Treze países asiáticos que têm habitat de tigre estão reunidos de hoje até sábado em Hua Hin, Prachuap Khiri Khan, Tailândia, na primeira conferência ministerial dedicada à conservação da espécie ameaçada de extinção.
O objectivo da conferência, na qual participam 180 delegados, é actualizar os planos de acção dos vários países, identificar os instrumentos políticos e financeiros e a ajuda internacional necessária para acelerar a implementação dos planos nacionais de acção e estabelecer metas para aumentar as suas populações, informou Suwit Khunkitti, ministro tailandês do Ambiente e dos Recursos Naturais. Estas metas serão oficializadas pelos chefes de Estado em Setembro, numa conferência a realizar na Rússia.
A conferência – onde participam o Bangladesh, Butão, Camboja, China, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Birmânia, Nepal, Rússia, Tailândia e Vietname - é organizada pela Tailândia, pelo Save the Tiger Fund e pela coligação Global Tiger Initiative, formada em 2008 pelo Banco Mundial, Smithsonian Institute e cerca de 40 organizações de conservação. A meta é duplicar o número de tigres até 2022.
“Não vai haver espaço para os tigres e outros animais selvagens na Ásia sem um programa mais responsável e sustentável para o crescimento económico”, comentou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, numa mensagem vídeo dirigida aos delegados, citou o “The Guardian”.
“O tigre pode ser apenas uma espécie mas a luta pelo tigre sublinha a crise da biodiversidade na Ásia”, acrescentou.
No início do século XX existiriam cerca de cem mil tigres; hoje serão apenas 3600. Entre as causas deste declínio estão a caça ilegal e a perda de mais de nove décimos do seu habitat.
John Sidensticker, responsável pela ecologia de conservação no Parque Zoológico nacional Smithsonian, lembrou ao jornal como assistiu ao desaparecimento do tigre de Java e do tigre de Bali, no século XX. “Perder um tigre é como perder um familiar muito querido. Ainda estou triste com essa experiência”.
Sidensticker sublinhou que o desafio de salvar o tigre já ultrapassou a luta apaixonada de ambientalistas e cientistas e já foi adoptada por Governos e doadores cruciais, como o Banco Mundial.
Fonte: Publico.pt
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
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