sábado, 25 de abril de 2015

ABATE DE BOSQUE COM HABITAT ÚNICO NA SERRA DA CABREIRA

O lobo ibérico, o cervo e o garrano são algumas das espécies que correm risco de serem afetados pelo abate massivo de milhares de árvores no interior da Serra da Cabreira, no conhecido “Bosque Lírio”, , situado em Montalegre e Vieira do Minho.
Segundo a SOS Serra da Cabreira, que foi criada para denunciar a situação, o mais preocupante é o abate do pinheiro-silvestre, espécie em perigo de extinção. “A situação atinge contornos dramáticos porque a área, mais de 35 hectares, viu milhares de espécies da floresta marcadas para abate”, explica o Blasting News.
De acordo com o site informativo, o movimento SOS Serra da Cabreira já reuniu mais de 1500 pessoas que, através de e-mails, têm interrogado o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB). Segundo Rui França, porta-voz do movimento, a entidade “também desconhece a situação”.
Rui França garante que as Câmaras de Vieira do Minho e de Montalegre também desconhecem, “assim como as associações de baldios. Ninguém sabe como começou esta marcação para abate feita à machadada”.
O movimento agendou, para o próximo domingo, dia 26, um protesto, marcado desde há 30 dias e com documentação devidamente fundamentada, onde pede a intervenção do ICNB, organismo que, segundo Rui França, terá dado ordem administrativa aos vigilantes da natureza para o abate que ninguém assume.
Trata-se de uma zona rara no país e “com imensos pinheiros-silvestres, espécie em vias de extinção. Essencialmente estão também marcadas espécies resinosas. O abate vai afetar severamente outras espécies, nomeadamente os selvagens lobos ibéricos, cervos e garranos que ali habitam”, refere Rui França, que afirmou ainda esperar “bom senso” do organismo.
Na página da rede social do movimento SOS Cabreira são visíveis várias publicações de aderentes, dando conhecimento da resposta aos e-mails de Rogério Rodrigues, diretor do Departamento de Conservação da Natureza e Floresta do Norte, pedindo “localização geográfica” da situação. “Para podermos avaliar com maior urgência a situação, agradecemos se nos podem remeter a localização cartográfica da área em apreço, ou as respetivas coordenadas geográficas”, responde o diretor.
Contudo, Rui França, considera a situação estranha. “O diretor fala em aparente desconhecimento, mas o vigilante recebeu, alegadamente, ordens do ICNB para marcar uma área gigante de floresta para abate”, refere o responsável.
GAZETADOROSSIO

Fonte: greensavers.sapo.pt

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