Espanha: Lince-ibérico morre atropelado na Andaluzia e relança debate conservacionista
Um lince-ibérico morreu atropelado numa estrada da Andaluzia, entre Sevilha e Huelva, informaram nesta quarta-feira as autoridades espanholas. A morte do animal, que pertence à espécie de felino mais ameaçada do planeta, relança o debate sobre a eficácia de algumas das medidas de protecção em vigor.
O animal - um juvenil cujo sexo ainda não foi determinado, devido ao seu mau estado - foi atropelado perto da localidade de Palma del Condado e deverá pertencer à população de Doñana, segundo a agência Europa Press. O condutor que atropelou o animal, ontem de madrugada, contactou a Guardia Civil espanhola e deu conta do sucedido.
Os peritos do programa Life-Lince e responsáveis da autoridade ambiental da região deslocaram-se à zona para recolher o lince e levá-lo para o Centro de Análises e Diagnóstico de Andaluzia, em Málaga, onde será feita uma necropsia.
Em conferência de imprensa, o delegado de Ambiente da Junta da Andaluzia em Huelva, Juan Manuel López, confirmou a morte por atropelamento e disse que este seria um lince jovem em época de dispersão, à procura de novos territórios.
As autoridades andaluzas estimam que a população de linces da província seja de 321 animais, 82 dos quais na população de Doñana; os restantes estão na região de Andújar.
Juan Manuel López lamentou a morte deste animal mas lembrou que vem confirmar que a espécie, em perigo de extinção, está a expandir-se para zonas de onde desapareceu há muito.
Os atropelamentos são a maior causa de morte dos linces-ibéricos que vivem em liberdade na região do Parque Nacional de Doñana.
O conselheiro para o Ambiente, José Juan Díaz Trillo, reconheceu que é preciso implementar “muitas medidas de precaução” para que não aconteçam mais atropelamentos, noticia hoje o jornal Huelva Información.
A morte deste animal reabriu o debate sobre a mobilidade destes animais em espaços naturais. “Investem-se muitos esforços e dinheiro para construir passagens subterrâneas e em altura mas não se corrigiram pontos negros”, disse o porta-voz das organizações de ambiente no Conselho de Participação de Doñana, Juan Romero. Este lamentou a “hipocrisia” das administrações públicas “que gastam o dinheiro da União Europeia, da Junta da Andaluzia e do próprio Governo em outros trabalhos, mas não na correcção destes pontos negros e nas outras causas da morte desta espécie ameaçada”.
Romero disse ainda que os linces são “muito territorialistas” e estão sempre a tentar colonizar novos espaços. “Existem na zona corredores ecológicos declarados pela União Europeia mas não se tem feito nada para pô-los a funcionar. Se não se articulam os territórios, as políticas de conservação do lince irão fracassar”, acrescentou.
Os peritos do programa Life-Lince e responsáveis da autoridade ambiental da região deslocaram-se à zona para recolher o lince e levá-lo para o Centro de Análises e Diagnóstico de Andaluzia, em Málaga, onde será feita uma necropsia.
Em conferência de imprensa, o delegado de Ambiente da Junta da Andaluzia em Huelva, Juan Manuel López, confirmou a morte por atropelamento e disse que este seria um lince jovem em época de dispersão, à procura de novos territórios.
As autoridades andaluzas estimam que a população de linces da província seja de 321 animais, 82 dos quais na população de Doñana; os restantes estão na região de Andújar.
Juan Manuel López lamentou a morte deste animal mas lembrou que vem confirmar que a espécie, em perigo de extinção, está a expandir-se para zonas de onde desapareceu há muito.
Os atropelamentos são a maior causa de morte dos linces-ibéricos que vivem em liberdade na região do Parque Nacional de Doñana.
O conselheiro para o Ambiente, José Juan Díaz Trillo, reconheceu que é preciso implementar “muitas medidas de precaução” para que não aconteçam mais atropelamentos, noticia hoje o jornal Huelva Información.
A morte deste animal reabriu o debate sobre a mobilidade destes animais em espaços naturais. “Investem-se muitos esforços e dinheiro para construir passagens subterrâneas e em altura mas não se corrigiram pontos negros”, disse o porta-voz das organizações de ambiente no Conselho de Participação de Doñana, Juan Romero. Este lamentou a “hipocrisia” das administrações públicas “que gastam o dinheiro da União Europeia, da Junta da Andaluzia e do próprio Governo em outros trabalhos, mas não na correcção destes pontos negros e nas outras causas da morte desta espécie ameaçada”.
Romero disse ainda que os linces são “muito territorialistas” e estão sempre a tentar colonizar novos espaços. “Existem na zona corredores ecológicos declarados pela União Europeia mas não se tem feito nada para pô-los a funcionar. Se não se articulam os territórios, as políticas de conservação do lince irão fracassar”, acrescentou.
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