O lobo ibérico, o cervo e o garrano são
algumas das espécies que correm risco de serem afetados pelo abate massivo de
milhares de árvores no interior da Serra da Cabreira, no conhecido “Bosque
Lírio”, , situado em Montalegre e Vieira do Minho.
Segundo a SOS Serra da Cabreira, que foi criada para denunciar a situação,
o mais preocupante é o abate do pinheiro-silvestre, espécie em perigo de
extinção. “A situação atinge contornos dramáticos porque a área, mais de 35
hectares, viu milhares de espécies da floresta marcadas para abate”, explica
o Blasting News.
De acordo com o site informativo, o movimento SOS Serra da Cabreira já
reuniu mais de 1500 pessoas que, através de e-mails, têm interrogado o
Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB). Segundo Rui
França, porta-voz do movimento, a entidade “também desconhece a situação”.
Rui França garante que as Câmaras de Vieira do Minho e de Montalegre também
desconhecem, “assim como as associações de baldios. Ninguém sabe como começou
esta marcação para abate feita à machadada”.
O movimento agendou, para o próximo domingo, dia 26, um protesto, marcado
desde há 30 dias e com documentação devidamente fundamentada, onde pede a
intervenção do ICNB, organismo que, segundo Rui França, terá dado ordem
administrativa aos vigilantes da natureza para o abate que ninguém assume.
Trata-se de uma zona rara no país e “com imensos pinheiros-silvestres,
espécie em vias de extinção. Essencialmente estão também marcadas espécies
resinosas. O abate vai afetar severamente outras espécies, nomeadamente os
selvagens lobos ibéricos, cervos e garranos que ali habitam”, refere Rui
França, que afirmou ainda esperar “bom senso” do organismo.
Na página da rede social do movimento SOS Cabreira são visíveis várias
publicações de aderentes, dando conhecimento da resposta aos e-mails de Rogério
Rodrigues, diretor do Departamento de Conservação da Natureza e Floresta do
Norte, pedindo “localização geográfica” da situação. “Para podermos avaliar com
maior urgência a situação, agradecemos se nos podem remeter a localização
cartográfica da área em apreço, ou as respetivas coordenadas geográficas”,
responde o diretor.
Contudo, Rui França, considera a situação estranha. “O diretor fala em
aparente desconhecimento, mas o vigilante recebeu, alegadamente, ordens do ICNB
para marcar uma área gigante de floresta para abate”, refere o responsável.
GAZETADOROSSIO
Fonte: greensavers.sapo.pt
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