Vigilantes denunciam falta de pessoal em parques naturais mas autarcas estão pouco preocupados
A falta de vigilantes nos parques naturais apontada pela associação nacional de profissionais do sector preocupa pouco alguns autarcas das regiões abrangidas, que consideram que o país tem outras prioridades e concordam que novas contratações estão “fora de questão”.
Portugal continental tem actualmente 180 vigilantes em funções. Mas, segundo a Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN), não são suficientes para cobrir nem metade do território.
O Parque Natural do Douro Internacional tem dois vigilantes para 87.011,26 hectares. O Parque Natural do Tejo Internacional também conta com dois vigilantes.
Apesar das queixas destes profissionais, a ministra do Ambiente, Assunção Cristas, já fez saber que não exclui a passagem de pessoas para mobilidade especial ou rescisões por mútuo acordo, no âmbito da reestruturação que o ministério vai realizar a nível de organismos e pessoal.
Contactado pela Lusa, o presidente da APGVN, Francisco Correia, defendeu que algumas dessas pessoas que serão colocadas em mobilidade poderiam juntar-se aos vigilantes da natureza, “desde que com formação e adequada e vocação”. “Se houver formação adequada, são precisos sim. Neste sector, onde há muita falta de pessoas, seriam bem aproveitados”, disse Francisco Correia.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, município atravessado pelo Parque Natural do Tejo Internacional, defendeu que a “situação no país é difícil, há coisas mais prioritárias do que a vigilância do parque e o país não tem condições para exigir mais vigilantes”. Álvaro José Rocha (PS) disse ainda não saber “se a vigilância será ou não de importância vital para aquilo que são as actividades do parque”, que são poucas. “Se quisermos dar vida ao parque, os vigilantes são importantes para dar segurança e acompanhamento aos turistas”, afirmou.
Em Vila Velha de Ródão, a presidente da câmara, Maria do Carmo Sequeira (PS), admitiu que a vigilância “é pouca” e frisou que os vigilantes só aparecem “quando há queixas e mais para aplicar multa do que para fazer vigilância”.
Do lado do Parque Natural do Douro Internacional, o autarca de Mogadouro, António Morais Machado (PSD), disse que já há um ano denunciou a “falta de investimentos, de pessoal do quadro - só há dois elementos - e de vigilantes”. No entanto, admitiu que a falta de vigilantes “não incomoda muito” porque “aplicam multas e pouco mais”.
Para António Morais Machado deveria apostar-se na sustentabilidade do parque de forma a “melhorar as condições de vida das populações e não haver necessidade de emigrar, como está a acontecer no momento, que é de despovoamento total”.
O autarca defendeu ainda que a gestão dos parques naturais deveria “pertencer aos autarcas” porque “não há ninguém que defenda tão bem o seu território”.
O Parque Natural do Douro Internacional tem dois vigilantes para 87.011,26 hectares. O Parque Natural do Tejo Internacional também conta com dois vigilantes.
Apesar das queixas destes profissionais, a ministra do Ambiente, Assunção Cristas, já fez saber que não exclui a passagem de pessoas para mobilidade especial ou rescisões por mútuo acordo, no âmbito da reestruturação que o ministério vai realizar a nível de organismos e pessoal.
Contactado pela Lusa, o presidente da APGVN, Francisco Correia, defendeu que algumas dessas pessoas que serão colocadas em mobilidade poderiam juntar-se aos vigilantes da natureza, “desde que com formação e adequada e vocação”. “Se houver formação adequada, são precisos sim. Neste sector, onde há muita falta de pessoas, seriam bem aproveitados”, disse Francisco Correia.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, município atravessado pelo Parque Natural do Tejo Internacional, defendeu que a “situação no país é difícil, há coisas mais prioritárias do que a vigilância do parque e o país não tem condições para exigir mais vigilantes”. Álvaro José Rocha (PS) disse ainda não saber “se a vigilância será ou não de importância vital para aquilo que são as actividades do parque”, que são poucas. “Se quisermos dar vida ao parque, os vigilantes são importantes para dar segurança e acompanhamento aos turistas”, afirmou.
Em Vila Velha de Ródão, a presidente da câmara, Maria do Carmo Sequeira (PS), admitiu que a vigilância “é pouca” e frisou que os vigilantes só aparecem “quando há queixas e mais para aplicar multa do que para fazer vigilância”.
Do lado do Parque Natural do Douro Internacional, o autarca de Mogadouro, António Morais Machado (PSD), disse que já há um ano denunciou a “falta de investimentos, de pessoal do quadro - só há dois elementos - e de vigilantes”. No entanto, admitiu que a falta de vigilantes “não incomoda muito” porque “aplicam multas e pouco mais”.
Para António Morais Machado deveria apostar-se na sustentabilidade do parque de forma a “melhorar as condições de vida das populações e não haver necessidade de emigrar, como está a acontecer no momento, que é de despovoamento total”.
O autarca defendeu ainda que a gestão dos parques naturais deveria “pertencer aos autarcas” porque “não há ninguém que defenda tão bem o seu território”.
Fonte: LUSA
Said
É com tristeza e estupefacção que li as declarações destes Senhores Autarcas.
O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Álvaro José Rocha, parece que já se esqueceu que a Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza organizou no “seu território” o 1.º Encontro Ibérico de Vigilantes da Natureza e Agentes Forestales e Medioambientales, onde se analisou a estratégia de actuação em Parques transfronteiriços. Parece-me que o Senhor Presidente esteve pouco atento aos trabalhos realizados e às conclusões do evento. Aparentemente desconhece as funções dos Vigilantes da Natureza.
A Senhora Presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, apesar de desconhecer a função dos Vigilantes da Natureza também parece ignorar a realidade e as dificuldades de meios humanos e materiais com que estes profissionais desempenham a sua meritória actividade.
O Senhor Autarca de Mogadouro foi convidado para estar presente e efectuar uma apresentação no último Encontro Nacional de Vigilantes da Natureza realizado no Parque Biológico de Gaia, tendo aceite o convite, mas não compareceu!
Se tivesse comparecido por certo iria compreender melhor a importância da existência dos Vigilantes da Natureza para a Conservação da Natureza.
Esta notícia vem na sequência da campanha de destruição da imagem do Vigilante da Natureza que o senhor Presidente da Associação de Municípios tem efectuado ao longo dos anos!
Os Senhores Autarcas Portugueses deveriam informar-se com os seus congéneres dos mais variados países do mundo sobre a importância dos Parques Naturais e da função dos Vigilantes da Natureza.
Francisco Correia