeira de Santa Luzia, “uma daquelas que veio a causar danos muito graves no Funchal a 20 Fevereiro, por ocasião de chuvas intensas”, explicou o vereador responsável pelo pelouro do Ambiente do município.

Costa Neves salientou que a vertente esquerda da cabeceira da ribeira "está desarborizada, o que contribuiu para o carácter torrencial da ribeira em períodos de chuva intensa".

Terminada "toda esta acção de reflorestação do Funchal fica mais defendido em caso de chuvas intensas ou fortes porque a ribeira de Santa Luzia é muito grande e atravessa a cidade", destacou.

O projecto contará com a participação da Universidade da Madeira para promover as espécies de flora autóctones.

Trinta e cinco empresas vão dar dez mil euros cada uma

O projecto de reflorestação já recebeu o apoio de 35 empresas, contribuindo cada uma com dez mil euros.

O município apresentou uma candidatura "orçamentada em dois milhões de euros" para beneficiar de um apoio comunitário na ordem dos 85 por cento, no âmbito do programa PRODERAM.

"Fez-se uma ronda por uma série de empresas associadas do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável em Portugal e cada uma delas contribuiu com dez mil euros, valor que ultrapassa a dotação que a câmara tinha que colocar à disposição deste projecto", disse o responsável.

Amanhã terá lugar no Parque Ecológico do Funchal a cerimónia de entrega simbólica deste contributo, uma iniciativa que contará com a presença de representantes das 35 empresas nacionais e multinacionais apoiantes, além da celebração de um protocolo com a Universidade da Madeira para que a reflorestação daquela área aconteça apenas com espécies indígenas.

O Parque Ecológico do Funchal foi um projecto desencadeado em 1994 pela câmara da capital madeirense, no âmbito de uma política de reflorestação das áreas de montanha do concelho que visa travar a erosão dos solos, reter a precipitação e devolver um coberto vegetal indígena. Presentemente cobre uma área aproximada 1012 hectares, 190 dos quais já estão reflorestados, tendo sido plantados cerca de 200 mil árvores e arbustos indígenas.

Peniche vai limpar esgotos deitados durante décadas para fosso da muralha


Durante décadas e até 2001, esgotos domésticos foram lançados para o fosso da muralha de Peniche. Amanhã começam as obras de requalificação para limpar aquele local, informou o presidente da câmara.

António José Correia assina hoje o contrato de consignação da obra com o consórcio construtor ETERMAR. Este deverá retirar os dragados e lamas poluídas da zona molhada do fosso.

A zona envolvente vai ser também requalificada em termos paisagísticos, estando prevista a recuperação da margem nascente do fosso, a construção de duas travessias pedonais e de uma ponte rodoviária para substituir a actual, a criação de espaços verdes e lúdicos e a iluminação pública das muralhas.

Após a intervenção, o local vai ser transformado em espaço de recreio náutico, acessível a pequenas embarcações. Uma eclusa - sistema de comportas - vai ser também construída na zoa do Cais das Gaivotas para permitir um nível mínimo de água, na praia mar e baixa-mar, para facilitar a entrada de pequenas embarcações.

Obras orçadas em 3,8 milhões de euros

"Estas obras são importantes porque durante décadas o fosso recebeu esgotos domésticos e havia a necessidade de o limpar", justificou o autarca. António José Correia considera ainda que o projecto vai ajudar o turismo local, a qualidade de vida dos cidadãos e a melhoria do Ambiente.

A intervenção, que está prevista durar 18 meses, está orçada em 3,8 milhões de euros. A obra é comparticipada em 60 por cento por fundos comunitários, através do programa Polis XXI "Parcerias para a regeneração Urbana" do Programa Operacional do Centro, e os restantes entre a câmara municipal e o Instituto Portuários e dos Transportes Marítimos.

Os trabalhos deveriam ter começado em Outubro, mas atrasaram-se seis meses, uma vez que a câmara ficou a aguardar pela autorização do Tribunal de Contas ao pedido de excepcionalidade de endividamento ao substituir-se à administração central enquanto "dona da obra".

Esta intervenção é reclamada há 20 anos pela câmara. Em 2001 foi assinado entre a câmara e o então ministro do Ambiente e actual primeiro-ministro, José Sócrates, um protocolo com vista à limpeza do fosso.

O fosso das muralhas foi utilizado como local de descarga de esgotos domésticos e de alguns industriais, uma situação que só foi interrompida em 2001 com a entrada em funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais da cidade.

Fonte: LUSA

Secil será responsabilizada se Arrábida não for património mundial



A cimenteira da Secil na Arrábida pode vir a ser responsabilizada caso a candidatura mista da serra a património mundial não seja aprovada, devido à co-incineração de resíduos industriais perigosos. Sofia Castel-Branco da Silveira, directora do departamento de gestão de áreas classificadas do litoral de Lisboa e oeste do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, questiona as eventuais responsabilidades da Secil numa "não aprovação da candidatura", garantindo que “os peritos internacionais irão avaliar toda a área abrangida”.
Sofia Castel-Branco da Silveira salienta que o modelo da candidatura apresentado, que engloba os valores materiais e imateriais, "favorece os aspectos menos positivos”, pelo que “os problemas da Arrábida devem dar ânimo para se conseguir atingir os objectivos pretendidos”. Segundo Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra e membro da comissão executiva, uma candidatura mista irá valorizar “as tradições, as festas religiosas, a presença humana e as diversas actividades”, englobando “valores mais significativos”.

O presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), Alfredo Monteiro, relembra, por sua vez, que a candidatura mista foi aconselhada pela própria Comissão Nacional da Unesco, pelo que esta está a ser acompanhada pela mesma. Augusto Pólvora salienta, por isso, que a candidatura tem “uma forte possibilidade de ganhar”, pelo que, no seu entender, "todas as possibilidades em causa devem ser analisadas para que a candidatura chegue a bom porto".

Fonte: Setúbal na rede (http://www.setubalnarede.pt/)

Maré negra pode chegar amanhã ao Louisiana


A maré negra no Golfo do México não pára de crescer há uma semana e deverá começar a chegar amanhã à zona costeira do Louisiana, alertaram as autoridades. A BP detectou uma terceira fuga.

Desde hoje e durante o fim-de-semana, ventos persistentes deverão soprar mais forte e empurrar a mancha negra de hidrocarbonetos em direcção ao litoral, estima a NOAA (agência norte-americana dos oceanos e atmosfera).

No Golfo do México, a luta continua para conter a poluição. A BP (que explorava a plataforma petrolífera que explodiu) montou centenas de barreiras flutuantes e está a lançar ao mar matérias dispersantes. Na quarta-feira realizou um incêndio controlado de algumas porções da mancha negra. Esta não é uma técnica nova. No passado, tentativas semelhantes conseguiram queimar entre 50 a 90 por cento do petróleo. Mas acarreta impactos ao nível da qualidade do ar que as autoridades não afastam.

“Ainda temos mais barreiras para usar. Não temos nada esgotado. Temos tudo o que precisamos”, garantiu em conferência de imprensa Mary Landry, contra-almirante da Guarda Costeira de Nova Orleães.

Mas para quem está no terreno, as notícias não têm sido boas. Ontem, a BP detectou uma terceira fuga na estrutura que ligava o poço, a 1525 metros de profundidade, à plataforma Deepwater Horizon.

Além disso, as estimativas sobre a quantidade de petróleo libertado estavam erradas. Em vez de o equivalente a mil barris de petróleo por dia as autoridades falam agora de cinco mil barris diários. A situação é tão grave que o Exército diz-se pronto para intervir, informou ontem o general Victor Renuart, comandante americano da região militar Norte (Northcom).

A maré negra tem cerca de mil quilómetros de circunferência, ligeiramente mais do que a superfície do estado da Virgínia ocidental. A BP, financeiramente responsável pelos trabalhos de limpeza, está a gastar seis milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros) por dia nas operações.

Louisiana, mais uma vez, na linha da frente

Quando o furacão Katrina chegou, em 2005, o Louisiana esteve na linha da frente. Agora, e sem que a tempestade se tenha apagado da memória, o Louisiana volta a aguardar uma catástrofe. Especialmente nas zonas húmidas, sinónimo de santuário para as aves aquáticas.

O Delta do Mississípi está em risco, nomeadamente a área protegida de Pass-A-Loutre e o Refúgio de Vida Selvagem de Breton, na ponta da costa do Louisiana. Ambas as zonas são importantes locais de nidificação para as aves.

Bobby Jindal, governador do Louisiana, pediu às autoridades federais ajuda de emergência. “A nossa prioridade absoluta é proteger os cidadãos e o Ambiente”. Barreiras flutuantes estão colocadas a 20 milhas náuticas ao largo da costa para tentar conter a poluição. Jindal alerta que não são suficientes.

Outros estados também estão preocupados. Florida, Alabama e Mississípi acreditam que a maré negra vai afectar a sua indústria pesqueira, crucial para a economia local.

No Louisiana, criadores de camarão apresentaram queixa contra a BP, acusando o grupo de “negligência” e “poluição”. A agência AFP avança que esperam obter cinco milhões de dólares (3,7 milhões de euros) de indemnizações.

A Casa Branca e o Congresso norte-americano abriram dois inquéritos em separado para apurar responsabilidades no pior acidente ao largo do país na última década.

A 31 de Março, o Presidente Barack Obama defendeu a expansão da exploração petrolífera e de gás natural ao largo da costa norte-americana, como forma de tentar ganhar o apoio republicano às suas propostas legislativas sobre alterações climáticas. Com a maré negra, organizações ambientalistas redobraram as críticas à decisão.

Um novo Exxon Valdez?

A comparação entre a maré negra no Golfo do México e o acidente causado pelo cargueiro Exxon Valdez, em 1989, parece inevitável. Por enquanto, ainda não se sabe qual o mais grave.

O naufrágio do cargueiro da ExxonMobil na enseada Prince William, no Alasca, a 24 de Março de 1989, derramou 50 milhões de litros de petróleo numa superfície de 1300 quilómetros. Ainda hoje continua a ser a maior maré negra em águas norte-americanas e mais de onze mil pessoas e 1400 navios estiveram envolvidos das operações de limpeza.

Estima-se que morreram entre cem mil e 700 mil aves devido ao desastre. Vinte anos depois, a população da maioria das espécies afectadas voltou aos níveis de antes do desastre ou está a recuperar bem. O arenque, uma das maiores fontes de rendimento dos pescadores locais, foi das poucas espécies marinhas que não recuperou do desastre.

Maré negra: cinco mil barris de petróleo por dia no mar

A fuga de petróleo que desde a semana passada ameaça o Golfo do México é cinco vezes pior do que o que se estimava: as fugas fruto da explosão da semana passada estão a fazer com que seja derramado no oceano o equivalente a cinco mil barris de petróleo por dia.

Já antes de se saber deste novo número, quando a fuga estava a deitar o equivalente a mil barris de petróleo no mar, especulava-se que esta poderia ser a pior maré negra da história dos EUA. Com os novos dados – foi descoberta uma terceira fuga –, este temor parece estar a concretizar-se.

A maré negra também deverá chegar mais rapidamente à costa do estado norte-americano do Lousiana do que o que se esperava até agora, o que levou o governador, Bobby Jindal, a pedir ajuda de emergência.

A maré poderá ser um desastre chegando às praias da costa do estado, e ameaçando o delta do Mississípi.

Robôs submarinos tentavam reparar a fuga a 1500 metros de profundidade mas o procedimento não estava a ter sucesso. Já começaram a ser feitos incêndios controlados do petróleo, mas ainda assim com os ventos e correntes a maré negra poderá chegar à costa já amanhã.

Fonte: Publico.pt

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Estados Unidos podem ter nas mãos a pior maré negra da sua história


A mancha negra no Golfo do México está a 30 quilómetros da costa do Louisiana. Mil homens e 49 navios combatem aquela que poderá ser a pior maré negra na história dos Estados Unidos.

“Vou ser franca. Até ao momento, os esforços da BP [o grupo britânico que explora a plataforma] para travar as fugas não tiveram sucesso”, disse a contra-almirante da Guarda Costeira de Nova Orleães, Mary Landry, em conferência de imprensa ontem à tarde. E se isso não mudar, a responsável não exclui a hipótese de esta vir a ser “uma das piores marés negras da história” do país.

A explosão na plataforma petrolífera Deepwater Horizon, a 20 de Abril, causou o afundamento da estrutura e deixou em aberto, a 1500 metros de profundidade, um poço que liberta diariamente o equivalente a mil barris de petróleo. A poluição tem potencial para causar danos a praias, ilhas e uma costa que tem um ecossistema frágil. Especialmente o delta do rio Mississípi.

Wilma Subra, especialista em Ambiente no estado do Louisiana, prevê que a chegada da maré negra terá um “impacto enorme”. Aquele estado norte-americano tem 40 por cento das zonas húmidas dos Estados Unidos. “A mancha começará por afectar os crustáceos, as explorações de ostras e os peixes”, referiu.

Já foram recolhidos mais de mil barris de água e petróleo

Mais de mil pessoas estão envolvidas no esforço de contenção da poluição e a BP e a Guarda Costeira destacaram 49 navios, informa a unidade de missão criada para enfrentar este acidente.

A BP tenta, com a ajuda de oito submarinos, tapar as duas fugas a 1500 metros de profundidade, detectadas este sábado. Mas sem sucesso. À superfície estão a ser utilizadas barreiras e produtos dispersantes. No total, terão sido recolhidos mais de mil barris de uma mistura de água e petróleo.

Os engenheiros da BP estão a ponderar a colocação de uma cobertura submarina sobre as duas fugas para evitar que o petróleo se disperse na água. “É uma cobertura que será colocada sobre a fuga (no fundo do mar). Em vez de o petróleo chegar à água, ficará contido nesta estrutura”, explicou Prentice Danner, porta-voz da Guarda-Costeira. No entanto, a construção desta estrutura deverá demorar entre duas a quatro semanas.

Perante o insucesso, as autoridades decidiram optar por uma solução de último recurso: provocar um incêndio controlado do petróleo na água. Mas mesmo que se consiga proteger o litoral, esta operação poderá causar uma poluição do ar que trará consequências ambientais.

Landry, citada pela CNN, acredita que a mancha negra deverá ficar na mesma zona pelo menos nos próximos três dias. Mas as previsões meteorológicas sugerem que os ventos poderão empurrar a poluição para a costa.

O Governo norte-americano já prometeu “um inquérito completo e aprofundado” para apurar responsabilidades. A investigação vai olhar, nomeadamente, para a Transocean, companhia suíça a operar a plataforma.

Também a Câmara dos Representantes e o Senado anunciaram abrir investigações. Na semana passada, a BP anunciou a abertura do seu próprio inquérito ao acidente.

Ecologistas apelam contra projectos petrolíferos de Obama

As organizações ecologistas Greenpeace e Amigos da Terra já abriram duas petições para pedir ao Presidente Barack Obama para deixar cair os seus planos de explorações petrolíferas off-shore. Estes projectos, anunciados a 31 de Março, pretendem autorizar a extracção de petróleo em áreas costeiras “que estão protegidas há décadas”, lembra a Greenpeace.

Os Amigos da Terra afirmam que a sua petição, que pede ao Presidente para reconsiderar o seu plano, já foi assinada por 16 mil pessoas.

“Esta tragédia lembra-nos que a exploração petrolífera offshore tem custos humanos, ambientais e económicos”, diz esta organização, em comunicado. “Os derrames não são só extremamente perigosos para a vida marinha mas também colocam em risco as comunidades costeiras e as indústrias locais”.

Autoridades ponderam queimar petróleo no mar

As autoridades norte-americanas ponderam queimar o petróleo que está na superfície do mar depois de uma explosão numa plataforma da BP no Golfo do México.

A Guarda Costeira dos EUA avisou que a explosão da semana passada, que deixou um poço a mais de 1500 metros de profundidade a libertar o equivalente a mil barris por dia no mar, pode tornar-se no pior derrame da história do país se não for contido.

Assim, as autoridades dizem que estão a ponderar queimar o petróleo canalizado para plataformas flutuantes, segundo a edição online do diário britânico The Times. Mas o sistema que retira o petróleo do fundo do mar e o canaliza para a superfície nunca foi testado em águas tão profundas.

“É a primeira vez que isto será feito. Esta ideia não existia até agora”, explicou o porta-voz da Guarda Costeira Prentice Danner.

Fonte: Publico.pt

Demolições começaram pacificamente na Fuzeta


A ministra do Ambiente admitiu hoje que as demolições nas ilhas barreira da Ria Formosa possam gerar contestação, mas mostrou-se confiante de que tudo vai decorrer na base do “consenso”.

Dulce Pássaro falava hoje aos jornalistas na Ilha da Fuzeta, onde se deslocou para ordenar simbolicamente o início dos trabalhos de demolição das habitações que escaparam às tempestades deste inverno, ao abrigo do Polis.

Garantindo que as demolições nas várias ilhas são mesmo para avançar, a ministra do Ambiente admitiu que possa haver situações de contestação por parte dos proprietários, o que não sucedeu hoje, mas mostrou-se confiante no diálogo.

“Pode haver um ou outro caso de contestação, é natural que isso aconteça”, afirmou a governante, que disse estar confiante de que as pessoas “em espírito de diálogo” compreenderão que “não há alternativa”.

Dulce Pássaro afastou, no entanto, a necessidade de recorrer a eventuais medidas repressivas ou à acção policial para travar as contestações, dizendo que as intervenções irão decorrer na base do “diálogo” e do “consenso”.

“A lei tem que ser cumprida e as forças policiais não serão a primeira via para a fazer cumprir”, afirmou, acrescentando que as intervenções visam acima de tudo contribuir para a promoção da qualidade de vida na região.

O núcleo da Fuzeta, inserido na Ilha da Armona, foi o primeiro local onde a Sociedade Polis Ria Formosa avançou com a retirada de habitações, considerado prioritário devido ao risco que apresentava após as tempestades do inverno.

A primeira fase dos trabalhos, que representam um investimento superior a 441 mil euros, deverá estar terminada no final de Junho para que a época balnear possa abrir em pleno no mês de Julho.

Depois de terminada a empreitada de demolição, remoção de resíduos, limpeza do areal e leito da ria, avança a fase final de requalificação, mas apenas a seguir à época balnear.

Segundo Dulce Pássaro, a barra da ilha - onde será construído um novo cais e colocados passadiços - deverá ser posicionada mais acima do local actual.

A ilha da Fuzeta faz parte de um conjunto de ilhas da Ria Formosa, um sistema lagunar único no mundo, alvo de um programa de requalificação denominado “Polis Litoral Ria Formosa”.

O programa Polis tem um período de intervenção até 2012 e a área de intervenção é de 48 quilómetros de frente costeira e 57 quilómetros de frente lagunar, abrangendo cinco municípios: Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.

Fonte: LUSA

Investigadores de 12 países reunidos para encontrar artes de pesca mais selectivas


Investigadores de nove países europeus e três extracomunitários iniciaram hoje uma reunião na Horta, na ilha açoriana do Faial, para estudar artes de pesca mais selectivas, que permitam minimizar as capturas acessórias e acidentais em alto mar.

Este tema domina a terceira reunião anual do projecto internacional MADE (Mitigating Adverse Impacts of Open Ocean Fisheries), que decorre até 5 de Maio no Centro do Mar. Este projecto é financiado pela União Europeia e conta com a participação do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.

Durante a reunião, cerca de 30 cientistas nacionais e estrangeiros vão analisar propostas para a mitigação dos efeitos negativos das capturas acessórias e acidentais das duas maiores pescarias de oceano aberto em que a frota comunitária está envolvida, a pescaria de longline de superfície e a pescaria de cerco ao atum.

Os investigadores estão especialmente preocupados com as pescarias acidentais de espécies de tubarões pelágicos, nomeadamente a tintureira, o tubarão de pontas brancas oceânico e o tubarão sedoso, e ainda do espadarte juvenil.

As medidas que estão a ser estudadas pelos especialistas para minimizar o problema deverão incluir medidas técnicas, relacionadas com a operação das artes de pesca, e medidas espaciais, referentes à delimitação de zonas ecologicamente sensíveis.

O biólogo Pedro Afonso, do DOP, revelou que a Universidade dos Açores realizou nos últimos anos algumas experiências com a tintureira, numa tentativa de compreender melhor o comportamento desta espécie.

Os dados recolhidos, que serão analisados neste encontro, revelam que os indivíduos desta espécie imigraram para fora dos Açores, contra a expectativa inicial dos investigadores, percorrendo milhares de quilómetros, mas já regressaram ao arquipélago.

Segundo o investigador, a questão em análise neste encontro assume particular importância, já que “as capturas acessórias e acidentais, em alguns casos, podem atingir até 80 por cento de um lançamento numa pescaria”, matando peixes de espécies sem interesse comercial.

Fonte: LUSA

Bananeiras da Terceira reproduzidas ‘in vitro’ para garantir conservação da espécie

A Universidade dos Açores está a desenvolver um projecto de reprodução ‘in vitro’ das bananeiras da ilha Terceira para assegurar a sua conservação.

Segundo o investigador David Horta Lopes, a universidade está “a identificar as plantas de banana locais para efectuar a sua caracterização genética, determinar as características que tenham interesse e assegurar que não venham a ser substituídas por plantas importadas, nomeadamente da Madeira e Canárias”.

Nesse sentido, o projecto AGRIOMAC vai seleccionar as plantas mais produtivas entre as cerca de meia centena já cedidas pelos produtores locais.

As plantas escolhidas serão depois multiplicadas ‘in vitro’ e, no final do processo, previsto para o próximo ano, alguns exemplares serão cedidos para serem usados em novas plantações.

Os trabalhos contam com a colaboração da Cooperativa de Horto fruticultores da Ilha Terceira (FRUTER) e um financiamento de 40 mil euros do programa Interreg III/B - MAC - Madeira Açores e Canárias - Cooperação Transnacional.

Apesar de as plantas oriundas da Madeira e das Canárias serem mais produtivas em quantidade, por serem maiores e mais vigorosas, David Horta Lopes frisou que a banana local da Terceira “é mais saborosa”, porque, “embora mais pequena, é mais adocicada”.

Fonte: LUSA

Superfície florestal mundial diminuiu 3,1% entre 2000 e 2005


A superfície florestal diminuiu 3,1% entre 2000 e 2005 no mundo, segundo um estudo baseado em observações por satélites publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, estimando que o Brasil foi o país que sofreu a maior redução de suas matas.

No total, a perda foi de 1.011.000 km2 de 2000 a 2005, o que representa 0,6% por ano. A superfície florestal mundial era de 32.688.000 km2 no início do estudo.

Por país, o Brasil, segundo em quantidade de área florestal (4,6 milhões de km2), atrás apenas da Federação Russa (5,12 milhões de km2), sofreu a maior redução de suas matas no período, 165 mil km2 (3,6% do total). Reportagem da France Presse.

Já o Canadá, com uma superfície florestal de 3 milhões de km2, ficou em segundo, com perdas de 160 mil km2, que representam 5,2% do total.

A perda bruta de superfície florestal é definida nesta pesquisa como produto de causas naturais, como incêndios provocados por raios, e atividades humanas.

Estimativas precisas são consideradas indispensáveis nos esforços de contabilização das emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa, e para elaborar modelos climáticos, explicaram os autores da pesquisa, divulgada pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

Por região, as matas boreais, que se situam no Ártico e representam 26,7% da superfície florestal do planeta – a segunda mais importante – registraram a maior redução deste período em cinco anos (4%), dois terços dos quais se deveram a incêndios de origem natural, afirmaram cientistas das Universidades de Dakota do Sul (norte) e do Estado de Nova York (nordeste).

As matas tropicais úmidas, que cobrem 11,5 milhões de km2 e representam a maior superfície florestal da Terra, perderam 2,4% de sua superfície, o que equivale a 27% da perda total.

As florestas tropicais em zona seca – 7,13 milhões de km2, ou 21,8% das superfícies de mata do mundo – diminuíram 2,9% de 2000 a 2005, o que representou 20,2% das perdas florestais totais.

Já as matas das zonas temperadas – 5,2 milhões de km2 – ou 16,1% do total mundial em 2000, perderam 3,5% de sua superfície, 18,2% do total do planeta neste período.

Por continente, a América do Norte – com uma superfície florestal de 5,8 milhões de km2 em 2000 – sofreu a maior privação no período (5,1%, 295 mil km2), ou 29,2% da perda mundial.

Ásia e América do Sul perderam duas vezes menos em comparação com sua superfície de mata, 2,8% e 2,7%, respectivamente. Estes decréscimos representaram 23,7% e 22,6% do total entre 2000 e 2005.

Reportagem da France Presse, na Folha Online.

EcoDebate, 28/04/2010

terça-feira, 27 de abril de 2010

“DIA ABERTO” - Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica

O “Dia Aberto” comemorativo do 26º aniversário da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil Costa da Caparica, integrado no Ano Internacional da Biodiversidade, decorrerá no próximo dia 22 de Maio de 2010 no Centro de Interpretação da Mata dos Medos (Estrada Nacional -Fonte da Telha 2825-294 Costa da Caparica, telef. 212 962 640).







Programa

- 10.00h
- ‘O Nosso Planeta Mágico’
Interpretação da canção ‘O Nosso Planeta Mágico’ por um grupo de 45 crianças da Creche Jardim de Infância 1º. de Maio da Câmara Municipal de Almada. Educadoras (coordenação: Lurdes Barradas e Goreti Marques);

- ‘A Mata dos Medos’
O Grupo de Seniores do Centro Social da Nossa Senhora Mãe de Deus da Buraca - Junta de Freguesia da Buraca representa a peça de teatro ‘A Mata dos Medos’ (coordenação: Isabel Nascimento);

- ‘Pelas minhas mãos…vejo!’
A IPSS Centro de Actividades Ocupativas da Associação Promotora de Emprego para Deficientes Visuais, em parceria com a Empresa KPMG Associados - SROC, SA e a PPAFCC, apresenta um trabalho em cerâmica - placas marcadas em letra normal e em Braille com o nome de algumas espécies da flora da Mata dos Medos (coordenação: Filomena Costa);

- ‘A Arca de Noé’
25 crianças da turma do 2º ano de escolaridade da Escola EB1/JI da Quinta do Campo de Corroios, concelho do Seixal, apresentam um trabalho elaborado a partir de um poema, integrando uma canção (coordenação: Lurdes Emídio).

- 12.30h - tempo de piquenique e do apagar das velas do bolo de aniversário da PPAFCC

Apoio: KPMG & Associados - SROC, SA

Governo considera "suficiente" dispositivo de defesa e prevenção de incêndios

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, considerou hoje “suficiente” o dispositivo de defesa e prevenção de combate a incêndios que está previsto atuar nas áreas protegidas do Ministério do Ambiente.

“Queremos reduzir o número de ignições e reduzir sobretudo o impacto nos valores naturais e para esse efeito julgamos que temos o dispositivo suficiente”, declarou.

Humberto Rosa falava aos jornalistas à margem da apresentação do dispositivo de defesa da floresta contra incêndios nas áreas protegidas do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, que decorreu na sede do Parque Natural da S. Mamede, Quinta dos Olhos de Água, em Marvão (Portalegre).

O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) é a entidade responsável pela gestão da Rede Nacional de Áreas Protegidas, que ocupam cerca de oito por cento território nacional.

A estas áreas protegidas acrescem ainda as zonas de proteção especial e os sítios de interesse comunitários.

No total, o ICNB tem um plano de ação para áreas protegidas e classificadas que ocupam cerca de 22 por cento do território nacional.

A estratégia de atuação que o ICNB tem delineada para o combate aos incêndios para 2010, passa por alcançar uma diminuição da afetação do património natural pelo fogo, monitorização e recuperação de áreas ardidas e redução do número de ignições.

“Estas são as linhas de força principais da nossa atuação”, sublinhou, Humberto Rosa.

O dispositivo de vigilância e primeira intervenção de incêndios rurais em áreas protegidas vai contar com 129 vigilantes, repartidos por 35 equipas e 120 sapadores florestais repartidos por 24 equipas.

No que diz respeito a viaturas, o ICNB conta com 37 carros equipados com material de primeira intervenção e outras dez viaturas de apoio.

De acordo com Humberto Rosa, existe um “reforço de viaturas” no terreno e está em curso uma candidatura para a “aquisição de mais um lote de viaturas de primeira intervenção”.

No que diz respeito ao dispositivo de combate a incêndios para 2010, em todo o território nacional, o secretário de Estado da Proteção Civil, Vasco Franco, sublinhou que vai ser um dispositivo “ mais ou menos idêntico” ao de 2009, uma vez que “funcionou bem”.

“Vamos ter cerca de dez mil elementos (homens e mulheres) dos diferentes corpos que participam no dispositivo para enfrentar este desafio, teremos 2177 viaturas e 56 meios aéreos, dos quais 02 aviões bombardeiros pesados, 06 aviões médios, 08 aviões ligeiros, 25 helicópteros ligeiros, 10 médios e 05 pesados”, declarou.

Todos estes meios vão estar no terreno durante a fase mais crítica dos incêndios florestais, entre 01 de julho e 30 de setembro.

“Apesar de nos encontrarmos num ano reconhecidamente de contenção em termos de despesa pública, o esforço às questões da proteção civil e da proteção do ambiente e florestas foi um esforço que não foi regateado. Mantemos o mesmo esforço financeiro”, concluiu.

Fonte: ionline

Convenções sobre Fauna Selvagem: Reunião de trabalho nos Açores



A acção terá lugar no dia cinco de Maio e estará a cargo de João Loureiro, Coordenador da Unidade de Aplicação de Convenções Internacionais do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

O paradoxo entre a necessidade de comercializar itens com valor cultural e o imperativo de conservar os organismos selvagens, como os grandes cetáceos, gera discussões apaixonadas e que, muitas vezes, necessitam de clarificação. Existindo convenções internacionais sobre a matéria e estando estas convertidas para legislação nacional com aplicação na Região, considerou-se importante dinamizar uma acção de formação sobre esta temática.
Assim, a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM), através da Direcção Regional do Ambiente enquanto autoridade administrativa regional com jurisdição nos Açores para as atribuições e competências no âmbito da aplicação da Convenção Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES) irá promover no Centro do Mar (antiga Fábrica da Baleia), na Horta, uma reunião de trabalho sobre esta Convenção.
A acção será conduzida por João Loureiro, Coordenador da Unidade de Aplicação de Convenções Internacionais do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, no próximo dia cinco de Maio. Haverá uma sessão de manhã para os funcionários da SRAM e outra, durante a tarde, para as demais autoridades fiscalizadoras, serviços públicos e outros privados interessados.
Em pleno Ano Internacional da Biodiversidade, é importante estabelecer os limites de utilização das espécies da Região. Apenas com os conhecimentos sobre as capacidades de carga e as limitações legais existentes se poderá fazer uma utilização sustentável e responsável do nosso Património Natural.


Fonte: JornalDiario

Fundação Villas-Bôas - Precisamos de vocês Caros Amigos

Para divulgação:
Olá caros amigos!

Estou passando este e-mail com o intuito de divulgar um projeto no qual participo e acredito muito! espero que vocês possam participar também, pois de um modo ou d outro podemos sim contribuir para ajudar o nosso povo brasileiro q muitas vezes é tão sofrido e discriminado em muitas situações, sem contar a nossa tão rica biodiversidade que muitas vezes está sendo deixada de lado pelas nossas autoridades, que insistem em olhar para outras coisas...

O projeto do qual falo e participo é a EXPEDIÇÃO VILLAS-BOAS PELO BRASIL, comandada pela Fundação Villas-Boas, que terá a intenção de percorrer os quatro cantos do Brasil, na busca de informações sobre os problemas sócio-ambientais que cada região possui. Como objetivos específicos, a expedição busca atingir ás seguintes áreas:
• ECOSSISTEMA
• PRESERVAÇÃO DA NATUREZA
• PRESERVAÇÃO DAS NASCENTES
• COOPERATIVISMO
• IDENTIDADE BRASILEIRA
• PROGRAMAS SOCIAIS

Para não se tornar um e-mail chato, no qual vc com sua pressa irá excluir e passar para o próximo, peço q vc dê uma acessada no portal para obter maiores informações de como se tornar um expedicionário!

O QUE VENHO PEDIR A VOCÊS HOJEJ É O SEGUINTE:


O portal da Expedição VILLAS-BÔAS foi relançado com as novas modalidades de participação. (http://www.expedicaovillasboas.com.br/)
No seu caso, não seria modalidade de doação, ESTOU PEDINDO PARA QUE VOCÊ SE ASSOCIE PARA PARTICIPAR DA EXPEDIÇÃO.

PARA PARTICIPAR, vc deverá acessar ao portal http://www.expedicaovillasboas.com.br/ e lá onde está escrito: DOAÇÕES Paypal, vc deverá digitar um valor no qual vc escolhe quanto para contribuir. Ao digitar o valor, clique no botão que aparece logo abaixo e ele irá direcionar para sua ficha de cadastro, no qual, ao final do cadastro, vc deverá me colocar como 'padrinho' apenas para que a Fundação saiba de onde veio o contato, pois sem essa menção eu não participo da contagem de pontos. Ao cadastrar-se, vc estará participando da campanha: SEU CORAÇÃO BATENDO NA AMAZÔNIA, no qual o SEU NOME ESTARÁ SENDO DADO A UMA DAS MILHARES DE ÁRVORES QUE SERÃO PLANTADAS NAS ATIVIDADES DE REFLORESTAMENTO DA EXPEDIÇÃO POR TODA A AMAZÔNIA!

FAZENDO O CADASTRO VC CONTRIBUI COM PONTOS PARA A EXPEDIÇÃO, Depois disso, procure convidar seus amigos para que você obtenha a tal pontuação. AO OBTER SUAS PONTUAÇÕES, VC PODERÁ PARTICIPAR DAS EXPEDIÇÕES COM A EQUIPE DA FUNDAÇÃO EM QUALQUER PONTO DO BRASIL POR ONDE A EXPEDIÇÃO ESTEJA PASSANDO, Então, qnto mais você divulga a idéia, mais aumenta as chances de participar, sobretudo, principalmente, ajuda imensamente ao projeto, que tentará englobar o máximo de pessoas possíveis a se engajarem nesta causa.
Mas por favor, faça isso por uma nobre causa. LEMBRE-SE: VC ESTARÁ AJUDANDO NÃO SÓ A MIM OU A VC MESMO, MAS A TODAS AS PESSOAS QUE SERÃO ATENDIDAS PELA FUNDAÇÃO VILLAS-BOAS!!!
Bem, era isso! espero que vc possa me ajudar!!!

Um grande abraço.

Rayssa Barros.
Guarda-parque brasileira
Graduanda em Biologia na Universidade federal do Amapá

PS: visitem o portal e leiam minhas matérias! obrigada!

Becas para talleres de guardaparques en la Amazonía

La prestigiosa organización World Wild Fund(WWF) presenta becas para sus Talleres de Guardaparques que se llevarán a cabo de en áreas protegidas de la Amazonía y que buscan el desarrollo de capacidades en esta destacada labor.

La beca cubre todos los gastos de realización del taller, con un monto aproximado de US$7,500 (siete mil quinientos dólares americanos) y están dirigidas a profesionales graduados que representen a organizaciones locales.



Modalidad: Presencial 
Idioma: Español
Fecha límite de inscripción: 31 de mayo de 2010

Para participar, tu organización debe llenar la solicitud a través del
enlace http://www.worldwildlife.org/science/fellowships/train/item11208.html
Par mayor información, escribe al correo capacitacion@wwfus.org

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Medo de desastre ambiental no Golfo do México

O mau tempo forçou a suspensão de limpeza de um derrame de petróleo no Golfo do México, fazendo temer um desastre ambiental.

A explosão, na quinta-feira, numa plataforma de perfuração explorada pela BP, deixou um poço a mais de 1500 metros de profundidade a libertar o equivalente a mil barris de petróleo por dia no mar, com potencial de causar danos a praias, ilhas e uma costa que tem um ecossistema frágil.

As autoridades norte-americanas já consideraram o derrame “muito grave” e aprovaram um plano que prevê o uso de veículos subaquáticos operados através de controlo remoto para tentar travar o derrame. Mas esta é uma operação compexa que poderá não ter sucesso, avisou um responsável da BP, Doug Suttles, citado pela Reuters. E o mau tempo forçou a suspensão das operações de limpeza.

Onze trabalhadores da plataforma estão desaparecidos desde a explosão e incêndio, e estão presumivelmente mortos. Este é já considerado o pior acidente numa plataforma petrolífera em quase uma década.

Fonte: Publico.pt

Mais uma data para ficar para a história da AGPA...

Caros colegas guarda-parques!
Mais uma vez, seguindo a tradição de sempre mantê-los informados
sobre todos os passos que a Associação de Guarda-parques vem dando em
favor da natureza, venho informar, em nome de todos os colegas que
participaram direta ou indiretamente para chegarmos onde chegamos, que
hoje, dia 23 de abril de 2010, foi sancionada pelo Governador do estado do
Amapá a lei que cria a profissão de Guarda-parque no estado. A lei foi
publicada no diário oficial que circula na cidade e comemorada por nós com
muita felicidade por termos conquistado juntos essa vitória... Aliás... Que
vitória!

Ver artigo completo (.pdf)

Workshop de iniciação à identificação de cogumelos silvestres, 2ª Edição


Irá decorrer no dia 8 e 9 de Maio, no Vimioso, Trás-os-Montes, o Workshop de iniciação à identificação macro e microscópica de cogumelos silvestres, 2ª Edição.

Saiba toda a informação aqui!


Curso: Iniciação ao Estudo e Identificação de Aves, 7 a 9 de Maio - Gouveia

O fascínio que as aves despertam no Homem tem a sua expressão máxima na observação de aves, seja com fins lúdicos ou científicos. Na sociedade moderna, como ao longo de toda a história da humanidade, as aves marcam presença directa e/ou indirectamente no quotidiano de cada um de nós, apesar do distanciamento da natureza a que o actual modo de vida remete. No entanto, tem-se verificado nos últimos anos um crescente interesse pelas aves, que tem levado muitas pessoas a redescobrir este grupo de animais.

Pretende-se assim, com este curso, dotar os participantes dos conhecimentos básicos de identificação das espécies mais comuns da região da Serra da Estrela, dar a conhecer as aves e suscitar o interesse e a sensibilidade pela observação regular de aves e pela conservação da avifauna e da natureza em Portugal.

Mais informações aqui!

domingo, 25 de abril de 2010

"Alterações climáticas vão originar Estados 'falhados' e autoritários"

Alerta: não é o fim do mundo, mas pode ser o fim de muitos Estados. Antonio Marquina, catedrático de Relações Internacionais da Universidade Complutense de Madrid e coordenador do livro 'Global Warming and Climate Change - Prospects and Policies in Asia and Europe', editado em Nova Iorque, Londres e Sydney, avisa que a segurança entre vários países está em risco devido ao aquecimento global e à desertificação

Antonio Marquina, professor catedrático de Relações Internacionais na Universidade Complutense em Madrid, acaba de editar o livro Global Warming and Climate Change - Prospects and Policies in Asia and Europe -, que perspectiva o impacto e as consequências do aquecimento global e das alterações climáticas na Ásia e na Europa. A obra, que começou a ser preparada há três anos e tem contributos de 29 especialistas asiáticos e europeus, chama a atenção para os problemas de segurança, que vão colocar-se a nível mundial, devido à proliferação de Estados "falhados", como a Somália e o Afeganistão.

A falta de água, de alimentos e de condições de vida mínimas, nomeadamente em alguns países asiáticos e no Norte de África, provocarão novas migrações e o surgimento de mais regimes autoritários. O Norte e o Sul da Europa, dentro de 30 anos, serão igualmente duas realidades bem distintas e haverá uma profunda clivagem entre os países que hoje fazem parte da União Europeia.

No livro descrevem-se situações provocadas pelas alterações climáticas que podem colocar em causa a segurança humana. Trata-se de um alerta?

Mais que isso, é uma reflexão sobre dados científicos que temos e que conhecemos e sobre aspectos que ainda hoje nos parecem pouco compreensíveis. Ainda não sabemos ao certo as interconexões de determinados fenómenos, mas, em função do que conhecemos, deduzimos uma série de consequências muito importantes e às quais há que dar a maior atenção. Gostaríamos que os governos e a opinião pública reflectissem sobre as consequências do aquecimento global nas vidas das pessoas, já que vai ter um impacto importante na vida de milhões de pessoas. Muitos países perderão força, capacidade de governo, de fornecer serviços públicos... E outros haverá que, devido a esta incapacidade, entrarão em colapso e terão graves convulsões políticas e sociais.

Aquilo a que chama "Estados falhados"...

Sem ser alarmista - a partir de 2030 até final do século - verificamos que há problemas de uma certa envergadura que, em função de uma extrapolação sobre a aplicação das políticas de mitigação ou de adaptação que existem, vão ter consequências terríveis se não se fizer algo mais. Haverá muitos países perdedores, muitos, e também ganhadores.

A que países se refere?

Estamos a falar de países da Ásia e da periferia da Europa.

Do Sul?

Sim. O Sul da Europa vai ser o grande perdedor devido às alterações climáticas. Perde no crescimento económico, nos recursos disponíveis, na disponibilidade de água. Terá de reorientar a despesa pública e não pública para os recursos básicos que vão escassear.

Vamos ter então conflitos por causa da água, dos alimentos... por causa da sobrevivência mais básica?

Primeiro vamos ter uma nova afectação de recursos, que deveriam ser destinados à melhoria da vida da população. Essa nova gestão dos recursos será essencial para que as populações possam comer e beber e também para uma distribuição de água pela agricultura, indústria, urbanização... A redistribuição vai ser complicada e há processos que já não têm solução. Por exemplo o da água dos rios em muitos países da bacia do Mediterrâneo, no Norte e no Sul, que já registam uma redução muito significativa ao longo dos últimos 40 anos. Em Marrocos, verificou-se nas ultimas quatro décadas uma diminuição de 35% no fluxo de água dos rios.

É possível que a temperatura suba 1 ou 2 graus na próxima década? Isso agravará a situação?

Depende das zonas. Para o Mediterrâneo, calcula-se - sendo optimista - que possa chegar a subir cinco ou seis graus ainda neste século. Em 2020, a subida das temperaturas, com base em medições realizadas nos anos 50 ou 60, poderá chegar a ser de um ou dois graus. Se ultrapassar este valor, imagine-se o que vai custar a adaptação a essa nova realidade.

E quais serão as consequências para a Península Ibérica?

Vão ser consequências líquidas. Boa parte das verbas que se poderiam empregar, por exemplo para o bem-estar da população, para melhores cidades, melhor meio ambiente, para o habitat, vão ter de ser para algo mais básico, que tem a ver com a água. Mas onde vamos conseguir água suficiente para tantas pessoas?

Há dados que podem demonstrar que isso vai realmente acontecer assim?

Os dados com que trabalhamos resultam de investigações feitas ao longo de anos. Na questão da água citamos estudos feitos pela União Europeia e pelo Ministério do Ambiente espanhol para o caso de Espanha. Os mapas são projecções que se fazem da actualidade até 2030 acerca de reservas e diminuições de recursos de água que são muito significativas em todo o Sul da Europa. A água para a agricultura vai reduzir-se drasticamente porque esta tem de servir também para as cidades e para a indústria. Essa vai ser a questão mais importante para que os governos tomem decisões nos próximos anos. Já é possível calcular os gastos em dessalinizadoras, em energia para tirar o sal à água, em instalações e na depuração da água para que possa ser reutilizada.

Vamos então pagar muito caro a água e a alimentação?

Sim, vai ser muito caro.

A Península Ibérica vai desertificar-se?

Sim, a desertificação é crescente. Mas, para já, é muito mais grave o que está a passar-se no Norte de África. O processo de desertificação em Marrocos, Argélia, Tunísia, até ao Egipto, é enorme. Isso vai provocar novas migrações? A Europa vai estar mais pressionada... Sem nenhuma dúvida.

Mas, se no Sul da Europa também houver escassez de água e de alimentos, para onde vão esses imigrantes que vêm do Norte de África?

O impacto vai ser muito diferente, dependendo dos casos. Por exemplo em Marrocos, em que 44% da população vivem da agricultura, mas que é uma agricultura de subsistência, que está nos limites, qualquer subida de temperatura de um grau ou de dois graus, qualquer alteração na estação das chuvas - antes era de seis em seis meses, agora é de três em três - poderá agravar a situação agrícola que, como disse, já está a atingir os limites. A Líbia e a Argélia também estão na mesma situação. O único país que se salva, para já, a nível agrícola, é o Egipto por causa do delta do Nilo. Mas isso só será assim enquanto o nível do mar não subir. Ora, os números mais conservadores falam de uma subida do nível do mar de meio metro neste século. Há outros estudos que indicam um metro, metro e meio e até dois metros...

Neste livro, há também uma importante abordagem aos problemas da segurança provocados por estas alterações do clima. Quais são as perspectivas? Terá de haver intervenções militares?

O que sabemos é que há questões muito sérias, que vão afectar a vida das pessoas, dos Estados, da segurança estatal. Se há Estados falhados ou Estados que se debilitam muito e onde a autoridade central não chega - caso da Somália e Afeganistão - que começam a dar problemas e a afectar a segurança de milhões de cidadãos, então vamos ter de acabar por intervir. Isso é uma das coisas que dizemos neste livro. Trata-se da responsabilidade de proteger que actualmente só se aplica para casos de grandes massacres. Mas, se isto continua assim, o Conselho de Segurança da ONU vai ter de reconhecer que existe a necessidade e a responsabilidade de proteger os cidadãos de Estados que são incapazes de fornecer o mínimo, porque estão enfraquecidos, porque dependem da importação para sobreviver ou porque tem imigrações internas maciças. Estes Estados vão estar sem capacidade para enfrentar seja o que for.

Significa que vai haver uma grande clivagem entre o Norte e o Sul?

O entendimento entre o Norte e o Sul será cada vez mais difícil. E note-se que a tendência é para o agravamento dos regimes autoritários. Na Ásia, estes casos já são notórios e no Norte de África, também. Os regimes só mudam em função da alternativa que as pessoas têm para viver melhor.

E a Europa?

Partindo de um estudo e projecções de alterações climáticas graduais, é claro que os países do Norte da Europa irão aumentar o seu poder em relação aos países do Sul, que estarão mais debilitados. O equilíbrio de forças vai mudar.

As alterações climáticas tornaram-se uma prioridade dos líderes europeus. A União Europeia tem feito um bom trabalho de casa?

A Europa fez o que tinha a fazer e fê-lo inclusivamente bem na Cimeira de Copenhaga. O que se passa é que ninguém segue a Europa nesta questão. A União Europeia tem de ser mais pragmática, mais negociadora. Afirmar- -se como actor normativo não a levou a sítio nenhum. Pode ser que tenha de ser necessário reduzir um pouco as suas posições para poder convencer a China, a Índia e os EUA e chegar a acordos concretos. As políticas de mitigação e de adaptação às alterações climáticas são muito diferentes na Ásia e na Europa. Com a excepção do Japão e da Coreia do Sul, ninguém na Ásia fez ainda nada.

Fonte: Diário de Notícias