A Casa Branca anunciou que não será dada luz verde a explorações de petróleo em novas áreas até finalizar o inquérito ao derrame do Golfo do México, depois da maré negra ter chegado à costa do Louisiana.
O governador estadual tinha já declarado estado de emergência com a aproximação da mancha negra de petróleo, que se segue a uma explosão numa plataforma petrolífera na semana passada que deixou onze pessoas desaparecidas (presumivelmente mortas) e três fugas a 1500 metros de profundidade que começaram a libertar o equivalente a mil barris de petróleo por dia no mar – actualmente estima-se que sejam 5 mil.
A BP, responsável pela plataforma, revelou que o acidente, ocorrido a 20 de Abril, pode custar várias centenas de milhões de dólares à empresa, uma avaliação que muitos analistas da indústria consideram bastante abaixo da realidade, estando-se aqui perante o que é estimado como o maior derrame de crude de sempre nos Estados Unidos.
Um acidente em 1989 numa plataforma de exploração da Exxon no Alasca acabou saldando-se em 4,3 mil milhões de dólares em custos, incluindo as indemnizações, os encargos de limpeza, acordos extra-judiciais e multas.
Independentemente daquilo que o acidente custará à BP, os analistas são consensuais em sublinhar que já muitos danos foram infligidos à reputação da empresa, podendo mesmo ter já ficado em causa as expectativas de virem a explorar mais no Golfo do México.
"Não autorizámos novas perfurações e nenhuma será autorizada até sabermos o que aqui aconteceu e percebermos se se passou algo de raro e evitável", garantiu o conselheiro da Administração David Axelrod, no programa "Good Morning America" do canal ABC.
As acções da empresa já desceram com o medo de que a BP seja responsabilizada em tribunal – e logo ontem, foi o próprio Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que apontou o dedo à empresa. Vários grupos, como o de criadores de camarão da costa, começaram já a ameaçar processos com pedidos de indemnização avultados.
A BP e a Guarda Costeira dos EUA estão a tentar conter o avanço da mancha mas as operações são complicadas dada a profundidade das fugas.
A mancha ameaça uma zona especialmente sensível – a costa do Louisiana e as suas praias imaculadas, o delta do Mississípi com as suas áreas protegidas e refúgios de vida selvagem.
Fonte: Público.pt
sexta-feira, 30 de abril de 2010
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