Os vigilantes da natureza que existem em Portugal não chegam nem para metade do território, mas o Governo não abre vagas e os efetivos no terreno dizem já que esta é uma profissão em vias de extinção.
Criada emSegundo o presidente da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN), eram precisos no mínimo 600.
"O ideal eram mil, mas com 600 já estaríamos satisfeitos", disse Francisco Correia. O presidente da associação falava à Agência Lusa por ocasião do 37º aniversário da profissão, que se assinala a 02 de fevereiro.
Para o responsável, a profissão de vigilante da natureza está em crise desde que apareceu.
"A partir daí tem sido sempre a descer. Desde 1989 entraram 10 pessoas", disse o presidente da APGVN, acrescentando: "estamos quase extintos".
Segundo Francisco Correia, o "grande problema é que não há entrada de novos agentes" e as poucas entradas novas que ocorreram "não compensaram as saídas" que se registaram ao longo dos anos.
No ano passado, foram "desbloqueadas cinco vagas para o país todo" e já não havia abertura de concurso há mais de dez anos, afirmou.
Para exemplificar a falta de pessoal, indicou que no Parque Natural do Douro Internacional não existia nenhum vigilante.
"Agora há dois, dos que entraram em 2011. O Parque Natural do Tejo Internacional só tinha um e agora entrou outro. Para comparar, do lado espanhol têm perto de 50 em cada parque", acrescentou.
O dirigente associativo foi mais preciso ao referir que os dois vigilantes do Parque Natural do Douro Internacional têm a seu cargo uma área de
Em todo o Algarve há um vigilante da natureza e no Norte do país, não há nenhum.
"Só nos parques naturais, reservas e no parque nacional do Gerês é que existem. No resto do território não há ninguém", disse o dirigente associativo.
Outro problema que se coloca com os poucos vigilantes prende-se com a falta de vigilância fora das horas normais de trabalho.
"A vigilância não pode ser feita na hora normal da função pública porque as infrações são feitas fora de horas e com os nossos meios fica muito difícil fazer a vigilância", afirmou.
Francisco Correia lamentou também a falta de formação destes profissionais.
"Se não fossem os elementos a procurarem formação, não a faziam. É tudo às nossas custas e nas nossas férias. O Estado não investe na nossa formação"
Cabe a um vigilante da natureza zelar pela proteção do ambiente, fiscalizar a poluição e os cortes de árvores, fazer educação ambiental, fiscalizar pedreiras, sucatas, rios, fábricas, caça e pesca, entre outros.
Entre as "constantes" violações ocorridas estão os despejos de águas poluentes nos rios e nas ribeiras, construções ilegais e despejos de lixo e entulhos nas matas e arribas.
"É muito comum. Apesar de haver recolha deste tipo de materiais pelas câmaras. Deviam obrigar empreiteiros a comprovar onde os despejam", defendeu o presidente da APGVN.
Devido a restrições orçamentais, as celebrações do 37º aniversário da profissão vão ser discretas.
A APGVN juntou-se ao Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, que assinala o Dia Mundial das Zonas Húmidas, e ambos promovem palestras na Lagoa de Albufeira.
Estão ainda previstas visitas à Lagoa Pequena e ao Cabo Espichel.
Fonte: LUSA
Said
É normal que não cheguem para cobrir o território nacional, em 2009 fui confrontado com dois agentes por sinal "MUITO SIMPÁTICOS", que me avisaram para sair de um parque de estacionamento (cheio de caravanas) onde nem tinha pernoitado e estava apenas a descansar. Disseram-me para sair caso contrário seria autuado. Para espanto meu, a multa chegou agora em 2012. Devem ter perdido este tempo todo a fazer contas, visto ser mais barato pagar a multa do que impugnar a própria!! E assim conseguem sempre que o povo largue mais uns Euros, o chamado "PAGA E CALA"!! Se não perdessem tempo em coisas inúteis ou na caça a multa, talvez conseguissem cobrir um pouco mais do nosso território!!
Agradeço ao sr. PEDRO EMANUEL DUARTE ROSA, Vigilante da Natureza 1ª e à sua credível testemunha, o sr. FERNANDO ILDEFONSO, a quantidade de mentiras que descreveram no auto de notícia.
Se não estivessem tanto tempo no escritório a inventar multas para ganhar uns tostões de comissão, talvez tivessem mais tempo para cobrir melhor o nosso território e assim fazer um melhor trabalho!