segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Os admiráveis gorilas-de-montanha de Uganda protegidos pelos Guardaparques

Estou em uma floresta densa, cercado por todo tipo de verdes. Raízes tentam agarrar meus pés, cipós e trepadeiras se enroscam em meus braços. As plantas parecem impedir que eu entre no território reservado. “Esse é um dos piores trechos da caminhada”, diz Godfrey Binayisa, ao ouvir meus sussurros de aflição; o guarda-parque continua a abrir caminho com o facão, desbravando a floresta. “Só falta meia hora para chegar ao destino.”
Além da luta contra a vegetação, agora tenho novo desafio: a trilha se torna íngreme. Checo o altímetro e estamos a 2.200 metros de altitude, 350 metros acima do lugar de onde partimos. Oxigênio, onde está você? O caminho também está mais escorregadio. Agarro uma raiz que deveria estar presa, meu sapato resvala e calça e mãos tomam mais um banho de lama.
A denominação do local explica a aventura. Estamos na Floresta Impenetrável Bwindi. Sim, o nome oficial inclui o adjetivo “impenetrável”. Quase uma redundância, pois Bwindi, em idioma Bakiga, significa tenebroso. A selva fechada e escura guarda um dos principais tesouros de Uganda: cerca de metade da população de gorilas-das-montanhas do mundo, estimada em 2010 em mais de 700 animais. Bwindi é parque nacional desde 1992 e Patrimônio Mundial desde 1994.
Completamos 2h30 horas de esforço quando, do meio do mato, surgem três vultos quase tão tenebrosos como a floresta. Um deles carrega um AK-47. Quando vejo os outros dois homens, fico mais tranquilo: suas armas são um rádio e um GPS. Binayisa nota meu espanto e explica que os três guardas trabalham para o parque. Saíram em busca do grupo de gorilas duas horas antes de nossa partida. Como de costume, os rastreadores foram ao local onde os animais passaram a noite anterior. Os primatas acordaram, fizeram sua primeira refeição e começaram a se movimentar em busca de outros alimentos – sua dieta vegetariana é composta por mais de 60 tipos de plantas e um adulto pode comer 20 quilos de folhas por dia. Os três pares de olhos seguiram o grupo e os guardas sabem agora exatamente onde os animais estão. Estamos prontos para ver os primatas cara a cara.
O guarda-parque lembra as regras do jogo. Manter uma distância mínima de sete metros dos animais. Não fotografar com flash. Não espirrar ou tossir perto dos primatas para que não sejam contaminados. Se algum gorila vier em nossa direção, não olhar diretamente nos olhos dele, baixar a cabeça e seguir as instruções dos guarda-parques. “Teremos uma hora com eles”, afirma Binayisa.
Deixamos a trilha e adentramos o mato dito impenetrável. Depois da caminhada final, exaustiva, nossa recompensa está prestes a acontecer. O guarda que lidera a fila se detém, ergue a cabeça e aponta para uma árvore. A uns dez metros de altura, bem encaixado entre dois galhos, um jovem gorila retira cuidadosamente tufos de musgo da casca e os mete na boca.
Começamos o frenesi fotográfico: apontamos nossas lentes em direção ao primata e disparamos dezenas de imagens em poucos segundos. Nossa presença – e até mesmo a metralhadora de cliques – não interfere na atividade principal do gorila: comer. Mesmo consciente de que está sendo observado, o animal não olha em nossa direção. É como se não existíssemos.
“Os gorilas do grupo Nshongi habituaram-se aos seres humanos há pouco tempo”, diz Binayisa. “Foi um processo lento, que demorou dois anos, com a visita diária de um guarda-parque ao grupo. Depois de acostumados, eles perdem o medo, já não nos consideram como perigo e permitem nossa companhia.”
Até 2011, 123 gorilas-das-montanhas foram habituados à presença humana em Bwindi. Estão divididos em sete grupos – seis deles podem ser visitados por turistas e um está reservado para os pesquisadores. O grupo Nshongi foi um dos últimos a ser habituado aos seres humanos e recebe visitantes desde setembro de 2009.
Binayisa faz um sinal para prosseguir. A poucos metros, encontramos um dos machos adultos, o chamado silver back, o dorso prateado. Ele está sentado no chão, dentro da mata e come passivamente suas folhas preferidas.
Em Bwindi, o grupo Nshongi possui o maior número de indivíduos. Na ocasião, são 34 animais de idades variadas. Ao contrário de outros, o clã contém três machos adultos silver back. “Os três machos convivem em harmonia e sem conflitos, pois dois deles reconhecem a liderança do mais velho”, diz um dos guardas que segue os animais há quatro anos. “É também o grupo com a maior quantidade de bebês neste ano. As oito fêmeas cuidam de oito filhotes com menos de quatro anos.
Os números são positivos. Em 2006, a população de Nshongi era de 26 animais. O censo realizado quatro anos mais tarde, que coincide com o período reprodutivo de uma fêmea gorila, mostrou um crescimento de 30%. Binayisa explica que essa taxa não pode ser extrapolada para outros grupos, pois depende do número de fêmeas de cada bando. O primeiro censo em Bwindi computou 270 animais em 1987. Em 2003, o número saltou para 320 e, em 2006, para 340. O censo de 2010 revelou um número superior a 360 indivíduos. Os números de 2014 ainda não estão disponíveis.
Uma fêmea muda de posição e se senta no chão, a 10 metros de onde estou. Ela tem à frente um conjunto confuso de plantas trepadeiras. Com serenidade, ela separa e desembaralha os ramos que são levados à boca. O ritual pacato simboliza a docilidade e a ternura desses primatas. Passo longos minutos com a teleobjetiva enfocada no rosto dela e consigo notar uma ternura em seu olhar.
“Precisamos voltar. Já estamos aqui a 65 minutos”, avisa Binayisa. Clico as últimas imagens. Estou muito feliz: que sensação extraordinária ter conseguido ver os maravilhosos primatas de tão perto!
FONTE: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/viajologia/noticia/2014/09/bmil-palavrasb-sobre-os-admiraveis-bgorilas-de-montanha-de-ugandab.html

Costa Rica: Guardaparque pierde dedo en ataque de cazadores

Un guardaparque identificado como Antonio Ezeta, funcionario de la Organización de Estudios Tropicales (OET) sufrió la amputación de uno de sus dedos, luego de que se enfrentó con dos presuntos cazadores en la montaña.
El ataque ocurrió la tarde de ayer, dentro de una reserva biológica situada en Flaminias, dos kilómetros antes de Puerto Viejo de Sarapiquí, después de que Ezeta divisó a los sospechosos. Dos de ellos fueron detenidos por la Policía.
En apariencia, uno de los sujetos arrestados se contra el guardaparques con un machete en mano y le provocó la amputación, así como otras heridas menores.
Otro hombre, cuya identidad no trascendió, presentaba un balazo en un pie, confirmó la Cruz Roja de Puerto Viejo. Fue trasladado al hospital San Vicente de Paúl.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Guardaparques: 100 años Conservando el Patrimonio Natural de Chile (1914-2014)

GUARDAPARQUES EN CHILE: 100 AÑOS
El Centro Cultural La Moneda, junto al Ministerio de Agricultura y la Corporación Nacional Forestal (CONAF), presentan el montaje fotográfico Guardaparques: 100 años Conservando el Patrimonio Natural de Chile (1914-2014), una exposición que reúne el trabajo colectivo de 4 autores chilenos sobre el resguardo de nuestro patrimonio natural y que celebra el centenario de los guardaparques en nuestro país.
En 1914 el Gobierno de Chile contrató al primer guardaparques, dando inicio a un rubro que se destaca por su noble misión ante el resguardo de nuestra riqueza natural y cultural. Hoy celebramos sus 100 años de existencia con una gran exposición fotográfica.
Guy Wenborne, Augusto Domínguez, Claudio Almarza y Farlane Christie Browne, registran y retratan la admirable labor de los guardaparques a través de un montaje fotográfico colectivo llamado, Guardaparques: 100 años Conservando el Patrimonio Natural de Chile, 1914-2014.
La muestra permanecerá abierta a todo el público en el Nivel -1 del Centro Cultural La Moneda, desde el lunes 22 de septiembre hasta el 15 de octubre de 2014. La entrada es liberada ¡Los esperamos!

VITÓRIA merecida e justa dos Guardaparques do Brasil


Após protesto, guarda-parques terão curso de qualificação a partir da próxima semana
Categoria acampou por quatro dias na Praça da Matriz
Depois de quatro dias acampados na Praça da Matriz, na semana passada, os guarda-parques lotados na Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) garantiram, para 29 de setembro, o início de um curso de formação. Conforme um dos líderes do movimento, Luciano Menezes, os servidores foram recebidos ontem na sede da Pasta e já com a autorização para que PMs do Batalhão Ambiental sejam contratados para ministrar as aulas.
Menezes disse acreditar que o curso só saiu do papel porque houve pressão. Segundo o servidor, 35 dos 39 guarda-parques participaram do acampamento e os outros quatro só não aderiram ao manifesto por estarem em férias ou em licença saúde. A autorização para o curso foi publicada, ainda ontem, no Diário Oficial do Estado.
Há quase dois meses, o governo havia prometido o curso de formação para a primeira quinzena de setembro, o que não se confirmou, gerando a mobilização. Os servidores dizem, ainda, exercer o trabalho sem os equipamentos necessários e pagar as armas utilizadas com dinheiro próprio.

Fonte: Voltaire Porto/Rádio Guaíba

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Portugal: Activistas espanhóis "ocupam" Selvagens em protesto

Um dia agitado nas Selvagens, território habitualmente silencioso. Um grupo de militantes desembarcou na ilha, hasteou a bandeira espanhola e quer falar com as autoridades portuguesas. A Marinha na Madeira já enviou um navio para controlar a situação.
Um grupo de militantes espanhóis da Alternativa Nacionalista Canária (ANC) está nas Ilhas Selvagens desde segunda-feira num protesto pela reivindicação de soberania sobre o arquipélago português e contra as possíveis explorações petrolíferas na zona.

Segundo a agência Lusa, o grupo hasteou uma bandeira espanhola e exige falar com autoridades portuguesas.

"Somos independentistas. O tema das Selvagens tem que ser resolvido com Portugal. Temos que aplicar a lei do mar e traçar uma linha mediana com a Madeira, o que colocaria as Selvagens em águas das Canárias. Tal como o fazemos com as linhas medianas com Marrocos", afirmou Pedro Gonzalez, porta-voz da ANC, à agência Lusa.

Gonzalez explicou, contudo, que a acção não pretende “abrir qualquer conflito com Portugal” - que tem a soberania sobre as Selvagens - mas antes “sensibilizar os portugueses para o problema das prospecções petrolíferas.”

Marinha atenta
A Marinha na Madeira vai enviar um navio ao arquipélago para verificar os contornos do protesto.

"A unidade naval atribuída ao comando da Zona Marítima da Madeira já está a preparar-se para largar e ir para o local, para verificar o que se está a passar, acautelar alguma segurança que seja necessária, garantir e perceber o que se está a passar", disse Félix Marques, comandante da Capitania do Porto do Funchal.

Félix Marques acrescentou ainda que os vigilantes da natureza, que estão ao serviço do Parque Natural da Madeira, naquele território, "comunicaram a presença de dois espanhóis das Canárias que terão efectuado uma acção de protesto, içando a bandeira de Espanha no local". O comandante adiantou que já comunicou a situação ao chefe de Estado-Maior da Armada.

O responsável salientou que "nada impede, com autorização do Parque Natural, que as pessoas possam desembarcar e visitar a ilha", mas que neste caso o desembarque aconteceu na segunda-feira. Os espanhóis fugiram "ao controlo" dos vigilantes.

Discórdia entre Portugal e Espanha
O facto de estas ilhas se encontrarem mais próximas do arquipélago das Canárias do que do da Madeira (165 quilómetros a norte das Canárias e a 250 quilómetros a sul da cidade do Funchal) tem provocado alguma discórdia entre Portugal e Espanha.

Em Setembro do ano passado o Governo espanhol enviou uma carta às Nações Unidas, na qual questionava a jurisdição do arquipélago e considerava as Selvagens não como ilhas, mas como rochedos, o que significaria uma redução substancial da Zona Económica Exclusiva portuguesa.

Uma semana depois Portugal contestou o documento, explicando que a "plataforma continental portuguesa além das 200 milhas náuticas na região Leste, para Oeste do arquipélago da Madeira, constitui o natural prolongamento do território da ilha da Madeira e do território de Portugal Continental", portanto, assim assumindo que as Selvagens são portuguesas.

Fonte: Rádio Renascença

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Brasil: Guarda-parques manifestam-se pelo direito à formação

Guarda-par​ques só sairão da Praça da Matriz com curso de formação
É o que garante grupo acampado desde segunda-feira no local
Os guarda-parques da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) seguem acampados, na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini. Já é o terceiro dia de mobilização para exigir um curso de formação. A queixa é de que houve a promessa da qualificação por parte do governo. Há sete anos em atividade, os servidores dizem não ter recebido nenhuma instrução técnica inerente às funções. Um dos líderes do movimento, Luciano Menezes, garante que os trabalhadores não vão levantar acampamento até que haja uma sinalização positiva.
“Estamos ansiosos, ontem, houve movimentação de dirigentes da Sema na Casa Civil e imaginávamos que teríamos uma resposta. Nós protestamos dentro da legalidade, alertamos que iríamos nos mobilizar e só vamos sair daqui direto para o curso”, adiantou.
Segundo a categoria, há, hoje, 39 guarda-parques em atividade e 53 vagas em aberto no Rio Grande do Sul. Eles entendem que o número é pequeno para cerca de meio milhão de hectares, nas 23 unidades estaduais de preservação ambiental. Dizem, também, que o governo anunciou o início do curso para 15 de setembro, o que não se concretizou.
Os servidores também exigem armas de fogo e equipamentos de proteção pessoal como colete balístico. Segundo eles, criminosos ambientais, como caçadores e extratores, frequentemente agem armados e os guarda-parques, em alguns casos, se defendem com armamento próprio.
Alexandre Gomes, secretário da Associação da categoria, destacou que no Parque Estadual do Turvo, em Derrubadas, a troca de tiros é diária. Ele lembrou que os criminosos não temem assassinar um guarda-parque e lembrou que o crime de homicídio é diferente do ambiental, que não prescreve e é inafiançável.
Fonte: http://www.radioguaiba.com.br/noticia/guarda-parques-so-sairao-da-praca-da-matriz-com-curso-de-formacao/

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

URGENTE: Companheiros! Por favor assinem esta petição!

Dear fellow rangers:
The Italian Rangers need our help!  Please consider signing this petition at Change.org to support their work and fight against the ranger force being eliminated in Italy:
http://www.change.org/it/petizioni/matteo-renzi-no-alla-soppressione-del-corpo-forestale-dello-stato?recruiter=134226290&utm_campaign=signature_receipt&utm_medium=email&utm_source=share_petition

Thank you!
Kind regards,
Luis Santamaria
http://www.change.org/it/petizioni/matteo-renzi-no-alla-soppressione-del-corpo-forestale-dello-stato?recruiter=134226290&utm_campaign=signature_receipt&utm_medium=email&utm_source=share_petition

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Sabino Medellín: Muchas veces mi vida ha estado en peligro

Sabino Medellín: “Muchas veces mi vida ha estado en peligro por cuidar el parque Amboró”

La falta de recursos para equipar y aumentar el número de guardaparques es una ventaja para los madereros. Solo 13 personas cuidan 442.500 hectáreas
Es el guardaparque más antiguo del Amboró, es su guardían desde hace 24 años. Nació en San Juan del Potrero, provincia Manuel María Caballero. Con sus 71 años de vida es un caminante incansable.
¿Cuándo y cómo acepta el trabajo de guardaparque? 
Era dirigente de San Juan del Potrero y estábamos enfrascados en una lucha contra los madereros, cuando en 1990 la FAN (Fundación Amigos de la Naturaleza) pide dos personas para que trabajen como guardaparques, mis compañeros dieron mi nombre. Comencé ganando Bs 400. 
¿Cómo es el día a día de un guardaparque? 
Nosotros no manejamos armas, solo un machete, una libreta y  caminamos todo el tiempo. Yo camino seis horas diarias para ir de un pueblo a otro. No me gusta seguir las sendas hechas, me interno en la selva, me gusta explorar. Nuestra tarea es cuidar la naturaleza y hacemos lo mejor que podemos con lo que tenemos. 
¿Cómo se organizan para evitar la tala de árboles?
En los patrullajes participamos los 11 guardaparques que tiene el Amboró, porque los madereros ya se han hecho mañudos y son peligrosos, inventan nuevas formas para esconder la madera, ahora es en el agua, hay que sumergirse en pozas profundas.
¿Ha recibido amenazas? 
¡Cuántas veces! Le voy a dar un ejemplo, una vez me pasaron el dato que en Pulquina (Comarapa) mataron a un oso jucumari; sin pensarlo dos veces me fui y lo encontré. Estaban solo los restos del animal. Una autoridad estaba involucrada en eso y me sentenció a muerte.
¿Encontró fabricas de drogas alguna vez? 
Sí, y me salvé de milagro junto a otro camarada. Estábamos caminando cuando nos entramos de repente con una fábrica, nos pillaron, nos encañonaron, pero me di modos para convencerlos de que nos liberen.
¿Qué hace falta para cuidar mejor el Amboró? 
Nuestros campamentos están hechos pedazos, no tenemos vehículos, al parque no le entra plata. Necesitamos más guardaparques, 11 no abastecemos para cuidar miles de hectáreas.
¿Cómo resume sus 24 años al servicio del parque? 
Es lo mejor que me ha podido pasar. Tal vez he perdido la posibilidad de hacer dinero si me hubiera dedicado a otra cosa, pero sé que mi trabajo es para el bien de los bolivianos 
Fonte: Nelfi Fernández Reyes/Boletin ANPs y Guardaparques

56 guardaparques perdieron la vida en cumplimiento del deber



El número creciente de muertes de guardaparques exige leyes más estrictas
Siendo los cazadores furtivos responsables de más de la mitad de las muertes de guardaparques en los últimos dos años, la UICN, Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza, y la Federación Internacional de Guardaparques (IRF) instan a tomar medidas más enérgicas contra la delincuencia relativa a la vida silvestre en el mundo entero, en oportunidad del Día Mundial del Guardaparque que se celebra el 31 de julio en todo el mundo.
En los últimos doce meses, 56 guardaparques perdieron la vida en cumplimiento del deber, y 29 de ellos fueron víctimas de cazadores furtivos, según las últimas informaciones que publica hoy la Federación Internacional de Guardaparques, que sigue las muertes de guardaparques desde el año 2000. El año pasado, la cifra total de víctimas fue de 102, siendo los cazadores furtivos y las milicias responsables de 69 de dichas muertes.
Habida cuenta de que se registran nuevas muertes cada semana y que las cifras representan sólo muertes confirmadas en unos 35 países que informan voluntariamente a la Federación Internacional de Guardaparques, el número real de guardaparques caídos en cumplimiento del deber en el mundo podría alcanzar el doble o triple de dicha cifra.
“Los guardaparques son los custodios de las riquezas naturales más valiosas de nuestro planeta, y es inquietante observar que al ir a trabajar cada día, arriesgan la vida a causa de la codicia y la crueldad humana”, dice Julia Marton-Lefèvre, Directora General de la UICN. “Sin una sólida protección, unas medidas adecuadas para asegurar que se cumpla la ley y una fuerte red de apoyo para estos héroes desconocidos, nuestros esfuerzos por proteger de la vida silvestre serán una causa perdida. Toda acción de conservación debe empezar apoyando a aquellos que arriesgan su vida cada día para proteger la naturaleza”.
Casi el 60% de los guardaparques muertos este año son del continente asiático, encontrándose la mayoría de la India. En la India, Tailandia, Kenya y la República Democrática del Congo (RDC) se ha observado el mayor aumento de muertes de guardaparques causadas por los cazadores furtivos en los últimos años. Las zonas donde hay marfil, cuernos de rinoceronte, sándalo, palisandro y otros recursos valiosos son las más afectadas. En el Parque Nacional de Virunga (República Democrática del Congo) solamente, han perdido la vida unos 140 guardaparques en los últimos 15 años.
“Estamos sumamente preocupados por el alto nivel de violencia persistente y por el incremento alarmante del número de muertes de guardaparques,” dice Sean Willmore, Presidente de la Federación Mundial de Guardaparques. “Si bien el mundo empieza a tener conciencia de esta trágica situación, dicha conciencia debe traducirse en acciones de terreno eficaces, y debemos velar por que el peligroso trabajo que hacen los guardaparques para proteger nuestra valiosa vida silvestre reciba el apoyo y respeto que merece. Esto sigue siendo un reto al que debemos responder.”
La Federación y su brazo de beneficencia, “The Thin Green Line Foundation”, proporcionan equipos y formación a los guardaparques y apoyo a las familias de los que han perdido la vida, ayudando a brindar atención médica, educación y empleo a sus viudas e hijos.
“La Federación Internacional de Guardaparques ha desempeñado un papel crucial para suministrar a los guardaparques el apoyo que necesitan para hacer su trabajo, que es actualmente una de las profesionales más peligrosas del mundo,” dice Trevor Sandwith, Director del Programa Mundial de Áreas Protegidas de la UICN. “Debemos hacer que este apoyo cuente con un fuerte respaldo de los gobiernos y de la comunidad internacional, y que se promulgue legislación más eficaz para evitar nuevas tragedias. También se deben tomar medidas para resolver el problema en su origen, puesto que se deriva de la demanda de los consumidores.”
En Sudáfrica, que perdió más de 1000 rinocerontes en 2013, un cazador furtivo de rinocerontes fue condenado recientemente a 77 años de cárcel, probablemente la pena más alta impuesta hasta la fecha en materia de delincuencia contra la fauna y flora silvestres.
El alcance e impacto del comercio ilícito de fauna y flora silvestres y los nuevos enfoques para luchar contra él, incluyendo estrategias eficaces de represión de la caza furtiva de fauna silvestre y otros delitos conexos, se examinarán en el Congreso Mundial de Parques de la UICN 2014, que tendrá lugar en Sídney, Australia, del 12 al 19 de noviembre.
• Más de 1000 guardaparques han perdido la vida y muchos más han sido heridos en los últimos 10 años.
• Un número récord de 1004 rinocerontes fueron cazados en 2013 en Sudáfrica, que alberga el 83% de los rinocerontes de África. Se realizaron el mismo año 343 arrestos relacionados con actos de caza furtiva.
• Más de 20.000 elefantes fueron cazados de forma ilícita en África el año pasado solamente.
• El aumento en el número de gorilas de montaña se debe directamente a los guardaparques de Uganda, la RDC y Ruanda, que arriesgan sus vidas para asegurar la supervivencia de esta especie En Peligro Crítico de extinción.
• Los guardaparques de la comunidad Maasai de Kenya han contribuido a que la población local de leones en sus territorios comunitarios aumente de apenas 6 individuos a más de 70.
Se desarrollan numerosos eventos en el mundo entero para celebrar el Día Mundial del Guardaparque, incluyendo entre otros lugares Sudáfrica, Australia y Tailandia. Se han recibido mensajes de apoyo a los guardaparques de todas partes del mundo, entre otros de S.A.R. el Príncipe Guillermo, Duque de Cambridge, y de su S.A.S. el Príncipe Alberto II de Mónaco.
Para descargar un kit electrónico con los mensajes de S.A.R. el Príncipe Guillermo, Duque de Cambridge, de S.A.S. el Príncipe Alberto II de Mónaco, de la Dra. Jane Goodall, y la Lista de Honor de los Guardaparques caídos este año, haga clic aquí.
En el Congreso Mundial de Parques de la UICN 2014 en Sídney, tendrá lugar una serie de debates a la hora de mayor audiencia, los Diálogos de los Líderes Mundiales. Estos incluirán una sesión denominada “La naturaleza del crimen”, en la que se examinarán diversas estrategias eficaces para hacer cumplir la ley y combatir la caza furtiva y otros delitos conexos.

En este Diálogo participarán el Presidente de Gabón, Ali Bongo Ondimba, el Ministro de Medio Ambiente de Australia, Greg Hunt, el Secretario General de la CITES, John Scanlon, la Directora de la Agencia de Investigación Ambiental, Mary Rice, y el Presidente de la Federación Internacional de Guardaparques, Sean Willmore, y actuará como moderador el premiado periodista keniano Jeff Koinange.
Fonte: UICN