A Unidade de Controlo Costeiro (UCC) recuperou cerca de 37 quilos de meixão na Figueira da Foz, naquela que é considerada a “maior apreensão desta espécie em Portugal”, anunciou hoje a GNR.
“A GNR apanhou os 37 quilos de meixão vivo, dentro de um tanque numa viatura, quando seguia para venda em Espanha. Foi uma operação que envolveu muitos meios mas com resultados gratificantes”, explicou à agência Lusa o comandante do destacamento da UCC na Figueira da Foz, major Jorge Caseiro, referindo-se à operação que decorreu ontem.
Este destacamento tem um “empenhamento muito grande no combate a este crime, porque as redes para captura do meixão (enguia em estado larvar) são fechadas e nenhuma outra espécie, que fique retida, sobrevive”, justificou. “Para um quilo de enguia ficam nas malhas centenas de quilos de outras espécies, como o linguado, o robalo e o camarão”, disse.
A UCC iniciou esta operação “há meses” investigando todos os passos desde a captura, transporte e comprador, “interceptando a viatura na auto-estrada em direcção a Coimbra”, precisou a GNR. “O meixão era transportado vivo dentro de uma carrinha equipada com um tanque com garrafas de oxigénio”, sendo vendido em “Espanha a cerca de 500 euros o quilo, sem qualquer controlo sanitário, sem pagar impostos ao Estado e destruindo os recursos naturais do rio Mondego”, afirmou o comandante da UCC da Figueira.
A UCC devolveu o “meixão apreendido e de imediato ao rio Mondego, no valor calculado de 15 mil euros, junto à localidade de Formoselha, contribuindo assim para o repovoamento de uma área onde aquela espécie se encontra à beira da extinção”, adiantou.
A mesma fonte lembrou que há cerca de três semanas a “UCC retirou 29 redes do rio Mondego, deteve dois homens reincidentes neste tipo de crime, mas que continuam na apanha da espécie”.
Fonte: LUSA
quarta-feira, 19 de maio de 2010
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