Até 2050, as alterações climáticas poderão triplicar o risco de incêndios no Sul da Austrália, advertiu hoje a Greenpeace, um ano depois dos fogos violentos que causaram 173 mortos.
A organização ecologista mostra-se preocupada com a dificuldade em encontrar um sucessor do Protocolo de Quioto, para limitar o aquecimento global. O documento expira em 2012.
“A frequência do risco de fogos catastróficos poderá mesmo ser multiplicada por dez em Melbourne e o número de dias em que é proibido fazer fogos poderá triplicar em Sidney, Adelaide e Camberra até 2050”, diz a Greenpeace no relatório “Risco Futuro”, elaborado em colaboração com o sindicato dos bombeiros.
“Se continuarmos passivos face às alterações climáticas estamos a pôr em perigo, de forma consciente, mais seres humanos”, comentou Linda Selvey, responsável pela organização na Austrália.
Segundo o relatório da Greenpeace, a temperatura na Austrália aumentou, em média, 0,9ºC desde 1950; o aumento mais significativo foi observado na região Este, com uma ligeira diminuição da precipitação.
Há cerca de um ano, a 7 de Fevereiro de 2009, a região de Melbourne foi atingida por incêndios particularmente devastadores e mortíferos. Morreram 173 pessoas, mais de 400 ficaram feridas e duas mil casas ficaram destruídas.
A Austrália está a viver a década mais quente da sua História, anunciou no início de Janeiro o Instituto de Meteorologia, apontando como culpados as ondas de calor, a seca, as tempestades de areias e os incêndios.
O ano de 2009 foi o segundo mais quente desde que existem dados meteorológicos, ou seja, desde 1910. A temperatura média anual foi um grau mais elevada em relação à média.
A Greenpeace e o sindicato australiano dos bombeiros apelam ao Governo para fazer a diferença ao apresentar as suas metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa, até 31 de Dezembro, no âmbito das negociações de Copenhaga.
Fonte: Agência France Press
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
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