Os interesses económicos levaram a melhor sobre a conservação das espécies ameaçadas na conferência da CITES, a convenção da ONU sobre o comércio internacional das espécies selvagens ameaçadas, que ontem terminou em Doha sem conseguir uma regulação do comércio internacional de espécies marinhas com o futuro ameaçado.
Pouco antes do final, o Japão, que saiu do Qatar como o grande vencedor da reunião, conseguiu fazer recuar a única decisão que tinha sido adoptada dias antes, de inscrever o tubarão-sardo (Lamna nasus) no Anexo II da CITES, que inclui espécies que, não estando em extinção, precisam de ter o comércio controlado para que isso não venha a ocorrer.
"O Japão pensa que a CITES não deve mexer nas espécies comerciais mas engana-se", reagiu o secretário-geral da convenção Willem Wijnstekers, lamentando que a CITES seja muitas vezes "um serviço de reanimação", ao qual as espécies chegam "demasiado tarde".
Fonte: Diário de Notícias
sexta-feira, 26 de março de 2010
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