quinta-feira, 5 de maio de 2016

COMUNICADO: A APGVN manifesta a sua indignação


A Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes manifesta a sua indignação pelo desprezo e abandono a que a carreira de Vigilante da Natureza tem sido votada, pelos sucessivos governos desde 1999, abandono que se manifesta no incumprimento do Decreto-Lei nº 470/99, de 6 de Novembro, que permanece por regulamentar e implementar mesmo em questões tão banais relacionadas com as condições de trabalho, como sejam o vestuário de proteção, meios de comunicação, meios de transporte, formação profissional e treinamento, uso e porte de arma, número reduzido de efetivos e horários de trabalho. Este abandono tem sido agravado pelos anteriores governos ao permitirem que se excedesse largamente o prazo de criação de carreira especial, imposto pela Lei 12.A/2008, de 27 de Fevereiro, levando a inquietação e o desânimo aos Vigilantes da Natureza que desempenham em nome do Estado Português a função soberana de defender o património natural classificado, os recursos hídricos, o ordenamento do território, o ambiente e a conservação da natureza, e que não são tratados condignamente através da publicação de um diploma específico que revalorize a sua função profissional, encontrando-se à mercê da perda de direitos consagrados.

Os Vigilantes da Natureza pretendem sensibilizar o Ministério do Ambiente e o Governo, mais uma vez, para a urgência e a pertinência de regularizar a precária situação em que se encontram, com perda de eficiência e de autoridade, bem como a emergência existente para a definição de um modelo organizativo hierarquizado, nacional, de tutela única, responsável, motivado, valorizado, habilitado e apetrechado para o cumprimento da legislação, para a fiscalização, vigilância, monitorização e salvaguarda dos recursos naturais.

Os Vigilantes da Natureza esperam que o Governo promova a correção destas carências e proceda à reformulação e revalorização da carreira de Vigilante da Natureza, com a publicação dos diplomas específicos em falta e com a definição de regras de implementação únicas e unívocas para todos os serviços do Ministério do Ambiente.
Os Vigilantes da Natureza tudo fazem e continuarão a fazer, em defesa da sua missão, pelo futuro sustentável da sua Profissão e em defesa ética e intransigente dos valores naturais que juraram defender e preservar.


A Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN) considera que a efetiva criação de um Corpo Nacional de Vigilantes da Natureza, na dependência direta do Ministro do Ambiente, dotado de uma estrutura e meios próprios adequados aos de uma Autoridade Nacional, com condições organizativas e de trabalho dignas e funcionais, bem como enquadrado por objetivos de fiscalização, vigilância, monitorização e intervenção emanados da legislação em vigor e orientados por critérios de planeamento e eficiência irão permitir a proteção eficaz do ambiente em Portugal.

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