50 novos Vigilantes da
Natureza! Não passou de uma miragem, de uma ilusão!
Em todo o mundo, os Vigilantes da Natureza estão na linha de
frente da Conservação da Natureza!
Eles são o rosto e os embaixadores da Conservação da
Natureza.
A variedade de tarefas e deveres dos Vigilantes da Natureza é
muito vasta, desde patrulhamento, vigilância, fiscalização, aplicação da lei,
até ao contacto com a população local e monitorização da vida selvagem.
Estas múltiplas funções são e continuam a ser desempenhadas com
grande profissionalismo por um número escasso de Vigilantes da Natureza, que
com parcos meios consegue desenvolver o seu trabalho muitas vezes devido à sua
imaginação, experiência profissional e engenho.
Existe uma falta claríssima de investimento na profissão de
Vigilante da Natureza por parte das diferentes tutelas onde estes profissionais
desempenham funções, o seu número é tão reduzido nas CCDR - Comissões de
Coordenação e Desenvolvimento Regional que em algumas regiões não existe nenhum
elemento, sendo no total 13 profissionais, na APA - Agência Portuguesa do
Ambiente ainda resistem heroicamente 27 profissionais e no ICNF - Instituto da
Conservação da Natureza e Florestas sobrevivem 118 elementos.
O que aqui se escreve não é fruto da nossa imaginação, é
verdadeiro e real, o que é uma miragem e uma ilusão é o que está previsto no
Orçamento de Estado (OE) onde se preconiza a admissão de pelo menos 50
Vigilantes da Natureza para os quadros do ICNF. A realidade é que está a
aproximar-se o final do ano de 2017 e não se vislumbra a entrada de novos
elementos para a profissão.
Infelizmente sempre foi política do Ministério do Ambiente,
não apenas do atual, abandonar e desprezar aqueles que desempenham as funções
de defesa do ambiente e da conservação da natureza, sempre preferiram apoiar
outras entidades pertencentes a outros Ministérios em detrimento dos
funcionários da sua própria casa, é uma herança que parece aceitaram de bom
grado!
O investimento em equipamentos e em formação para os
Vigilantes da Natureza não passa de uma miragem. A realidade é que faltam os
meios operacionais para o exercício das nossas funções, com especial incidência
nas viaturas, meios informáticos e de comunicação. A verdade é que a formação
contínua dos Vigilantes da Natureza é primordial para elevar os níveis
culturais e conhecimentos técnicos para que se possa dar resposta à
complexidade crescente que é a conservação da natureza e da biodiversidade, mas
continuam a ser-nos negadas.
A nossa dedicação e profissionalismo não são em vão porque a
proteção da natureza e da vida selvagem é a nossa missão!
APGVN
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