Dois novos estudos científicos indicam que a maior parte do crude derramado pelo poço da BP no Golfo do México continua no fundo do mar, contradizendo as garantias da Casa Branca, que, no início do mês, afirmou que 75 por cento do crude tinha sido limpo ou se tinha dissolvido naturalmente.
Segundo o cientista Charles Hopkinson, que liderou uma investigação da Universidade da Geórgia, cerca de 79 por cento dos 4,9 milhões de barris de crude (779,1 milhões de litros) derramados pelo poço Macondo continuam no fundo do mar e constituem uma "ameaça crítica" aos ecossistemas da região.
Esta conclusão contradiz a versão optimista apresentada no início deste mês pela Administração Obama, que garantiu que 75% do crude tinha sido recolhido ou queimado pelas equipas de limpeza, ou se tinha dissolvido por meios naturais. Para Hopkinson, esta conclusão peca pelo excessivo optimismo: "Um dos principais erros [da Casa Branca] é pensar que o petróleo que se dissolve na água desapareceu e consequentemente é inofensivo. Este crude continua no oceano, sob a superfície, e provavelmente serão necessários anos para se degradar completamente", afirma.
Um outro estudo, a cargo da Universidade do Sul da Califórnia, confirmou estas conclusões, ao detectar sedimentos de crude em vários pontos no Noroeste do Golfo do México.
Fonte: Correio da Manhã
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
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