Muitos habitantes da capital russa passaram a usar máscara para se protegerem do fumo. O Ministério para as Situações de Emergência anunciou que os incêndios continuam a alastrar no Oeste do país, tendo deflagrado 290 novos fogos nas últimas 24 horas, adiantou a AFP.
Os serviços de meteorologia não prevêem qualquer melhoria nas condições climatéricas e as temperaturas deverão continuar a rondar os 40 graus Celsius. Cerca de 193 mil hectares estão a arder e o nível de monóxido de carbono em Moscovo é agora 6,6 vezes superior ao aceitável.
As autoridades continuam a vigiar a região junto ao centro nuclear de Sarov, a cerca de 500 quilómetros da capital, e temem também que as chamas possam alastrar à região de Briansk, junto à fronteira com a Ucrânia e perto do local onde, em 1986, ocorreu a explosão da central nuclear de Tchernobil que contaminou toda a região. Se a zona for atingida pelos incêndios poderá propagar-se a poluição radioactiva.
Em Moscovo o fumo chega a notar-se no metro e alguns museus encerraram as portas. “A situação é extrema”, adiantou o diário "Kommersant", citado pela AFP. Também tem havido perturbações no tráfego aéreo a partir do aeroporto de Domodenovo. Várias embaixadas já reduziram o seu pessoal ao mínimo.
Os incêndios na Rússia já causaram a morte de pelo menos 52 pessoas, mas relatórios citados pela BBC sugerem que a taxa de mortalidade na capital aumentou 30 por cento em Julho, devido às elevadas temperaturas. Sete regiões do país estão em estado de emergência, pelo menos 2000 casas ficaram destruídas.
Fonte: AFP
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